Mattheo observava Anélisse tocando as rosas, seus olhos seguindo cada movimento, quando uma lembrança súbita o atingiu. Um flash de memória clara e vívido: anos atrás, ela correndo pelo mesmo jardim, rindo, e ele se aproximando com a varinha em mãos, e uma rosa branca. Ele a fazia flutuar suavemente até ela, como se a própria magia colaborasse para aquele gesto de carinho. A expressão dela de alegria pura, os olhos brilhando ao receber a flor, tudo voltou a ele em detalhes. Ele respirou fundo, sentindo uma mistura de nostalgia e ternura. Um sorriso quase involuntário surgiu em seu rosto. — Lisse— disse ele, com a voz baixa, chamando sua atenção sem revelar ainda o que lembrava. Ela olhou para ele, curiosa, os olhos cheios de expectativa. — O que foi? — Confia em mim mais uma vez? — pe

