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Vendida para o Dono da Mare

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Blurb

Lívia cresceu em meio à pobreza e violência, lutando para permanecer ilesa. No entanto, o pagamento de uma dívida de sua mãe com Micael Torres, o temido Dono da Maré, a força a ser entregue a ele.

Micael governa com punho de ferro, conhecido por não perdoar, não esquecer e não ceder. Em seu domínio, a obediência é a única regra, e Lívia agora lhe pertence.

O que se inicia como punição evolui para um perigoso jogo de domínio e submissão. Cada ordem de Micael exige a submissão de Lívia, e cada desafio dela intensifica o desejo dele de subjugá-la.

Envolvidos em um vínculo tóxico e viciante, ambos exploram os limites do controle através de sussurros, olhares e testes noturnos. Micael não busca apenas o corpo de Lívia, mas sua entrega total: mente, alma e coração.

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Capítulo 1
Lívia A noite descia sobre a Maré como uma maldição, densa de fumaça, suor e um silêncio pressago de gritos e tiros. Um silêncio familiar que anunciava a morte. Postes lutavam para romper a escuridão, projetando sombras dançantes num vento lúgubre, enquanto o cheiro acre de pólvora e esgoto se misturava ao adocicado da maconha, impregnando cada viela e barraco. As vozes vibrantes dos moradores haviam virado sussurros temerosos. Crianças, antes nas ruas, agora se apertavam às mães, olhos arregalados à espera do inevitável. Cães, antes ruidosos, jaziam quietos. A Maré inteira prendia a respiração, sentindo a tempestade iminente. Mas eu não sentia medo; apenas o torpor que me acompanhava desde que a Maré se tornara meu purgatório. Era a calmaria antes do furacão, a promessa silenciosa de violência. E eu, fantasma, observava, sabendo que logo estaria no centro da tragédia. Naquela noite, tudo em mim gritava que a morte vinha cobrar, mas eu não sabia que seria a minha. Descalça no chão da sala, pernas dobradas, eu ouvia os sussurros trêmulos da minha mãe pela parede. Nunca a tinha ouvido tremer, nem quando o marido fugiu com tudo, nem quando o gás acabou. Mas agora, sim. E quando ela voltou, seus olhos evitaram os meus. — O que foi? — perguntei. Ela não respondeu. — Mãe? Engoliu em seco. Sentou no sofá, a bolsa caindo no chão como se pesasse uma tonelada. A bolsa não pesava, mas a culpa, sim. — Eu fiz uma besteira, filha. Meu estômago revirou. — Que tipo de besteira? — Eu... eu pedi ajuda ao Micael. Micael. O nome me atingiu como um soco. Quase cuspi. Micael Torres. O nome que ninguém pronunciava na Maré. O Dono. O Chefe. O Inferno com rosto. Não só traficante, mas arquiteto do medo, o homem que impunha o silêncio, que fazia do castigo um ritual. E minha mãe fora até ele? — Você tá brincando — sussurrei. — Eu não tinha escolha, Lívia. Ele... ele emprestou o dinheiro. Era isso ou... — Ou o quê? Deixar a gente com fome? A gente já passou fome antes! Mas isso? Isso é se vender pro d***o! Ela fechou os olhos, a culpa explodindo em suas rugas. — Eu vou pagar — disse ela. — Eu juro que vou pagar. Mas eu sabia que era mentira. A dívida era imensa, e Micael não cobrava em dinheiro. Ele cobrava em carne. Em alma. Em obediência. Duas noites depois, vieram me buscar. Três homens bateram à porta. Não precisaram dizer nada. Um estendeu a mão, como se eu tivesse escolha. Minha mãe chorava em silêncio no corredor, encolhida. Encarei o homem com ódio, mas minhas pernas tremiam. Fui com a roupa do corpo: short jeans, regata preta e chinelos. Como se fosse para o matadouro. A Kombi velha subia o morro, cada curva mais escura. As luzes das casas sumiam. Então, o portão: duplo, de ferro, alto, com guardas fuzileiros. Eu nunca estivera tão perto da casa dele. A mansão de Micael era um insulto no meio da favela. Muro alto, câmeras por toda parte, fachada branca imaculada. Como se o inferno vestisse paz. — Sai — ordenou um capanga. Saí. Fui conduzida para dentro como se fosse nada. A sala era ampla, móveis caros demais para o cheiro de pólvora e suor. E ali, no centro, ele estava sentado. Micael Torres. Alto. Corpo largo. Camisa social preta, mangas dobradas. Olhos que não piscavam. Uma presença esmagadora. Ele não me olhou de imediato, continuou bebendo uísque como se eu não existisse, como se eu fosse mais uma de suas aquisições. — Senta — disse ele, sem levantar os olhos. Não obedeci. Foi instinto. Raiva. Medo disfarçado de orgulho. Ele ergueu o olhar. Quando nossos olhos se encontraram, senti como se ele me atravessasse. — Senta — repetiu, mais baixo. Eu sentei. Minha respiração descompassada. Mãos suando. Ele apenas me observava, como quem analisa uma peça, escolhendo por onde começar a desmontar. — Teu nome é Lívia, né? Assenti. — A dívida da tua mãe é alta. Dinheiro que ela não tem. E diferente dela... você vale alguma coisa. Meu coração disparou. Ele se aproximou, passos lentos, mãos nos bolsos. Parou na minha frente. — Você vai pagar por ela. Cerrei os punhos. — Como? Um canto da boca dele se curvou, como quem aprecia a pergunta. — Com obediência. Fiquei em silêncio, mas por dentro gritava. Meu corpo tremia. — Aqui dentro, você não fala sem permissão. Não sai sem autorização. E, acima de tudo... não me desafia. Ele inclinou o rosto, tão perto que senti o hálito quente no pescoço. — Entendido? Engoli em seco. E pela primeira vez, senti as correntes invisíveis se apertarem. — Entendido — sussurrei. Ele se afastou. — Boa garota — disse com um sorriso frio. Naquela noite, ele não me tocou. Mas me trancou em um quarto escuro, com um colchão no chão, sem janelas. As paredes nuas pareciam gritar. E mesmo no escuro, eu sabia: aquilo não era um quarto. Era uma jaula. E eu era a nova propriedade do Dono da Maré.

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