BRASA NARRANDO Saí do camarote com o coração disparado. Cada passo meu no meio daquele pagode parecia um tambor batendo dentro do meu peito. A Glock tava pesando na cintura, mas o que pesava de verdade era o que eu tava sentindo. Ódio. Desejo. Raiva. t***o. Passei por dois moleque vendendo latinha, dei um empurrão sem querer, f**a-se. Alguém falou “boa noite”, eu nem ouvi. A única p***a que eu queria agora era achar ela. Dobrei o corredor do lado do palco, passei pela barraca de pastel, e segui direto pro banheiro. Ela só podia estar ali. Tava demorando. E eu? Eu já tava com o sangue fervendo. Quando vi a porta entreaberta do banheiro feminino, com a plaquinha torta de “em manutenção” pendurada, entrei. f**a-se o mundo. E não deu outra. Ela tava lá. Sozinha. De costas, lavando o ros

