Cap. 01 ✿ De volta para casa ✿

1829 Words
___ Aline Gonzalez narrando ... Finalmente eu desembarquei no aeroporto Santos Dumont, que fica localizado no Rio de Janeiro, aqui no Brasil. Finalmente eu estou de volta a minha terra natal, que saudades que eu senti desse lugar. Mesmo com todas as violências que nós assistimos e ouvimos nos noticiários, não tem como eu não gostar ou amar essa Cidade Maravilhosa. (penso) Eu realmente não via a hora de chegar aqui e poder ver novamente o rostinho do meu pai, sem ser através das telas do notebook ou até mesmo através do celular, e isso depois de anos sem vê-lo pessoalmente. E nesse momento eu até consigo sentir uma forte pressão em meu pe!to. Só pode ser de emoção e de ansiedade, estou ansiosa para que esse momento chegue logo. (eu penso) [...] Ao descer do avião, eu passei pela área do desembarque, peguei as minhas malas e andei o mais rápido que eu conseguia na esperança de poder ver logo o meu pai me aguardando do outro lado, para enfim nos encontramos finalmente. Eu cheguei no grande terminal de desembarque, passei ansiosa pelas escadas rolantes e me esquivei das pessoas ao meu redor na procura pelo meu pai em meio aquela multidão. Olhei feito uma do!da, procurei até não conseguir mais encontrar, e sinceramente, eu achei bem estranho chegar aqui no aeroporto e não ver o meu pai me esperando. Eu liguei pra ele ontem à noite, para lhe informar que eu estaria de volta hoje, e nem se quer ele enviou o nosso motorista Alfredo para vir me buscar, porque sinceramente até ele eu consigo avistar. (penso) Que estranho, o que deve ter acontecido? Papai nunca deixou de cumprir a sua palavra. (pensei meio confusa) Então eu peguei o meu celular da bolsa e tentei ligar inúmeras vezes para o celular do meu pai e nada, nada dele atender. Então eu resolvi ligar para o telefone residencial da nossa casa, e também nada, ninguém atendeu, nem mesmo os empregados da casa. Que coisa mais estranha. (falei em voz alta) Eu disse a mim mesma, parecendo uma maluca falando sozinha, parada quase no meio do saguão do aeroporto. Eu franzi a testa e pensei já me sentindo desconfortável. E o pior, é que eu estou com um certo pressentimento de que algo de ru!m está acontecendo. Então eu respirei fundo, pensei e disse a mim mesma... ... Aline você não tem outra opção! (fechei os meus olhos e respirei fundo) Drogaaa!!! Eu terei mesmo que voltar para casa sozinha!!! Eu não acredito que eu, Aline Gonzalez, terei que pegar um táxi sujo que milhões de pessoas “normais” usam, para eu poder ir para casa, quanto mais com todas essas malas que eu trouxe. Mas que saco! Depois de oito anos que eu estou morando fora do Brasil, eu ainda vou precisar lidar sozinha nessa cidade perigosa que é o Rio de Janeiro. Nessa hora eu até me esqueci de quão Maravilhosa que essa Cidade era!!! (pensei) Há papai, mas o senhor vai me ouvir, há vai!!! (disse alto e sozinha, resmungando pra mim mesma e vendo algumas pessoas me olharem estranho) E na mesma hora eu corei de vergonha, já imaginando o que as pessoas deveriam estar pensando de mim... Eles devem estar achando que eu era uma louca varrida que tinha acabado de fugir de um hospício, isso sim! (pensei e sorri sozinha) Mas voltando a pensar no meu pai, será que aconteceu alguma coisa com ele? (me perguntei mentalmente) Porque quando eu liguei para ele ontem, ele me parecia estar bem estranho ao telefone, meio que apreensivo, desconfortável talvez, meio que preocupado, sei lá, mais tomara que seja apenas impressão minha e nada mais. (pensei e fiquei meio que apreensiva e preocupada) Então eu saí arrastando o carrinho com as minhas malas, até a porta de entrada e saída do aeroporto, e graças a Deus não tive tanto trabalho para pegar um táxi, ali na frente já tinha um monte deles parados esperando por algum passageiro “comum”, mas esse não era o meu caso, eu era uma Gonzalez, mas mesmo assim, apesar do meu nome tão conhecido e poderoso eu estava aqui precisando de um taxi. Entrei em um dos táxis e o motorista colocou as minhas malas no porta-malas do carro, lhe passei o endereço e fomos rumo até a zona sul do Rio de Janeiro, Copacabana. Sim é lá que fica localizada a mansão mais top de todas, a minha mansão, é claro. O meu pai sempre foi um homem de negócios e uma pessoa muito influente. Falta de dinheiro para nós, nunca foi o problema. (pensei) [...] Quando finalmente eu cheguei no grande portão da minha mansão, depois de um terrível trânsito, que parecia que nunca iria terminar, eu pensei que eu chegaria amanhã em casa, é o Rio de Janeiro está cada vez p!or. (eu penso) Eu saí do táxi e o motorista tirou as minhas malas do porta-malas e me entregou, eu paguei a corrida e ele se foi, me deixando ali na calçada em frente a grande mansão dos Gonzales. Eu me aproximei do portão de entrada e percebi que o portão da garagem estava entre aberto, eu achei bem estranho isso e também senti a falta dos seguranças estarem de guarda, pois eu não vi nenhum deles ali por perto. Então eu entrei