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1168 Words
Lucas on Mais uma noite na qual me pego em um cassino para negociar armas em um armazém do outro lado do oceano, meu pai me manda pra fazer o trabalho sujo como sempre e eu me pego pensando novamente no acontecimento de 8 anos atrás, um cara sendo morto em minha frente por mais um drogado qualquer ao qual meu pai contratou, mais uma famíllia destruída por pura ganancia. - Não posso dizer que não gosto de estar no poder, sempre amei ter o controle de tudo e todos, mas aquela vez foi a primeira vez que matei alguém. - Naquele dia minha realidade veio a tona, me senti a flor da pele e quando apertei o gatilho mirado no cara que antes obedecia meu pai, assim que o puxo sei que não tem mais volta e ali me tornei um assassino. Há oito anos venho procurando pela família que foi destruída aquele dia, queria poder dizer que sinto muito que também não queria estar naquela situação e que eles poderiam contar comigo mas o quão ridículo isso poderia soar? afinal quem estava no "comando" aquele dia era eu, não tive mais noticias deles depois daquele dia. Mesmo procurando eu não sabia onde os achar e assim 8 anos se passaram e não tive mais noticias até que em mais uma noite de serviço, passando por uma dos mais famosos clubs da cidade eu o vejo. Mesmo estando escuro eu reconheceria o olhar daquele garoto que hoje tinha um cigarro em suas mãos e sua cabeça encostada na parede de fora do alojamento. Imediatamente pedi que parassem o carro e que me deixassem ali, meus homens se recusaram no inicio mais aceitaram quando disse que ligaria para virem me buscar, desci do carro e fiquei o observando de longe no primeiro momento, o moreno de cabelos escuros tinha um semblante sério em seu rosto, sua postura estava rígida e uma onda de emoções se passaram por mim. Fiquei constrangido e feliz ao mesmo tempo, ele apaga seu cigarro o jogando no chão e pisando no mesmo com a sola do sapato preto que usava, entrou no edifício e por um momento pensei em ir atrás, mas mudo de ideia ao imaginar que aquele local poderia virar um caos dependendo de sua reação e o que eu não precisava agora e que ele me odiasse mais do que já odeia. Após uns 15 minutos ele sai de lá, mas agora não esta mais com seu avental. Ele está com um smoking preto que parece ser de marca, seu olhar vem até mim enquanto tira suas chaves do bolso mais algo me diz que ele não me reconheceu e não sei se deveria estar aliviado mais só consigo me sentir ainda mais ansioso. Após trocar palavras rápidas e pedir um cigarro pra mim eu resolvo ir para mais perto de si onde tinha uma concentração maior de luz da lua e é ai que eu tenho a plena certeza de que ele se lembra e muito bem de quem eu era. Mesmo sabendo que talvez fosse em vão eu tentei conversar com o cara que tinha uma expressão fria e de dor ao olhar para mim e me vi sentado na garupa de sua moto na tentativa de finalmente tirar esse peso de não ter feito nada a a 8 anos atrás. Paramos em frente a um cemitério e ele estacionou, no primeiro momento não entendi bem o que fazíamos ali, até ele contar que sua mãe também havia falecido após o ocorrido de anos atrás, e então me culpei ainda mais. Não coloquei a culpa pra cima de ninguém e apenas aceitei tudo aquilo que me era dito. Alexandres: - A única coisa que eu quero de você neste momento e que não apareça mais na minha vida, continue vivendo da maneira que bem entender me deixando fora de tudo. - Haja como se nada tivesse acontecido ou até mesmo pode considerar que naquele dia eu também morri. Lucas: - Entendo... Você tem todo o direito de se sentir desta forma, apenas saiba que mesmo de longe e mesmo pensando que sou o maior filho da p**a que já existiu eu-... Alexandres: - Apenas cale a boca e vá embora ta legal? O vi virar as costas e entrar no cemitério a nossa frente, e assim que me virei para fazer o que foi pedido alguns carros se aproximaram e os identifiquei como os dos meus subordinados. Lucas: - Que p***a vocês fazem aqui?! - Eu não mandei que não me seguissem? Eles se aproximaram e começaram a gritar que os Dragons tinham me seguido e que estavam em 4 carros, pra vocês terem noção os Dragons são uma gangue rival que preferem matar e sequestrar mulheres a ter uma negociação amigável. Lucas: - Mantenham eles longe deste local e preciso que cinco venham comigo. - Onde está minha arma? Um de meus homens se aproximou me entregando alguns dos equipamentos de armas que eu mais usava, eu tinha a plena ciência de que agora mais do que nunca Alexandres iria me querer morto. Não ligo de mandar entregarem minha cabeça numa bandeja pra ele, mas por hora ele tem que sair vivo daqui. Entro no cemitério em busca dele, o fato de estar ali não me assustava por que só Deus sabe o que já passei e presenciei na minha vida. O encontro após alguns minutos debruçado diante de duas lapides e por um momento eu quiz atirar em mim mesmo para não ter que interromper esse momento intimo dele e sua familía. - Me sentindo um intruso novamente me aproximei dele e seu rosto virou em minha direção com a aproximação repentina, seus olhos estavam inchados por mais que bonito ficasse a cor de mel imergida no mar intenso ao qual representavam agora. Alexandres: - Droga.. Eu não mandei você ir embora? que merda ainda faz aqui? Lucas: - Pode me matar depois se quiser mais por hora a gente precisa dar o fora daqui. Alexandres: - Como faço pra me livrar de você?! eu realmente me sinto um fodido sempre que vejo a sua cara. Antes que ele podes-se dizer mais alguma coisa tiros foram ouvidos do lado de fora do local e seus olhos foram instantaneamente na direção do barulho, sua cara ficou palida e seu corpo se enrijeceu. Alexandres: - O'que karalhos esta rolando lá fora? Lucas: - São os Dragons eles sã-... Alexandres: - Mais que p***a a gangue de Dragons está fazendo aqui?! Lucas: - Pera você sabe quem são os Dragons? Alexandres: - Meu ex faz parte dessa gangue. Sinto meu queixo ir até o chão após começarmos a correr e eu gritar em sua direção como um pai enciumado faz. Lucas: - Que p***a você tem na cabeça pra namorar um gângster? Alexandres: - Eu me pergunto o por que um sempre aparece no meu caminho. Disse enquanto o tiroteio se alastrava e nos escondia-mos atrás de uma lapide.
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