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SOL NARRANDO Acordei colada nele, cara amassada no peito, quarto ainda com cheiro de sabonete e o silêncio bom depois do caos. Fiquei um tempinho quieta, só sentindo a respiração do Ítalo bater ritmada na minha testa, até lembrar que tinha um mundo me esperando lá embaixo, com assunto entalado e coragem pela metade. — Vou em casa — soltei, sem rodeio. Ele abriu o olho devagar, me leu por dentro. — Vai trocar ideia com tua mãe? — Vou tentar… ou pelo menos olhar pra cara dela sem quebrar primeiro. — Quer que eu te leve? — Não. Vou andando. Preciso desse caminho pra organizar a cabeça. Ele só assentiu, daqueles jeitos que dizem “faz do teu jeito, mas volta”. Beijei a boca dele devagar, dei mais dois só por garantia, levantei. Banho rápido, roupa neutra, cabelo preso alto pra eu não us

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