Eu estava cansado.
Cansado de gritar, de me desgastar, de correr atrás de um lugar que já era meu por direito. Cansado de cair nas provocações, nos teatros, nas armadilhas.
Depois de tudo que tinha acontecido — a reunião, a traição de Lara, o olhar triunfante de Lorenzo — eu percebi algo simples: eu não precisava provar nada para ninguém.
Porque no papel, no sangue, nos números… a empresa ainda era minha.
Cinquenta e um por cento.
Era isso que importava.
Podiam colocar quem quisessem na cadeira da presidência. Podiam bater palmas para os discursos de Lara, para os sorrisos falsos do meu pai. Podiam me chamar de menino, de inexperiente.
No fim, todos sabiam: quem tinha o controle era eu.
E era hora de deixar Lorenzo sentir isso na pele.
No final daquela tarde, peguei o carro e fui
