158

1842 Words

DONA ROSA NARRANDO Entrei pela minha porta nova devagarinho, igual quem pisa em igreja. Menina do céu… minha casa pronta. Como diz meu genrrinho, PRON-TA. Telhado firme, parede branquinha cheirando a tinta boa, piso que até reflete o pé da gente. O coração bateu num compasso que eu nem lembrava: mansinho, agradecido. — Vem cá, Rosa — o Márcio já veio todo animado, trena pendurada, sorriso bobo que ele tenta esconder. — Olha isso aqui. Fui atrás. A cozinha… ah, a cozinha! Armário planejado fechando certinho, gaveta que corre macia, sem fazer “nhé-nhé”. Bancada na altura da minha coluna, do jeitinho que combinou, com cantinho só do café. Ele acendeu a luz debaixo do armário e fez um risquinho de LED na pedra. — Pra senhora não forçar a vista de manhã — disse, todo orgulhoso. — Que isso,

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD