30

1083 Words

Sol narrando Acordar foi fácil. Dormir é que não foi. Eu nem sei como meu corpo ainda aguenta, porque minha cabeça parece que não desliga mais. Quando minha mãe levantou e apareceu na sala, com aquele olhar perdido de quem ainda tava grogue do clonazepam, eu sorri com carinho e me levantei. Dei um beijo na testa dela, abracei forte, e falei que ia com ela ali do lado, na casa dela. A casa que a gente vivia antes dela fugir comigo daquele inferno. A dona Cida se ofereceu pra ir junto, mas eu recusei. Falei que era coisa nossa, de mãe e filha, que a gente precisava desse momento. E precisava mesmo. Peguei a chave com ela e fui abrindo a portinha da frente, que é grudada na casa da dona Cida. Minha mãe veio atrás, devagarzinho, pisando como se o chão fosse quebrar. Assim que eu empurrei a

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD