Depois que saí da cozinha, tomei aquele banho demorado, deixando a água cair no topo da cabeça como se pudesse, de alguma forma, lavar também o turbilhão que era minha mente. Me enrolei na toalha, vesti meu pijama mais velho - aquele de camiseta frouxa e short largo - e deitei no meu quarto, com a luz baixa e a janela entreaberta.
Fiquei uns bons minutos encarando o teto. O som do ventilador girando misturava com os barulhos do morro: uma moto passando devagar, uma criança ainda acordada gritando lá fora, música baixinhas saindo de alguma casa mais pra baixo. Mas minha cabeça... ela só pensava nos dois.
Respirei fundo. Peguei o celular.
Abri o grupo. "Trio parada dura". Nome b***a, simples. Encarei aquele espaço vazio por uns segundos. Meu coração pesava no peito como se algo estivesse
