Após o encontro na cafeteria, Mattheo voltou para seu apartamento com a mente agitada. O lampejo nos olhos de Catherine ao ouvir seu nome havia confirmado suas suspeitas: havia algo mais sobre ela, algo que ela escondia. Mas ele precisava de mais provas. Mattheo esperou Catherine sair e pegou discretamente o copo que ela usava para tomar seu café gelado. Era hora de testar discretamente se ela realmente possuía habilidades mágicas.
Mattheo abriu um pergaminho antigo, anotou mentalmente alguns feitiços simples de detecção mágica — encantamentos sutis, quase imperceptíveis, que poderiam revelar a presença de magia sem alertar a pessoa sobre o teste. Pegou sua varinha, concentrou-se, e com movimentos suaves lançou uma pequena chama azulada em direção ao objeto, o copo de café que ela usou.
O feitiço era minucioso. Ele procurava rastros de energia mágica residual que só uma bruxa ou um bruxo poderia deixar em seus pertences. A chama azul dançou suavemente, iluminando o perímetro do objeto, e então dissipou-se, revelando apenas um leve resíduo de calor comum — nada de anormal.
Ele inclinou-se sobre o pergaminho, analisando mentalmente: nada indicava magia ativa.
Mattheo franziu o cenho, mas o corpo permaneceu calmo. Havia duas possibilidades:
1. Catherine era de fato uma humana normal sem resquício nenhum de magia, aparecendo em seu mundo mágico apenas por coincidência ou ligação misteriosa que ele ainda não compreendia.
2. Ela era uma bruxa, mas habilidosa o suficiente para ocultar qualquer traço de magia, seja consciente ou inconscientemente.
— Interessante… — murmurou para si mesmo, voz baixa e firme. — Muito interessante…
Ele sabia que o teste havia sido sutil demais, mas era o máximo que dava para fazer com o objeto que ele pegou.
Mattheo se recostou na cadeira, os olhos castanhos fixos no pergaminho, absorvendo cada possibilidade. O fato de ela parecer apenas uma pessoa normal tornava sua investigação mais complexa, mas também mais intrigante. Ela não era simples. Ela sabia de algo — ou estava escondendo algo — e ele estava determinado a descobrir.
— Se você é apenas uma pessoa normal, Catherine… então isso explicaria muito. Mas se é bruxa… — murmurou, um sorriso frio curvando seus lábios — então você é mais perigosa do que imaginei.