O quarto estava em silêncio depois que o policial saiu. As máquinas ao meu redor emitiam apenas aquele bip constante, frio e quase hipnótico. A respiração de Isadora, que ainda estava ao meu lado, era o único som humano que me mantinha ligado à realidade. Ela segurava minha mão como se não pudesse mais me soltar nunca, mas eu sabia que o que estava prestes a acontecer não poderia ter testemunhas. Virei o rosto lentamente, sentindo cada músculo protestar, e olhei para ela. A expressão dela era de puro cuidado, mas eu precisava de privacidade. Respirei fundo e falei baixo, quase num sussurro. — Isa… eu preciso que você me faça um favor. Ela piscou, surpresa. — Qualquer coisa. — Me deixa a sós com o meu pai quando ele chegar. Ela ficou em silêncio por alguns segundos, e o desconforto tom

