Lavínia
Lavínia
Acordei sentindo meu corpo pesado, o peito apertado e a respiração curta. Era como se algo invisível estivesse pressionando meu peito, impedindo o ar de entrar, tornando cada suspiro uma luta.
Me esforcei para ficar quieta, para não me mover, para tentar conter o pânico que começava a rastejar pela minha pele como um veneno lento. Era madrugada, Gleice estava dormindo no quarto ao lado, e eu não queria incomodá-la. Não queria que ela tivesse que lidar comigo de novo, porque não era justo, ela tinha parado a vida dela para cuidar de mim, e ela merecoia descanso e Douglas também.
Mas a sensação de medo, de angústia, de estar sendo observada crescia a cada segundo. Sufocante. Esmagadora.
Antes, quando isso acontecia, eu fingia que não estava ali. Me tornava muda, me apaga
