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Moon Dance (Caminho Do Sangue Livro Um) - Saga Caminho Do Sangue Livro 13

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intro-logo
Blurb

A vida de Envy era ótima. Tinha um ótimo irmão, um ótimo namorado, e o melhor trabalho que uma garota poderia ter... atender no bar das boates mais populares da cidade. Pelo menos era ótimo até ela receber um telefonema de uma de suas melhores amigas sobre seu namorado estar dançando na pista da Moon Dance. Sua decisão de confrontá-lo desencadeia uma série de eventos que a apresentarão a um perigoso mundo paranormal escondido sob a monotonia cotidiana. Um mundo onde as pessoas podem se transformar em jaguares, os vampiros da vida real percorrem as ruas e anjos caídos caminham entre nós. Devon é um jaguar-homem, um pouco grosseiro e um dos proprietários da boate Moon Dance. Seu mundo é abalado quando ele vê uma mulher sedutora de cabelos ruivos dançando em sua boate, armada com um coração cínico e uma arma de choque. Com uma guerra de vampiros em volta deles, Devon promete fazer com que essa mulher seja sua ... e vai enfrentar o que for preciso para tê-la.

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Prólogo
PrólogoA Floresta Nacional de Angeles abriga perigosos pumas e jaguares que vagam pela vasta floresta. Às vezes, em noites claras, a quantidade aumenta por um curto período enquanto os animais-homem de Los Angeles, ou metamórficos como são conhecidos no folclore, percorrem a terra indomada entre seus parentes distantes. São aquelas noites em que os animais reais se recolhem em suas tocas enquanto os predadores da cidade invadem seu território por tempo suficiente para caçar ou, em raras ocasiões, resolver lutas que não podem ser resolvidas em território humano. Não há nada mais c***l do que quando esses metamórficos lutam e, se um deles for ferido, eles se tornam tão perigosos para os humanos quanto seus animais homólogos. Para proteger os humanos com quem vivem, suas disputas, quando possível, são feitas fora do alcance deles e o melhor lugar é nas profundezas de suas terras nativas de caça. Esta noite, a floresta ficou assustadoramente silenciosa quando os dois proprietários da maior boate da cidade entraram na terra indomável, tirando as roupas para deixar sua fera interior correr livre. Esta noite, eles estavam caçando o túmulo de um vampiro que poderia destruir os dois. Nas profundezas da floresta, onde nenhum humano podia ouvi-los, Malachi, o líder do um pequeno grupo de jaguares, correu pela escuridão da noite em direção a seu inimigo… um homem em quem ele nunca deveria ter confiado a segurança de seu melhor amigo. Seu alvo era outro metamórfico, esse com o sangue de puma correndo em suas veias, Nathaniel Wilder… seu sócio pelos últimos 30 anos. Malachi adentrou na clareira para encontrar Nathaniel parado, na forma humana, esperando-o. Dando alguns passos para frente, parecia andar mudando de uma forma para a outra, Malachi voltou para sua forma humana. Os dois eram letais, não importava em qual forma estivessem. Como humanos, ambos eram atléticos, com músculos bem delineados debaixo de uma pele macia. Metamórficos demoram mais para envelhecer e os dois homens pareciam que m*l tinham passado dos 30 anos, apesar de ambos já terem mais de 50. Se fosse um filme de Hollywood, teria demorado vários minutos para uma mudança grosseira, mas esta era a vida real e não havia monstros nojentos na clareira. A nudez não era nada para um metamórfico e a lua iluminava como um holofote através de um espaço entre nuvens carregadas acima deles. “Não precisava chegar a este ponto”, disse Nathaniel, mantendo sua posição enquanto tentava convencer seu amigo. “Me escuta! Isso aconteceu há 30 anos e as coisas mudaram… eu mudei.” “Trinta anos de mentiras!” Malachi esbravejou, com sua voz ecoando na clareira. Seu olhar foi para o local em que ele enterrara Kane e ele sentiu uma pequena umidade em seus olhos. “Por sua causa, eu mandei ele pra debaixo da terra… por sua causa, eu abandonei ele por trinta anos!” “Eu não posso permitir que você o desenterre, Malachi! Você sabe o que vai acontecer se você fizer isso”, Nathaniel assistia nervosamente enquanto Malachi observava ansiosamente a cova do homem que um dia fora seu melhor amigo. Ele nunca tinha entendido. Kane era um vampiro e perigoso. Kane também era uma das duas coisas que impediam a formação da parceria entre jaguares e pumas… Kane e a bela, traiçoeira e infiel esposa de Malachi, Carlotta. Nathaniel a amou primeiro. Ele não pretendia que as coisas acontecessem da foram que aconteceram. No final, Nathaniel resolveu o problema por conta de um ataque de ciúmes… matando dois coelhos de uma só vez. “Ele era o meu melhor amigo e nunca me trairia! Foi você quem me apunhalou pelas costas!” Malachi voltou a lacrimejar de raiva ao tocar o brinco que ele estava usando; o brinco de Kane. O que ele fez? Quando ele encontrou Kane curvado sobre sua esposa morta, ele parou confuso, até que Nathaniel confirmou que Kane seria o assassino. Ela morreu ali mesmo naquele descampado, então ele achou que nada seria mais apropriado do que mandar Kane para debaixo daquela terra… aquele solo. Ele inclusive roubou o livro de magias de Kane e o usou contra ele por vingança. Sim, Nathaniel estava certo em uma coisa. A maioria dos vampiros são maus, mas existem algumas poucas exceções e Kane era uma delas. Mas nada era mais perverso do que aquilo que ele tinha feito. A magia só podia ser revertida pela alma gêmea de Kane. Malachi achou que era engraçado, naquela época, o fato de Kane não envelhecer e ainda assim nunca ter encontrado uma alma gêmea. No passado, Kane e ele frequentemente brincavam que essa mulher nunca nasceria. Sua mente recordou do sorriso de Kane ao falar “Deus nunca teria senso de humor suficiente para algum dia criar uma mulher que aguentaria as minhas insanidades.” “Ele está lá embaixo há muito tempo”, avisou Nathaniel. “Com o tamanho da sede por sangue e da insanidade percorrendo por ele… se você libertar Kane agora, ele simplesmente nos mataria.” Malachi levantou a cabeça rapidamente e encarou Nathaniel. “Ele só precisará me matar porque você já estará morto.” Coma a ameaça lançada, os dois homens se transformaram novamente em suas formas animais. ***** Na beira do acampamento mais próximo da imensa reserva de caça, Tabatha King, ou Tabby como todos a chamavam, se sentou nos degraus do enorme trailer de seus pais, olhando para as estrelas que saíam das nuvens densas. Ela soprou a franja de seus olhos, feliz por finalmente ter parado de chover. Essa era a primeira vez que ela saía para acampar e a última coisa que ela queria fazer era ficar de molho dentro do carro. Ela estava tão animada por causa dessa viagem e ainda mais feliz quando os pais concordaram em trazer o cachorrinho da família, Scrappy. Foi necessário muita insistência, mas após prometer cuidar de seu melhor amiguinho, um filhote de York, ela finalmente conseguiu convencer seus relutantes pais. Scrappy estava latindo para a escuridão, agitado na coleira, querendo correr atrás das sombras que chamaram sua atenção. A menina se desesperou quando Scrappy repentinamente se soltou da coleira e fugiu. Ela se levantou no degrau de aço quando o filhote passou por um pequeno buraco na parte debaixo de uma cerca que separava o acampamento da reserva de caça. “Scrappy, não!” Tabby gritou e correu atrás do cachorro. Seus pais confiaram nela para não o perder. Parando na cerca, ela suspirou enquanto olhava a escuridão das árvores. “Eu não sou covarde.” Ela mordeu o lábio como sinal de determinação antes de se ajoelhar para analisar o buraco na cerca. Após alguns arranhões, ela conseguiu se espremer pelo mesmo buraco na cerca e correu pela floresta seguindo o barulho distante de latido. “Você vai me trazer problemas”, ela sussurrou duramente, então começou a clicar sua língua, sabendo que o filhote normalmente vinha ao ouvir esse som. “Tabby, cadê você?” Atrás dela, Tabatha ouviu sua mãe chamando, mas ela estava mais interessada em trazer o seu cachorrinho de volta para o acampamento. Scrappy era o seu cachorro e ela tinha que cuidar dele. Então, em vez de chamar pela mãe ou pelo cachorro, ela ficou quieta e seguiu o barulho do latido fino e alto de Scrappy. Não demorou muito para Tabatha ter que parar por um minuto e recobrar o fôlego. Ela se inclinou numa árvore e colocou suas mãos sobre os joelhos sujos, respirando e ouvindo os sons da floresta. Ela sempre quis ficar parada no meio da floresta e apenas escutar, como os índios faziam nos filmes da televisão. As nuvens de chuva, que se dispersaram por um tempinho, voltaram e a claridade da luz da lua de repente desapareceu. Seus olhos se arregalaram quando percebeu que ela não conseguia mais ver as luzes do acampamento. Tentando dar um passo à frente, ela olhou em volta, mas tudo que via era escuridão, vultos de troncos de árvores e sombras ainda mais escuras. Ela choramingou quando algo rosnou na distância atrás dela. Sabendo que não gostaria de estar ali, ela saiu correndo sem olhar para trás. Depois do que parecia uma eternidade, ela escutou Scrappy latindo novamente e seguiu naquela direção, torcendo para que aquilo que tinha rosnado não a estivesse perseguindo. Ela ouviu outro rosnado, mas desta vez estava vindo de algum lugar a sua frente. Cravando seus tornozelos no chão, ela tentou deslizar até parar, mas o solo estava coberto de folhas molhadas e sujeira da chuva. Em vez de parar, ela deslizou mais adiante de lado antes de cair em um declive. Ela perdeu a respiração quando seu corpo atingiu uma árvore caída, parando sua escorregada. A primeira coisa que ela percebeu após recuperar o fôlego foi que Scrappy