Intimidante

543 Words
Há muito tempo atrás na época da faculdade eu precisei desenvolver a habilidade de comunicação mas para isso eu precisava perder a vergonha que eu tinha, decidi então que eu iria trabalhar isso em mim mesma, foi então que eu comecei a me aventurar no pole dance, desde então tem se tornado a minha paixão, sempre gravo meus ensaios e melhorar cada dia mais, graças a isso eu virei alguém muito mais sociável. Naquele momento minha cabeça estava em branco, eu não sabia o que fazer, coloquei minhas mãos sobre minha cabeça e esperava que o mundo acabasse naquele momento, o que diabos eu iria fazer agora? — Ana? — dei um pulo com o susto — Calma! O que você está fazendo? — Nada! — escondi a tela do computador que mostrava o arquivo. Ela arqueou uma sobrancelha, com certeza estava duvidando das minhas atitudes mas de qualquer forma ela havia decidido fingir que não viu. — Tudo bem então, eu só queria perguntar se você quer um café, eu estou indo na cafeteria, se quiser eu trago uma xícara para você… — Ah, claro! Na verdade, eu vou ir pegar com você, eu preciso andar um pouco — fui até ela e fomos para o corredor caminhando até a cafeteria do trabalho. — Isso tem algo haver com ontem? — imediatamente arregalei os olhos. — Como assim ontem? — me fiz de desentendida. — Como assim ontem? A festa é claro! Alguém perturbou você? — Não, não foi nada disso — suspirei, não sabia dizer se estava aliviada ou não, até porque não tinha como ela saber… Eu acho… — Apenas, problemas da vida, sabe como é. — Ah, entendo. Esperava que ela não percebesse a mentira, ou que percebesse e que não falasse nada e aparentemente aconteceu a segunda opção porque ficou um silêncio ensurdecedor depois dessa conversa. Infelizmente a forma de quebrar o silêncio não veio da forma esperada e esse já não seria mais o meu maior problema. Armin estava caminhando para o lado oposto a nós dois, para a minha "sorte" alguém chamou Renata, me deixando sozinha, tentei ao máximo me controlar para olhar em linha reta, como se ele não existisse ali mas ele não parecia querer fazer o mesmo, seu olhar não desviava de mim nem por um segundo e quanto mais ele olhava mais eu fingia não ver ele até que sua paciência acabou. Na hora em que iríamos passar um do lado do outro ele segura meu braço e me puxa para uma sala. — O que acha que está fazendo? — me virei para ele mas seus rosto estava perto demais do meu, eu estava entre a mesa de escritório e ele, suas mãos estavam apoiadas na mesa atrás de mim e seus corpo muito perto do meu. Sua respiração fazia cada parte do meu corpo gelar e suar frio, ele olhava ferozmente para os meus olhos, quando encontrei com o seu olhar imediatamente virei a cabeça. — Vai continuar me evitando? Fiquei em silêncio. Ele inclinou sua cabeça para mim. — Se você se arrepende pode ao menos olhar nos meus olhos? — virei devagar, por mais que quisesse desviar me mantive estável ali. — Por acaso está querendo me provocar?
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