Capítulo 13

1060 Words
Síria chegou ao hotel em um Porsche n***o. As pessoas pararam para observar a linda mulher que descia do carro, muitas se perguntando quem ela era. Ela entrou sem falar com ninguém; tinha um objetivo a cumprir e seria rápida. Servindo-se de uma taça de champanhe, passeou pelo salão em busca do seu alvo. — Gostaria de uma dança, senhorita? — perguntou um homem que se aproximava, sorrindo, talvez nutrindo o pensamento de ter aquela bela mulher em sua cama. — Não — respondeu ela, curta e grossa, dando-lhe as costas. Após algumas voltas, encontrou o seu alvo conversando com outro homem. Discretamente, aproximou-se e esbarrou nele, derrubando um pouco de champanhe no seu terno. O homem fechou a cara e, quando estava prestes a repreender quem havia feito aquilo, calou-se diante da beldade à sua frente. — Me perdoe, senhor, estava distraída — disse ela, tentando limpar o seu terno com um lenço. — Não se preocupe, senhorita, foi um acidente — respondeu ele, segurando as suas mãos. — Gostaria de uma taça de champanhe para esquecermos esse m*l-entendido? — Não quero incomodá-lo. Estou tão constrangida — disse ela, levando as mãos ao rosto. — Não precisa. Venha, eu insisto. Ela o seguiu até o bar e aceitou a bebida. Passaram um tempo conversando. Para Síria, era entediante dar atenção a um velho asqueroso como aquele. Após um tempo, ele fez a pergunta que ela tanto desejava ouvir: — O que acha de continuarmos esta conversa em um local mais reservado? — perguntou ele, com esperança nos olhos. Quando ela concordou, ele não cabia em si de alegria. m*l sabia que aquela seria a última noite da sua vida. Das sombras, alguém observava Síria com interesse e curiosidade. Ela entrou no elevador com o homem, e subiram até o sétimo andar. A cada passo que dava em direção ao quarto, o sorriso do homem crescia. Ele abriu a porta e entrou. Quando tentou agarrar Síria por trás, ela desferiu um chute no seu peito, fazendo-o cair no chão. — Sua c****a! Ficou louca? — Não, mas parece que você ficou. — Do que está falando? — Ricardo mandou lembranças — disse ela, retirando a pistola com silenciador de dentro da bolsa. — Espere! Isso é um engano. — Não existem enganos neste ramo, Rils. Ao terminar de falar, disparou um único tiro no meio da sua testa. O corpo dele caiu flácido no chão. Ela pegou o celular e ligou para a equipe de limpeza. — Tudo certo — confirmou, informando que eles poderiam subir. — Quarto 414. Ao desligar, a porta do quarto se abriu, e alguém que ela não esperava entrou. — Você — disse, encarando Klaus parado à porta. — Você ficou louca, Síria! — disse ele, sério. Ela apenas o ignorou, passando por ele. — Está querendo ser presa? — E quem vai me prender? Você? — Poderia, já que acabei de te pegar em flagrante. — Não se preocupe. Daqui a quinze minutos tudo estará limpo — disse, entrando no elevador. Ele a seguiu, ainda bravo. — Há câmeras de segurança, testemunhas. — Já está tudo limpo, e a única testemunha aqui é você. — Ela virou-se para ele, passou a mão no seu peito, inclinou-se e sussurrou ao seu ouvido: — Mas ainda tenho munição. Klaus não sabia se o arrepio que percorreu o seu corpo era de prazer ou de medo. Ele a olhou intensamente, tentando entender a mulher à sua frente. O elevador parou, e ela se afastou dele, saindo. — Tenha uma boa noite, agente — disse, piscando na sua direção. — Espere! — gritou, correndo até ela. — Vamos conversar. — Não tenho nada para falar com você. Já disse para ficar longe de mim. — Ele segurou a sua mão, impedindo-a de se afastar. — Por favor, é importante. — Ela o olhou, chateada. — Tudo bem, mas se não for, eu juro que coloco uma bala no meio da sua cabeça. Klaus começou a pensar que havia algo muito errado com ele. Estava interessado em uma mulher que vivia o ameaçando. Mas, f**a-se, se isso não o excitava. Na verdade, isso a tornava ainda mais interessante. O manobrista trouxe o carro, e Klaus olhou encantado para o Porsche. Ela entrou e esperou. — Vai entrar ou vai ficar olhando? — perguntou, impaciente. Ele entrou, e ela dirigiu até o parque da cidade. A essa hora, o lugar estaria silencioso, perfeito para conversarem. Ela estacionou, desceu e sentou-se em um banco, seguida por Klaus. — Por que matou aquele homem? — Porque sou paga para isso. — Não foi o que quis dizer. — Nem sempre há uma linda história para justificar as coisas, agente. Se está preocupado, não devia me seguir pelos cantos. — Sei quem aquele homem é. Estava o investigando esta noite, mas você o matou. — Se não fosse eu, seria outro. Os dias dele estavam contados de qualquer forma. — Você fala como se a vida dele não fosse nada. — E não é. Não me prendo a essas coisas. Ele já fez muitas atrocidades e, por último, era um X9. Então só havia um jeito para ele. Virando-se para Klaus, perguntou: — Por que se importa? — Não me importo com ele. Me importo com você. — Você sabe que isso é maluquice, certo? — Sei, mas não consigo mudar isso. — Ele a olhou com carinho, e Síria viu algo nele que não via há muito tempo: esperança. — Meu mundo não é para alguém como você. — Mas eu o aceitaria se isso me aproximasse de você. — Síria levantou-se, colocando alguma distância entre eles. — Não sei que tipo de sentimento você acha que tem por mim, mas é melhor você ficar longe. — Ele se levantou e foi na sua direção. Ela recuou até a suas costas encostarem no carro. — Quer saber? — perguntou ele, colando o seu corpo ao dela. A suas mãos seguraram a cintura dela, enquanto os seus olhos se tornaram prisioneiros dos dela. Ela colocou a mão no seu peito, tentando afastá-lo. Ele tirou uma das mãos da cintura dela e começou a acariciar a sua bochecha. Síria estava chocada. Os seus olhos estavam arregalados e a sua boca, levemente aberta. A sua respiração tornou-se irregular enquanto tentava processar o que estava acontecendo.
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