não estava mais latindo. Ela ouviu o grunhido novamente e começou a subir de volta a colina quando ouviu um leve gemido. Levantando-se de joelhos, ela espiou por cima do tronco da árvore e viu uma pequena clareira onde a luz da lua iluminava. Lá no meio estava Scrappy, chorando como se tivesse apanhado do cachorro da vinhança onde moravam. O filhote estava abaixado e rastejando para trás. Os olhos azuis da menina se arregalaram quando ela percebeu o motivo. Dois animais estavam na clareira vagarosamente se movendo um em direção ao outro e Scrappy estava bem no meio. “Palerma”, Tabby chiou. Ela reconheceu os animais de fotos que seu pai mostrara antes de saírem para a viagem. Um era um puma e o outro ela reconheceu da televisão… um jaguar. Ela adorava assistir a programas de animais e não era medrosa como sua mãe quando os animais na TV tentavam atacar um ao outro. Mas isso era diferente… era real e um pouco assustador. Eram felinos que podiam devorar você, grandes também. Os belos animais circulavam um ao outro, rosnando profundamente em suas gargantas e seus olhos brilhavam como medalhões dourados. O som mortal foi levado pela brisa, soprando na direção de Tabatha enquanto ela continuava a assisti-los com um certo temor. “Vamos lá, Scrappy”, ela sussurrou, torcendo para que os enormes felinos não a escutassem. “Venha pra cá antes que um deles pise em você.” Ela ia falar ‘devore você’, mas ela não queria assustar o pobre filhote ainda mais do que ele já estava. Os felinos repentinamente gritaram, fazendo com que Tabatha cobrisse seus ouvidos com a mão por causa do barulho alto e assustador. Eles correram o mais rápido que conseguiam através da clareira, fazendo com que Scrappy colocasse o r**o entre as patas e guinchasse de medo. Vendo seu cachorro traumatizado, Tabatha rolou sobre a árvore e correu na direção de Scrappy o mais rápido que ela conseguia. Ela estava mais perto de Scrappy do que os felinos e mergulhou, rapidamente cobrindo o corpo pequeno do cachorro com o seu enquanto os dois animais saltaram e colidiram no ar logo acima dela. “Por favor, não machuquem o meu cachorro!” ela gritou. Ela gritou novamente quando as garras afiadas rasparam seu braço e uma outra passou por suas costas. Os felinos caíram no chão logo atrás dela com uma forte batida dos ossos, rosnando e gritando um ao outro. Ela permaneceu cobrindo Scrappy, que ainda estava tremendo e guinchando baixinho, sem se atrever a olhar para os animais lutando apenas a alguns metros atrás dela. Tabatha estava com medo de se mover e segurou o cachorro o mais apertado possível. Seus olhos estavam fechados e ela começou a sussurrar para Scrappy correr e pedir ajuda, se um dos felinos pegasse ela também. Algo molhado e morno foi jorrado em suas costas, mas ela ainda assim não se moveu. Finalmente, a luta parou e ela arriscou uma olhada sobre seu ombro. Ela começou a tremer e a chorar quando viu dois homens deitados atrás dela todo ensanguentados. Tabatha vagarosamente se ajoelhou com Scrappy em seus braços e começou a se afastar. Onde o puma e o jaguar foram parar? Os animais atacaram os homens e fugiram? Por que os homens não estavam vestidos? Nathaniel abriu os olhos repentinamente e mostrou dentes bem afiados para ela. Tabatha tropeçou para trás e quase caiu, mas recuperou o passo. Scrappy guinchou novamente quando o rosnado do homem se pareceu com o do puma e se balançou para sair dos braços de Tabby. Ele correu floresta adentro, latindo de medo. Malachi se contorcia, enquanto sangue jorrava de seu peito. Ele abriu sua boca e resmungou uma só palavra para a menina. “Corra!” sua voz desapareceu com o grito do jaguar que usava um brinco na orelha. Tabatha não pensou duas vezes e obedeceu. Ela se levantou e correu da clareira sem olhar para trás. Ela não se importava para onde estava indo, apenas queria se afastar do homem assustador coberto de sangue. ***** “Obrigado e este é o noticiário local. Esta noite, uma família local tem motivos para comemorar. Sua filha, Tabatha, finalmente foi encontrada vagando sem rumo dentro da Floresta Nacional de Angeles depois de desaparecer por três dias de um acampamento perto do Lago Crystal para procurar o cachorro da família. O cachorro teria se soltado da coleira e corrido para a floresta. A menina de sete anos corajosamente correu atrás do cachorro e não foi encontrada até a manhã de hoje. Infelizmente, o cachorro não foi encontrado com ela. De acordo com autoridades, ela está no Hospital Comunitário se recuperando do choque, ao que parece ela sobreviveu ao ataque de um puma. A pequena Tabatha falou para guardas florestais sobre dois homens feridos na floresta, mas, após uma busca minuciosa na região de treze mil quilômetros quadrados1, nada foi encontrado. Mais informações serão atualizadas no decorrer da programação.”

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