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SOL NARRANDO Eu tava comendo e sorrindo igual boba. Não sei se era o bolo, o misto ou a cara dele tentando fingir que não tava me olhando, mas eu tava feliz ali. Peguei um pedaço do brigadeiro com o garfo, mirei na boca do ogro e fui no deboche: — Abre a boca, vai. — estiquei o garfo. — Aaaa… Ele só arqueou a sobrancelha. — Sol… — Aaaa… — encostei o garfo no lábio dele. — Se morder meu dedo, eu te processo. Ele segurou meu pulso, comeu o pedaço inteiro sem fazer graça e continuou sério, mastigando como se tivesse assinando um contrato. Zero risadinha. Zero nada. Eu rolei os olhos, peguei suco, dei outro gole e falei como quem não quer nada: — E a casa? — Que casa? — A minha, né, Brasa. A de 2.500 que tu falou. Quando eu posso mudar? — Pagou, entrou. — ele disse simples, como quem

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