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BRASA NARRANDO Com ela, sei lá. Com ela eu deixo o Ítalo dar as caras. É doido falar isso alto, mas é isso. A Sol traz uma paz que me derruba e um inferno que me acorda. Um minuto eu tô respirando direito, outro minuto eu tô com o coração batendo no dente, querendo botar o morro na coleira. É f**a. Eu não fui feito pra sentir; fui feito pra resolver. Mas aí ela encosta, fala baixo, me olha daquele jeito e pronto: o Brasa fica na porta e o Ítalo puxa uma cadeira. Dois em um, guerra dentro do peito. Chegando na obra, o mundo volta pro tom que eu sei reger. Moto encostada, saco de cimento rasgado na ponta, serra comendo azulejo, ajudante gritando “leva, leva”. Só de pisar no beco o ar muda: tem n**o que baixa o olhar, tem n**o que dá o “bom dia, chefe”, tem n**o que atravessa a rua pra não

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