Tinha dias que eu acordava com uma vontade desesperada de sair. Respirar um pouco longe das paredes da minha casa, longe das preocupações com a minha mãe, com o serviço, com o morro fervendo do jeito que tava. Naquele sábado, Rayssa me mandou mensagem cedo: "Vamo sair hoje, mulher. Preciso beber, preciso rir, preciso esquecer que sou mãe por umas horas." Dei risada sozinha, ajeitando a bandeja de pães dentro da padaria. Respondi um "Vamo, tô precisando também" e passei o resto do expediente contando os minutos pra largar. Cheguei em casa, tomei banho demorado, caprichei na maquiagem, deixei o cabelo solto do jeito que eu gostava. Vesti aquele vestido preto que me abraçava nas curvas e deixava as coxas à mostra. Não era por ninguém, era por mim. Ou pelo menos era o que eu queria acredit

