Lavínia Estacionamos na porta de casa. Podia ser a casa de Gleice, mas era minha também. Era o meu lugar de paz, de segurança. Eu já estava com a mão na maçaneta da porta quando ouvi a voz dele, baixa, sem pressa, mas carregada de intenção. — Posso passar para pegar você às oito da manhã? Me virei para encará-lo. — Pode, pode… voltamos no mesmo dia, não voltamos? Ele assentiu, sem tirar os olhos de mim. — Voltamos, Lavínia. Houve um silêncio entre nós. Eu devia ter saído do carro, agradecido pelo dia e entrado. Mas não consegui me mover. Algo nele me prendia ali, como se eu estivesse vivendo algo que não sabia nomear. — Não precisa temer contato intimo comigo, porque só toco em minha esposa.. Por isso, estou lutando por você, quero você como esposa. Minha respiração ficou presa

