Capítulo 11

1147 Words

Lívia O sol espreguiçava-se pela janela naquela manhã. A luz, filtrada pelas cortinas, parecia invulgarmente suave, como se o mundo exterior tivesse parado no tempo. Eu poderia ter ficado ali, aninhada no lençol quente, o corpo vibrando de prazer e a mente nublada pelos acontecimentos da noite anterior. Ele ainda estava lá. Micael. Deitado atrás de mim, o braço em volta da minha cintura, o peito colado às minhas costas, a respiração dele calma e firme, aquecendo a minha nuca. Por um breve e perigoso instante, acreditei que tudo aquilo era real. Que aquele toque era mais do que posse. Que aquele silêncio era mais do que domínio. Que aquele cuidado — a toalha quente, os dedos que desamarraram com gentileza, o corpo colado ao meu como quem protege — era amor. Mas eu estava enganada. En

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