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Sol narrando Tive que dar calmante pra minha mãe. O coração dela tava saindo pela boca, e a Cida correu pra fazer um chá de erva-doce com folha de maracujá. A cozinha virou um hospital improvisado, e eu ali… sentada no sofá da sala, com o celular na mão, cancelando tudo. Cliente por cliente. — Oi, linda. Tô com um problema de família, preciso remarcar, tudo bem? — escrevia uma, duas, três vezes. As notificações não paravam. Escova, progressiva, trancista, descoloração… tudo jogado pro futuro. Mas se tinha uma coisa que o presente me ensinou, é que tem coisa que a gente não empurra pra depois. Tem coisa que a gente tem que encarar. Como esse sentimento estranho que tava me corroendo por dentro. Eu não tava nem aí pro que ia acontecer com o homem que me botou no mundo. Pode parecer frio,

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