P RÓ L O G O
Com a escuridão quase total e apenas o luar entrando pela janela, ele só conseguia reconhecer os cabelos dela, loiros no escuro, claros na terra, embora agora cobertos de sangue. O sangue também estava nas suas roupas, nas suas mãos, no seu rosto. A sua camisa esfarrapada, sua respiração áspera, sua pele machucada.
Um corpo inerte descansava no chão da sala mais suja que eu já tinha visto, provavelmente de um dos meus homens.
Nina estava no fundo da sala, encostada na parede.
Abri a porta da cela e entrei.
Ao me aproximar pude perceber o movimento errático da sua respiração que traía o seu nervosismo, a suas pupilas estavam
dilatadas, mas não havia uma única lágrima nos seus olhos.
Como cada vez que ela escolheu lutar, embora, tenha sido que teria me arrastado para essa situação.
Na sua mão, preparada para se defender, a faca que um dos meus homens tentou usar nela.
Perguntei se ela sabia qual era a sentença da Bratva por traição, mas ela não respondeu.
O seu rosto, como sempre lindo, não poderia estar mais pálido.
Os seus olhos castanhos se fixaram nos meus, o seu lábio inferior tremendo, assim como as suas mãos, até que até a faca caiu das suas mãos.
No salão principal em frente à cela já estavam agrupados todos os meus homens. — Se você trair a Bratva, é muito provável que não só você pague por isso, às vezes a sua família também pode pagar por isso. Depende da situação, depende da idade deles, depende do que você fez. Eu disse a ela.
— Você pode mudar a punição, mas nunca perdoamos. Se a pessoa foge, nós a procuramos, a perseguimos, o tempo não importa, somos uma grande organização com armas em todos os lugares. E agora me diga Nina, quem te pediu para me matar?