Capítulo 11

1027 Words
Síria acordou bem descansada. Lembrando da cena dos rapazes na noite anterior, um sorriso estampou o seu rosto. Ela tomou banho, vestiu uma calça de tactel preta e uma regata branca, calçou um par de chinelos e desceu para tomar café. Os outros já estavam à mesa. — Bom dia — disse ela. — Bom dia — responderam. — O que temos para hoje? — perguntou, enquanto se servia de uma xícara de café. — Preciso que você e Nico façam uma visita ao Júnior hoje — respondeu Ricardo. — Ele andou aprontando? — perguntou Síria, com um meio sorriso. — Descobri que está passando informações sobre nós para um rival. — Finalmente, um pouco de ação! — disse Nico, sorrindo. — Xavier e Charles, preciso que investiguem algo para mim. Alguém andou invadindo o nosso servidor. Quero saber quem foi. Façam uma visita ao desgraçado e consigam informações — disse Ricardo. — Pode deixar, chefe. Até de noite já vamos ter algo — respondeu Charles, já se levantando e saindo, acompanhado de Xavier. — O que você acha que é, chefe? — perguntou Síria. — Alguém está coletando informações sobre nós. Ainda não sei quem, mas isso está se tornando perigoso. Vou reforçar a segurança nos servidores, mas alguns aliados parecem ter mudado de lado. Isso me preocupa. — Podemos dar um jeito nos aliados, mas acho que devíamos criar uma armadilha — sugeriu Síria. — Pode dar certo. — Verdade, chefe. Se criarmos uma armadilha, vamos descobrir quem está passando informações — disse Nico. — Vamos divulgar uma notícia falsa. Mudamos alguns detalhes de um aliado para outro. Assim, vamos saber quem é que vai vazar a informação — propôs Síria. — Façam isso, então, começando pelo Júnior. — Acho que vamos ter que nos livrar dele. Já pisou na bola demais. Se os outros informantes virem isso, vamos acabar perdendo o controle sobre eles — disse Nico. — Também acho. Ele já deu muita dor de cabeça. Vamos jogar a isca hoje. Se for ele, será melhor ainda para nós — disse Síria. — Então está decidido — concluiu Ricardo. — Vou trocar de roupa e já volto, Nico — disse Síria, correndo escada acima. — Beleza, vou buscar o carro. Síria entrou no quarto e trocou a calça de tactel por um jeans preto. Colocou uma blusa preta, o coldre e as suas pistolas. Calçou uma bota de salto curto, acrescentou uma adaga e pegou um blazer antes de descer para encontrar Nico. O dia seria cheio. No carro, Síria não deixou de notar o sorriso no rosto de Nico. — Tá doido para dar uns tapas no Júnior, né? — Ele é um i****a. Faz tempo que quero socar aquele cara de p*u. — Ele se faz de i****a, Nico. É fachada. Já investiguei ele; é bem diferente do que aparenta. — Ele não me engana, Si. Tenho certeza de que é ele quem está vazando informações. — Vamos jogar a isca e ver. Minutos depois, chegaram ao galpão de Júnior. Vários seguranças armados vieram ao encontro deles. — O que querem? — perguntou um dos seguranças. — Olha, vocês já foram mais educados — disse Síria. — Acho que esqueceram quem somos — disse Nico, aproximando-se do segurança. — Esta é uma área particular. Retirem-se. — Lamento, amigo. Temos negócios a tratar com o Júnior — disse Síria, encostada no capô do carro. — O senhor não está atendendo hoje — insistiu o segurança. — Acho que você não entendeu. Não preciso de horário para conversar com aquele merda. Então, saia da frente — disse Nico, sem paciência. — Como eu disse, o senhor não está atendendo. Retirem-se. Nico olhou para Síria, que sorriu para ele. — Isso vai ser divertido — disse ela, sentando-se no capô do carro. — Não vou te impedir hoje. — Era tudo que eu precisava ouvir — disse Nico, com um sorriso travesso. Em um movimento rápido, Nico pegou o braço do segurança, torcendo-o para trás e fazendo-o soltar um grito de dor. Depois, o chutou na parte de trás do joelho, fazendo-o cair no chão. Com a movimentação, outros seguranças apareceram armados. — Nada disso, rapazes — disse Síria, apontando a arma para eles. — Seu amigo ofendeu a pessoa errada. Fiquem fora disso. Os outros seguranças pareceram hesitar, mas não se aproximaram. Nico agora segurava o segurança pelo colarinho, desferindo vários socos no seu rosto. O estrago já era visível. — Vou perguntar de novo — disse Nico ao segurança, que já estava quase desacordado. — Cadê o fodido do Júnior? Nada saiu da boca do segurança. — Tudo bem — disse Nico, que, em um movimento rápido, torceu o pescoço do segurança, matando-o. — Quem quer ser o próximo? Os seguranças o olharam, abismados, sem ousar dar um passo. — Não precisa disso, gente — disse Júnior, saindo do meio dos seguranças. — Júnior, Júnior — disse Nico, sacudindo a cabeça. — Vem aqui. Ele foi até Nico, com um olhar desconfiado. — Do que vocês precisam hoje? — Acho que você não tem medo da morte, Júnior — disse Nico, segurando com força seu maxilar. — Hoje, não estou com paciência para suas palhaçadas. — Lamento, senhor. O segurança era novo. Ele não sabia que vocês têm prioridade — disse Júnior, entre dentes. Nico o soltou e deu um tapa em seu rosto, fazendo-o cair no chão com o impacto. — Acredita mesmo que sou t**o o suficiente para acreditar nisso? Com dificuldade, Júnior se levantou, segurando a bochecha, que agora estava vermelha e levemente inchada. — Me perdoe, senhor. Não vai acontecer novamente. — Viu como podemos nos entender? — disse Nico, sorrindo. Ele se aproximou de Júnior e começou a ajeitar as suas roupas. — Você tem que se arrumar melhor para receber os seus convidados, Júnior. Olha a cor da sua roupa. Júnior olhou para Nico com ódio, mas não se atreveu a fazer nada. Sabia que não era páreo para ele. — Me desculpe, senhor. Na próxima, estarei mais apresentável — disse Júnior, com os dentes cerrados. — Agora que já nos entendemos, vamos falar de negócios?
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