O sol estava brilhante naquele dia. Catherine passeava pelo jardim do orfanato, seus machucados ja cicatrizados.
Algumas pessoas vinham até ela e a abraçavam tentando consolar ela, afinal, Catherine tinha recém passado por um trauma enorme. Foi a única sobrevivente de um acidente.
Pelo menos foi isso que disseram a ela, mas ela não se lembrava de nada. Nem mesmo da fisionomia de seus pais.
Ela andava passando a mão pelas flores. Mas algo estranho sempre acontecia. Quando Catherine passava a mão em cima as pétalas das rosas, tomava um choque, ela não entendia o que acontecia. Mas mesmo assim, sempre passava a mão por elas.
O tempo passou, Catherine cresceu ali e quando atingiu seus dezoito anos, saiu. Catherine se tornou uma mulher inteligente, apaixonada por literatura, apaixonada por flores. Gentil, mas, sempre mais quieta e reservada. Talvez reflexo da perca de memória, ela não sabia quase nada nem dela mesma.
Quando atingiu seus vinte e cinco anos, decidiu realizar seu sonho de ir morar em Londres. Ela não entendia o porquê ,mas aquele lugar sempre preencheu algo nela, o ar, o frio, as pessoas. Algo ali preenchia algo nela, que nem ela entendia. Mas gostava.
Um certo dia, passeando pelas ruas, com um café em uma mão, um livro de runas na outra. Ela andava calmamente, cabelos castanhos balançando com o frio cortante de Londres, mas ela não se importava, ela gostava.
Ela parou em frente a uma vitrine, sentiu um calafrio atingir seu corpo, não era o frio, era algo de dentro para fora. Seu corpo tremeu levemente, ela olhou para o vidro da loja, e pode ver pelo reflexo. Um homem alto, com um sobretudo preto, que cobria parcialmente seu rosto, ele parecia olhar diretamente para ela. Assutada ela logo desviou o olhar e seguiu em frente. Mas algo estranho aconteceu, uma dor de cabeça repentina a atingiu depois de ver aquele homem.
- Que estanho... - ela pensava enquanto andava.
Seu corpo ainda arrepiado, a dor de cabeça leve, mas, presente.
Catherine seguiu para seu apartamento, antes de entrar olhou instintivamente para trás e o viu e novo. O moço alto, encapuzado a olhando. A respiração dela falhou e a dor dessa vez veio com força, ela subiu rápido. Mas ela sentia que algo estranho estava acontecendo com seu corpo, como se reagisse a algo.