Flores no Caos

1047 Words

Eu já estava acostumado com a rotina de esperar na frente do hospital. Com o boné baixo, carro diferente, sempre num canto onde pudesse ver sem ser visto. Era como parte da minha nova vida: acompanhar os passos de Isadora à distância, garantir que nada de errado acontecesse. Era estranho como, de certa forma, isso tinha virado até rotina. A cada dia eu sabia a hora aproximada que ela sairia, o jeito que ela caminhava, às vezes até os horários em que parava numa cafeteria próxima para pegar um café antes do plantão. Mas naquele dia… naquele dia eu vi algo que jamais poderia imaginar. Primeiro, achei que meus olhos estavam me pregando uma peça. Pisquei, olhei de novo. Mas não, era ele. Meu pai. Lorenzo Morelli, de terno impecável, parado em frente ao hospital como se fosse um adolescen

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