Alemão Elize estava no quarto, terminando de se vestir para a consulta. Ajeitava o cardigã branco que eu tinha comprado para ela quando um pensamento me invadiu como uma facada no peito. Era aquela cena maldita, a que eu vi e que destruiu tudo: ela nua, na cama com outro, o vídeo que recebi... Por um momento, fiquei parado ali, tentando controlar a respiração. Foi como se o chão tivesse sumido debaixo de mim de novo. Mas, dessa vez, outro pensamento se juntou. E se ela estivesse dopada? A ideia me atingiu como um soco. Se fosse isso, se aquele desgra.çado tivesse feito algo contra a vontade dela... E eu? Eu não fiz nada. Não protegi. Não impedi. Eu só vi, tirei minhas conclusões, e fui embora, como um covarde. O peito doeu, pesado, como se cada batida fosse um castigo. Me levantei abrup

