∞ Capítulo 6 ∞

2400 Words
Leon Já escureceu e já deu a minha hora. Ela realmente me deu um bolo. Mas o azar é dela. Se não quer ser contratada o problema não é meu. Pego minhas coisas e saio da sala. Nem olho para cara de Rosane. Entro no elevador e desço até o estacionamento. Pego o meu carro e vou para casa. ...   4 dias depois ... Já chegamos na sexta feira. E nada da Manuelle. Ela realmente não veio aqui e nem tentou entrar em contato com a empresa. É muita falta de profissionalismo. Deveria ter mandado um recado avisando que não queria mais a vaga de babá. E pronto, tudo resolvido. Saio da minha sala e vou até uma secretária. Leon : _ Rosane. Secretária : _ Sim? Leon : _ Peça novos currículos de babás, para o David, quero para segunda que vem. Secretária : _ Sim, senhor. O senhor deseja algo mais? Leon : _ Não, apenas isso. Secretária : _ Então já posso ir? É que já passou da minha hora. Olho no relógio e vejo que realmente está bem tarde. Leon : _ Sim, me desculpe não vi que já estava tarde, pode ir, eu fecharei a sala. Secretária : _ Obrigado, senhor. Boa noite. Ela arruma sua bolsa e sai. Pego minhas coisas, e fecho meu escritório. Desço e passo pelas seguranças que ficam rígidos ao me verem. Pego meu carro e dirijo para minha casa. Quando chego a primeira coisa que vejo ao abrir a porta é Luz deitada no sofá da sala de estar. Me aproximo devagar dela. Márcia : _ Ela disse que queria o esperar. Eu disse a ela para ir se deitar, mas ela queria muito vê-lo. Olho minha irmãzinha dormindo com seu pijama de panda. Eu realmente tenho estado muito ausente. m*l a vejo. A pego no colo delicadamente. Leon: _ Irei a levar para o quarto. Obrigado, Márcia. Márcia: _ Não precisa agradecer. Estou indo para casa. Boa noite, senhor Clark. Leon: _ Boa noite, Márcia. Subo as escadas com Luz e a deito em sua cama. Mas acabo tropeçando na cama. Me maldigo mentalmente. Luz: _ Leon? Leon: _ Oi minha princesinha. Luz: _ Você chegou! Eu estava te esperando, mas acho que dormi. Leon: _ Eu vi, queria falar algo comigo? Luz: _ Eu estava com saudades. Ela fala com sua voz fofa e eu me derreto por dentro. Leon: _ Eu sinto muito meu amor, prometo ser um irmão mais presente de agora em diante. Luz dá um dos seus sorrisos radiantes só que dessa vez sonolento. Leon: _ Que tal sairmos no final de semana? Você pode escolher o que iremos fazer. Luz: _ Podemos ir ao parque de diversões! _ Ela fala animada e eu sorrio. _ E... Leon: _ E? Ela procura por algo na gaveta de seu criado mudo. Então pega um papel. Luz: _ Domingo será o dia da família. Eu queria muito ir, mas não com a tia Clari, eu queria ir com você. Porque você é meu irmão. Penso um pouco. Leon: _ Mas é claro que podemos ir nesse culto. Amanhã vamos ao parque e no domingo iremos a esse culto. Luz: _ Promete? Leon: _ Prometo. Luz abre um sorriso e me abraça. Luz: _ Eu te amo, irmão. Aqui o convite, fica com você. Ela me entrega o papel colorido e um pouco amassado. Leon: _ Nossa, que convite lindo. Luz: _ Foi a Manuelle que fez. Leon: _ Ah foi? É muito lindo. Vou guarda-lo lá no meu quarto, ok? E você vai dormi porque esse final de semana vai ser muito animado. Luz: _ Tá bom. Boa noite, Leon. Te amo! Leon: _ Também te amo. Boa noite. Fecho a porta de seu quarto e vou para o meu. Sento em minha cama e analiso o convite em minhas mãos. Manuelle. O convite não era muito bonito. Dava claramente para