44

1254 Words

LELÉU NARRANDO O cheirinho de carne na brasa já tava invadindo o carro antes mesmo da gente dobrar a esquina da barraca do Zé do Espetinho. Ingrid já deu um sorrisinho quando viu o movimento. — Aí sim, hein… isso aqui é melhor que restaurante caro — ela falou, animada. — Tu sabe que eu sou cria, né, amor… meu negócio é picanha no pão, calabresa no papel alumínio e guaraná no copo de isopor. Estacionei ali mesmo, num cantinho que dava pra ver a churrasqueira e também a entrada da barraca. Pedi logo dois completões, com farofa, vinagrete e aquele arroz soltinho que só a mulher do Zé sabia fazer. Sentamos numa mesinha de plástico ali do lado, e Ingrid já tirou o elástico do cabelo, se ajeitando na cadeira com aquele ar de “agora sim”. — Tava precisando disso — ela soltou, relaxando. — Di

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD