SOL NARRANDO Fiquei no quarto, luz apagada, só o LED do ar-condicionado piscando e meu cérebro acelerado. O dedo coçando pra abrir a conversa dele, mandar “tá bem?”, “comeu?”, qualquer coisa. Abri. Fechei. Abri. Fechei de novo. Eu prometi pra mim mesma que não vou invadir o espaço dele quando ele tá torto. Mas também não consigo fingir que não tô preocupada. Respirei, peguei o celular e fui na Ingrid. eu: mana, vc fala com o Leleu rapidão? eu: pergunta se o Brasa tá de boa… se tá na boca, se foi pra algum lugar eu: só pra eu não ficar com a cabeça viajando Ela respondeu em um minuto, já na prática: ingrid: pera q to chamando ele ingrid: rádio n, vou no zap mesmo Eu fiquei andando do quarto pra varanda e de volta, igual alma penada. Mão suando, coração querendo pular pela boca. O m