ver que era bem amador. Mas também não era f**o. Verei ela no domingo. Talvez eu a pergunte o porquê dela não ter ido lá na empresa. Talvez ela tenha achado um trabalho melhor do que ser babá. Ou talvez ela tenha passado m*l, ou saído. Mas em todos esses casos, ela deveria ter tentado entrar em contato com a empresa. Solto um suspiro irritado. Largo o convite em cima da estante e me levanto para me preparar para dormir, já que tinha prometido para Luz um fim de semana bem animado. Talvez amanhã eu poderia me arrepender disso.   ...   Manuelle Domingo. Eu amo domingos! Demorei um pouco para escolher a roupa de hoje. Me arrumei, fiz uma leve maquiagem, mas bem trabalhada, e uma trança de lado simples. Me olho no espelho e gosto do resultado. Saiu do orfanato e vou para a casa dos meus avós. Bato na porta e eu avô abre no mesmo instante. Manuelle: _ Benção vô. Ricardo: _ Manu! Quanto tempo. Ele me envolve em um abraço de urso, o qual eu devolvo na mesma intensidade. Manuelle: _ Sim, faz uma semana que não venho vê-los. Me desculpe. Sofia: _ É assim mesmo, querida. Já está ficando adulta, começará a trilhar seus caminhos, formar seu futuro. Nós entendemos e só queremos que seja feliz. Manuelle: _ Obrigada vó. Já estão prontos para o culto? Ricardo: _ E como estamos. E Você nem se fala, está linda querida. Sofia: _ Muito linda! Já é linda naturalmente, mas esse vestido ficou muito bem em você! Manuelle: _ Obrigada. Amo tantos vocês! Então vamos? Ricardo: _ Vamos! Meu avô pegou as chaves de casa e trancou a porta e fomos para a igreja de braços dados, eu no meio deles. Eu realmente amava essa família que a vida me deu. Chegando lá meus avós conversam com os pastores e meus olhos se encontram com o de Lucas, que estava com seus pais. Lucas: _ PROTOTIPO DE GENTE! Ele grita chamando atenção de todos. E eu reviro os olhos, hoje a igreja estava cheia e todos olharam para nós. Mas logo após uma rápida refletida deixo para lá e grito de volta. Manuelle: _ SHEREK! Ângela: _ É muito amor envolvido. Manuelle: _ Verdade, tia Angel. Amo esse chato. Lucas: _ Irmãos de coração. Manuelle: _ Ooown que gay. Lucas: _ Manuelle só não irei te insultar porque estamos na igreja, e eu sou um anjo. Gargalhei e tio Marcelo também. Marcelo: _ Anjo? Apelou filho. Manuelle: _ Haha, mandou bem tio Marcelo. Os pais de Lucas as vezes eram piores que ele. Eles eram muito implicantes, e eu não preciso dizer que AMAVA eles. Lucas: _ Estamos indo se sentar lá atrás, estão meus tios e avós lá. Lucas aponta para o lado esquerdo da igreja. Onde já estava lotado. A nossa igreja era quase uma meia lua, e tinha bancos dos dois lados lado esquerdo e lado direito, e no centro que unias as duas pontas era o palco. O lado esquerdo era maior e cabia mais pessoas, e todos os instrumentos eram virados para lá. Já no lado direito tinham menos cadeiras, mas ficava perto da porta, e meus avós gostavam disso. Manuelle: _ Ah, vou ficar desse lado mesmo, porque meus avós gostam de sentar ali. Ângela: _ Sofia e Ricardo vieram? Manuelle: _ Sim, estão conversando com os pastores. Ângela: _ No final do culto vou falar com eles. Tchau querida. Marcelo: _ Tchau Manuelle. Lucas: _ Tchau f**a. Manuelle: _ Tchau. Eles foram para o lado esquerdo, e logo perdi eles no meio do povo, e eu fiquei perto da porta esperando meus avós terminarem de conversar.   