Há muito tempo atrás na época da faculdade eu precisei desenvolver a habilidade de comunicação mas para isso eu precisava perder a vergonha que eu tinha, decidi então que eu iria trabalhar isso em mim mesma, foi então que eu comecei a me aventurar no pole dance, desde então tem se tornado a minha paixão, sempre gravo meus ensaios e melhorar cada dia mais, graças a isso eu virei alguém muito mais sociável.
Naquele momento minha cabeça estava em branco, eu não sabia o que fazer, coloquei minhas mãos sobre minha cabeça e esperava que o mundo acabasse naquele momento, o que diabos eu iria fazer agora?
— Ana? — dei um pulo com o susto — Calma! O que você está fazendo?
— Nada! — escondi a tela do computador que mostrava o arquivo.
Ela arqueou uma sobrancelha, com certeza estava duvidando das minhas atitudes mas de qualquer forma ela havia decidido fingir que não viu.
— Tudo bem então, eu só queria perguntar se você quer um café, eu estou indo na cafeteria, se quiser eu trago uma xícara para você…
— Ah, claro! Na verdade, eu vou ir pegar com você, eu preciso andar um pouco — fui até ela e fomos para o corredor caminhando até a cafeteria do trabalho.
— Isso tem algo haver com ontem? — imediatamente arregalei os olhos.
— Como assim ontem? — me fiz de desentendida.
— Como assim ontem? A festa é claro! Alguém perturbou você?
— Não, não foi nada disso — suspirei, não sabia dizer se estava aliviada ou não, até porque não tinha como ela saber… Eu acho… — Apenas, problemas da vida, sabe como é.
— Ah, entendo.
Esperava que ela não percebesse a mentira, ou que percebesse e que não falasse nada e aparentemente aconteceu a segunda opção porque ficou um silêncio ensurdecedor depois dessa conversa.
Infelizmente a forma de quebrar o silêncio não veio da forma esperada e esse já não seria mais o meu maior problema.
Armin estava caminhando para o lado oposto a nós dois, para a minha "sorte" alguém chamou Renata, me deixando sozinha, tentei ao máximo me controlar para olhar em linha reta, como se ele não existisse ali mas ele não parecia querer fazer o mesmo, seu olhar não desviava de mim nem por um segundo e quanto mais ele olhava mais eu fingia não ver ele até que sua paciência acabou.
Na hora em que iríamos passar um do lado do outro ele segura meu braço e me puxa para uma sala.
— O que acha que está fazendo? — me virei para ele mas seus rosto estava perto demais do meu, eu estava entre a mesa de escritório e ele, suas mãos estavam apoiadas na mesa atrás de mim e seus corpo muito perto do meu.
Sua respiração fazia cada parte do meu corpo gelar e suar frio, ele olhava ferozmente para os meus olhos, quando encontrei com o seu olhar imediatamente virei a cabeça.
— Vai continuar me evitando?
Fiquei em silêncio.
Ele inclinou sua cabeça para mim.
— Se você se arrepende pode ao menos olhar nos meus olhos? — virei devagar, por mais que quisesse desviar me mantive estável ali.
— Por acaso está querendo me provocar?