SOL NARRANDO Eu saí daquele banheiro com a perna mole. Juro por Deus. Mole! Tava parecendo que eu tinha tomado uma porrada no peito e outra entre as pernas. Um negócio quente, que subia do meu estômago até a minha nuca, como se eu tivesse bebido uma garrafa inteira de pimenta misturada com catuaba. Era isso! Ele me beijou como se tivesse fome. Mas não era fome de corpo. Era aquela fome de alma, de raiva, de t***o, de urgência. E eu? Eu beijei de volta. Beijei como se ele fosse o último homem do mundo e eu não tivesse nada a perder. Como se o gosto da boca dele fosse a única coisa que eu quisesse lembrar se a vida acabasse ali. E eu gostei. p**a merda, eu gostei muito. Encostei na parede do corredor quando saí, fechei os olhos e respirei fundo. O batom tava borrado, o coração dispara