Leon Eu e Luz chegamos na sua igreja, quase me perdi para chegar. Mas aqui estamos nós. Clarisse infelizmente teve um imprevisto e não pode vir. Luz segurava minha mão e andava dando pulinhos de tão animada que estava. Passamos pela porta da igreja e meus olhos logo encontram com Manuelle. E tenho que admitir que ela estava linda, estava conversando com uma outra garota. A garota diz algo e depois rir, levando um tapinha amigável de Manuelle. Depois a garota sai deixando-a sozinha. Manuelle se vira e nos ver. Ela abre um lindo sorriso. Luz sai correndo para abraça-la. Luz: _ Manuuuuu! Manuelle: _ Meu amor! Ela se abaixa e abre os braços. Elas dão um abraço apertado e eu admiro a cena. Elas se soltam e Manuelle se levanta e me encara. Luz sai correndo para falar com umas amiguinhas. Manuelle: _ Olá. Eu peço desculpa pelo inconveniente. Não consegui ir lá na empresa que você trabalha, espero que não tenha ficado me esperando esse tempo todo.  Leon: _ Ah, não se incomode com isso. Mas o que houve? Não está mais interessada no emprego? Manuelle: _ Ah não é isso. É que o senhor esqueceu de falar o nome da empresa que trabalha. Então não sabia onde era.  Fiquei encarando ela chocado. Como assim não falei o nome da empresa? E por acaso eu preciso? Sou Leon Clark, o CEO da empresa Tech Luminus. Apareço na Televisão e em revistas regulamente. Todos me conhecem. Leon: _ Você não sabe qual é a minha empresa? Pergunto espantado. Manuelle: _ Não. Você não tinha me dito o nome e eu esqueci de perguntar. Eu estava por um lado aliviado por descobrir o porquê dela não ter ido, e por outro lado surpreso por ela não me conhecer. Leon: _ Tech Luminus. Esse é o nome da empresa. Ela arregala os olhos. Deve ter me reconhecido. Manuelle: _ Nossa, você trabalha lá?! Que incrível. Meu amigo sonha em trabalhar lá um dia. Falam que lá só entra peixinho, você deve ser um ótimo profissional. Ouvir dizer que o CEO que comanda a empresa é muito rude e difícil de lidar. Seguro um riso. Se ela soubesse... Leon: _ Ah é? Eu não acho ele assim não. Ele é um grande profissional e responsável. Apenas isso. Manuelle: _ Deve ser. Qual é o seu nome? Eu tinha me esquecido. Leon: _ Meu nome é Leon. Leon Clark. Manuelle: _ Leon Clark. Ok, não vou mais esquecer. Leon: _ Aparece amanhã na empresa já que agora você sabe onde é. Isso se ainda quiser o emprego. Manuelle: _ Ah quero sim! _ Ela fala um tom um pouco alto. _ Me desculpe. Falei um pouco alto. Mas amanhã aparecerei por lá. O Pastor pede para a igreja se assentar. Luz vem correndo até a gente. Luz: _ Vai se sentar com a gente, tia Manuelle? Manuelle: _ Não querida. Meus avós estão sentados ali, vou me juntar a eles. Luz: _ Onde está o tio Lucas? Manuelle: _ Está sentado no lado de lá, lá atrás. _ Ela aponta. Luz: _ Ah.  Manuelle: _ Estou indo me sentar. Tchau para vocês. Nos despedimos e sentamos. O culto começou, as vezes me pegava olhando para Manuelle e ela estava animada. Ela me devolveu o olhar duas vezes e nas duas vezes ela sorriu feliz. Eu acabei sorrindo de volta nas duas vezes sem nem perceber. O pastor começou a pregar: Pastor: _ Hoje irmãos a pregação estará em segundas Reis, capitulo 5. Iremos falar sobre um general importante do Rei da Síria. Ele tinha riquezas, status e gloria. Era um grande general muito importante. Mas... Havia um problema, ele sofria de lepra. Uma doença que naquele tempo não havia cura e não havia como trata-la. Muitos homens