BRASA NARRANDO
A água quente caía nas minhas costas, escorria devagar pelo meu peito, e parecia que ao invés de limpar, tava me sujando mais.
Fiquei ali um tempo parado, imóvel. A cabeça latejando, o corpo cansado, o p*u ainda semi-duro por causa daquela mulher. Aquela mulher que não saiu da p***a da minha mente nem por um segundo desde que entrou aqui no morro. E eu odeio isso.
Saí do banho, vesti o short de malha, peguei a toalha e sequei o cabelo curto, joguei o corpo na cama e fiquei de olho no teto. Tentando, de novo, ser o que eu sempre fui: frio, calculista, impassível.
Mas parece que nem isso eu consigo mais. Tá tudo um caos dentro de mim. E eu sou o tipo de homem que nunca tolerou bagunça.
A mente não para. Volta e meia a imagem dela encostada na parede aparece. O cheiro dela
