Capítulo 20

1030 Words
Após saírem da mansão, Síria e Aurélio rastrearam as pessoas até um galpão abandonado, longe da cidade. Aurélio carregava munição suficiente para invadir uma cidade, mas Síria já sabia como ele era exagerado. Quando chegaram, Aurélio saiu da caminhonete, abriu a tampa traseira e pegou um megafone. — Lucas, seu filho da p**a! Eu sei que você está aí! Mostra essa sua cara traidora! Largando o megafone, ele pegou uma bazuca na carroceria e ficou esperando o homem sair do galpão. — Não acredito que vai fazer isso — disse Síria, sorrindo. — Eu sei, é demais para ele, mas hoje estou a fim de ver alguém explodir. Síria olhou para Aurélio e caiu na risada, pensando em como aquele humor n***o dele lhe fazia falta. Nesse momento, um homem saiu correndo em sua direção e, com um aperto no gatilho, a bazuca disparou, pulverizando o cara à frente. — Merda! Esse não é o Lucas! — disse Aurélio, voltando a pegar o megafone. — Lucas! Você sabe quanto custa a munição de uma bazuca, seu desgraçado? — Problema seu! — gritou alguém de dentro do galpão. — Me dá isso — disse Síria, aproximando-se e pegando a bazuca. — Carrega. Aurélio recarregou a bazuca com um sorriso no rosto. Aquela era a Síria que ele conhecia. Ele gostava de sair com Síria porque sabia que ela não fugiria da sua verdadeira personalidade, diferente de outras mulheres que, ao descobrirem o que ele fazia, fugiam como se o d***o estivesse na sua frente. Síria caminhou lentamente para a lateral do barracão. Havia uma pequena brecha na parede; ela encaixou a bazuca e atirou. Nesse momento, algumas pessoas saíram correndo e caíram na armadilha dela. Em menos de dois minutos, todas estavam mortas. Síria voltou e colocou a bazuca novamente na traseira da caminhonete. — É assim que se faz, Aurélio — disse, dando um tapa no ombro dele. — É por isso que gosto de sair com você — respondeu ele, abrindo a porta do carro para ela entrar. — Para onde agora? — Vamos atrás de um cara esperto. Agora é o último. Ele está escondido em uma chácara. — Se tivesse me dito antes, eu teria trazido o Bruce. Bruce era o cachorro da organização, conhecido como "o demônio". Ninguém escapava dele. Era um pitbull bem treinado, capaz de encontrar qualquer um, mesmo em regiões difíceis. — Nós vamos ter que bastar. O lugar era mais distante, e levou cerca de quarenta minutos para chegarem. Assim que o homem viu a caminhonete se aproximar, saiu correndo para a mata atrás da casa. — Luigi, seu arrombado do c*****o! Tá fugindo por quê? Com paciência, Aurélio abriu a carroceria da caminhonete e pegou uma espingarda. Síria o olhou, questionando. — Vamos caçar? — Ela pegou outra espingarda e uma cinta com munição. — Bora! Não demorou muito para Aurélio achar o rastro de Luigi na mata. — Luigi! Hoje você vai ser meu coelho! — gritou, deixando escapar uma risada. — Vai se ferrar, Aurélio! — respondeu o homem. Aurélio mirou na direção da voz e disparou. Ouviu-se o grito de Luigi. — Corre, coelhinho, corre! — Para Aurélio, aquilo era um jogo. Ele caçava a sua presa e deixava o corpo para servir de aviso. Seguindo os barulhos do homem, Síria o avistou entre as árvores e fez um disparo, acertando-lhe o ombro. O homem grunhiu de dor. — Aurélio, seu filho da p**a! — gritou Luigi, sem fôlego. — Eu não me lembro de ser seu irmão, seu arrombado! — gritou Aurélio de volta. Nesse momento, ele avistou Luigi encostado em uma árvore e disparou, acertando-lhe a perna. Luigi ainda tentou correr, mas caiu no chão, arrastando-se. — Já cansou, coelhinho? — Vai se ferrar! — Que feio, Luigi. Não vê que tem damas presentes? O homem olhou para Síria, e o seu rosto empalideceu na hora. — Não pode ser... Ela, não. — Ah, ela, sim — respondeu Aurélio, sem esconder o sorriso de satisfação ao ver o pânico no rosto do homem. — O que foi? O gato comeu a sua língua? — perguntou Síria, rindo. — Me mata logo... Por que está fazendo isso? — choramingou Luigi, enquanto tentava se arrastar. — Ah, então você não sabe? Você me rouba e acha que vai ficar por isso mesmo? — Eu precisava do dinheiro, Aurélio! — Era só ter me pedido. Podíamos chegar a um acordo. O homem riu da cara dele. — Você é um demônio. Esse seu rosto bonito não me engana. — Não adianta tentar me agradar, Luigi — disse Aurélio, disparando novamente, agora na outra perna. — Ahhh, desgraçado! — Bem, foi bom enquanto durou. O que acha de uma cerveja depois disso? — Eu topo. Tá muito quente. Com um último disparo, Aurélio matou Luigi. Eles voltaram para a caminhonete, guardaram as armas e seguiram para a cidade. Havia um bar da organização no centro, e foram direto para lá. — Fala, Síria! — disse uma mulher, aproximando-se. — Oi, Simone. Já tem um tempo — respondeu Síria, apertando a mão da mulher. — E esse pedaço de m*l caminho? — Simone sorriu para Aurélio. — Esse é o Aurélio, um amigo. — Prazer, senhorita — disse Aurélio, beijando a mão de Simone. — Olhe! Ele é um cavalheiro. — Não caia nessa. Isso é só fachada. — Com ciúmes, meu amor? Você sabe que o meu coração é todo o seu — respondeu Aurélio, sedutor. — Já entendi tudo — disse Simone, rindo. — O que vocês vão querer? — Traga algumas cervejas, por favor. — Já está saindo — disse ela, indo embora. Síria olhou irritada para Aurélio. — O que foi? — perguntou ele, como se não soubesse de nada. — Como você consegue flertar com qualquer mulher que aparece? — O que posso dizer? É um dom — respondeu, dando de ombros. Síria olhou incrédula para a cara de p*u de Aurélio. — Você é inacreditável, sabia? Simone voltou com as cervejas e as colocou na mesa. — Quando você vai me dar uma chance, Si? Síria engasgou com a cerveja e olhou surpresa para Aurélio.
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