BRASA NARRANDO — Sai da minha frente, p***a. — falei com a voz grossa, o sangue fervendo, o olho pegando fogo. Ela ainda tava ali parada, me encarando como se fosse me amolecer com aquele olhar. Mas não ia. Não com essa de me dar carinho e depois dizer que ama outro no telefone. — Tu tá achando o quê? Que vai me confundir com esse bosta que tu enrolava? Eu não sou tua terapia, não. Eu sou o Brasa, p***a! A raiva tava trancada no meu peito igual dinamite. E ela, ali, ainda querendo trocar ideia. — O único assunto entre nós agora é o aluguel. Só isso. Até tua mãe mudar pra casa dela, eu cumpro o combinado. Depois disso, some da minha p***a de vida. Ela respirou fundo, com os olhos arregalados. — Tá falando sério? Mano, você tá se ouvindo? — ela sussurrou, ainda tentando entender. —