hoje, podem estar no auge do poder, ter riquezas, prestígios e honra. Mas se não houver Deus, de nada serve isso tudo. E um certo dia irmãos, uma menina israelita que havia sido levada para servi a esposa de Naamã, conversou com sua senhora a respeito de um certo homem que fazia milagres, que curava, que morava em sua terra Israel e que poderia curar o grande general Naamã. Ela estava falando do profeta Eliseu. Olha como Deus faz as coisas, nada do que acontece é em vão. Essa menina que foi tirada de sua família, de sua terra e levada ao estrangeiro, agora está sendo usada como um instrumento de salvação. Queridos, não importa aonde estamos, ou o que estamos passando, o nosso dever é falar sobre a salvação em todos os momentos. Devemos mostrar o caminho verdadeiro, quando estamos felizes e quando estamos tristes... Então essa menina começou a falar sobre o servo de Deus, Eliseu, e sua senhora começou a ouvir e logo depois correu até seu esposo e o contou tudo o que ouviu. Porque quando a gente ouve algo bom, nós queremos divulgar, dividir, compartilhar isso. É assim que um cristão deve ser, compartilhar o que ouve e aprende, e não guarda só para si. E então Naamã ouviu e logo seu coração se encheu de esperança. E ele foi ao encontro de Eliseu. Eliseu manda seu servo ir até ele, e falar para ele mergulhar 7 vezes no rio Jordão. E ai que começa a lição de Naamã, um grande general do exército da Síria, ele esperava que o próprio Eliseu encontra-se com ele pusesse as mãos em cima de sua lepra e o curasse. Mas não, Eliseu mandou o seu servo ir até ele e o falasse para se banhar no rio Jordão. O rio Jordão cujo as águas eram sujas, e por essa razão Naamã se indignou e saiu dali. Mas Deus não deixou acabar ali. Enquanto estavam indo, os seus soldados o encorajava a tentar, a ir se banhar no rio e ver se seria curado. E Naamã decidiu ir. E agora começa a lição de humildade, naquela hora seu dinheiro e seus status de nada adiantavam. E então ele entra naquele rio sujo, aquele rio não representa só a cura, mas representa a quebra do orgulho, a quebra da soberba, ele está se humilhando naquele momento. E ele mergulhava 1, 2, 3... 6 vezes e por fim ele deu o 7° mergulho e subiu. E ele ficou completamente curado. Eliseu podia orar a Deus e o curar, ele podia colocar as suas mãos em sua ferida e pedir ao Senhor para cura-lo. Mas não, porque além da cura física, Deus queria cura-lo profundamente. Molda seu caráter, quebrar seu orgulho. Poderia ter sido apenas 1 mergulho. Mas foram necessário 7 mergulhos, e em cada mergulho Naamã emergia diferente de quando mergulhou. E é assim que devemos ser, libertos de todo o orgulho, ganancia ou soberba. Não importa o que você tem ou quanto você tem. Nada vale mais do que a sua alma. Deixe toda soberba, todo orgulho e se lance na presença de Deus. Se humilhe diante do Rei da glória. Porque nada que você tenha é maior do que ele pode te dar. Que é a sua salvação! A pregação terminou, e começou o louvor junto com o apelo. Algumas pessoas foram lá na frente. Mas eu permaneci ali, no mesmo lugar até o culto acabar. A pregação foi legal, as musiquinhas animadas. Não detestei como achei que iria. No final do culto eu e Luz fomos logo para casa. Não vi Manuelle na saída, mas se tudo desse certo nos veríamos amanhã na empresa.                                
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