por ali mesmo, puxando lentamente todas aquelas malas e agradecendo mentalmente a pessoa que inventou as malas com rodinhas. E ao caminhar pelo longo e extenso quintal da minha mansão, eu pude perceber um estranho movimento vindo de dentro da casa, eu parei de andar e observei melhor o que estava acontecendo lá dentro. Uma das longas cortinas da sala de estar estavam meio que entre abertas, então eu pude avistar através da longa janela de vidro, algo bem estranho acontecendo lá dentro. E eu pensei... ...Será que o papai está em reunião, e por esse motivo ele não conseguiu ir me buscar? (fiquei me perguntando, parada ainda no mesmo lugar) E enquanto eu estava presa em meus pensamentos, eu comecei a escutar palavrões e pessoas falando alto de um jeito meio que agressivo e rude em seu tom de voz. Eu senti o meu coração disparar na mesma hora. Meu Deus, será que é um assalto ou algo do tipo?! E quando eu já estava quase pegando o meu celular de dentro da minha bolsa para ligar para a polícia, eu consegui ver pela brecha da janela o meu pai sendo agredido por um homem. E eu não pensei duas vezes e saí correndo, largando as minhas malas e todo o resto ali mesmo no meio do quintal. E quando eu cheguei no rol de entrada da casa, já ofegante de tanto que eu corri para chegar até aqui, eu pude ver oito homens armados e encapuzados. Assim que alguns deles me viram, logo apontaram as suas armas para mim e eu fiquei pálida na mesma hora, achando que eles iriam atirar. E a minha primeira reação foi levantar os meus dois braços em sinal de rendição, mais quando eu vi o meu pai ali caído no chão eu não pensei duas vezes e saí correndo em sua direção. E gritei... Aline: - Pai... Paiiii... Paii... (gritei desesperada) Mais um dos homens encapuzados segurou um dos meus braços me impedindo de chegar até o meu pai. E eu disse... Aline: - Me solta! Eu preciso ajudar o meu pai! Me solta seu infel!z!!! (eu disse tentando me soltar das suas mãos, mas eu não conseguia) Eu vi que ele nem se quer me deu a mínima, ele apenas olhou para um dos homens que estava ali em pé bem ao lado do meu pai. E foi nesse exato momento que eu pude perceber que aquele homem era o único que não estava com o rosto coberto. E eu disse... Aline: – O que é, por acaso você está esperando ordens do seu amiguinho?! (perguntei furiosa para o homem que me segurava, apertando cada vez mais o meu braço, pois parecia que ele aguardava por uma aprovação daquele outro homem) E ele me respondeu... ?: - Cara cala a por.ra da tua boca ou eu mermo vo cala ela com um t!ro, e vo estora os teus miolos! Tu que vê!!! (ele disse sendo rude e grosseiro) Eu engoli seco e pensei... ... Meus Deus que tipo de pessoas são essas? O que eles querem e o que eles estão fazendo aqui? E por que bateram tanto assim no meu pai? (eu fazia milhões de perguntas em minha mente, e nenhuma delas tinham respostas) E eu disse... Aline: - Por favor, se vocês querem dinheiro eu dou, se quiserem levar alguma coisa, podem levar tudo, mais por favor deixem o meu pai em paz. Eu suplico. (disse olhando o meu pai agonizando caído no chão da sala) E eles começaram a rir, assim que eu acabei de falar. Sorriam como se estivessem debochando de mim. Eu fiquei tão chateada e estressada por ser motivo de piada para aqueles imbec!s, que eu disse... Aline: - Por acaso eu sou alguma palhaça para vocês ficarem rindo de mim seus id!otas?! (olhei para cada um deles com ra!va, e eu ainda estava presa com um desses imbec!s segurando cada vez mais forte o meu braço) Então depois que eu disse isso, o homem que estava ao lado do meu pai resolveu enfim se pronunciar e disse... Homem s/ capuz: - Então quer dizer que a mocinha está dizendo que tem dinheiro? (ele falou em um tom de sarcasmo em sua voz grossa e estridente) Aline: - Sim eu tenho, vocês vieram roubar, é isso? Se vocês querem dinheiro ou algo de valor eu dou, mas por favor deixem o meu pai em paz. (disse desesperada ao ver o meu pai tossindo e já saindo sangue de sua boca) E depois que eu falei todas aquelas palavras, elas pareciam ser apenas combustível para aquele homem que estava bem ali ao lado do meu pai. Por que assim que eu concluí a minha fala, ele começou a chutar as costelas do meu pai, sem dó e sem piedade e eu comecei a gritar desesperada... Aline: - Nãooo... Nãooooo.. Por favor, pelo amor de Deus não faça isso! Pare! Paree.... (eu gritei desesperada, já entrando aos prantos e tentando me soltar das garras daquele infel!z que ainda me segurava) E sinceramente o meu desespero foi tão grande, que eu consegui me soltar e o meu único alvo dessa vez era apenas aquele homem crueu, que chutava friamente o corpo do meu pai ainda caído ao chão. Eu saí correndo e quando eu ia empurrar ele para longe, eu senti uma pressão forte em meus longos cabelos ne.gros e lisos, que na mesma hora me deu uma forte dor de cabeça. Alguém havia me puxado para trás, me puxando pelos meus cabelos. E a minha primeira reação foi...
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