Capítulo 2

4583 Words
Ju- Ele te ajudou? - perguntou boquiaberta. Bruna- Também não entendi merda nenhuma. Acho que é um joguinho dele, pra que ele iria me ajudar? - neguei sem entender. Ju- Acho que ele viu que tava todo cavalo pro seu lado. Cobra é difícil de lidar.. não dá pra explicar véi. Bruna- Não sei como aturam ele, cara bipolar do c*****o! - meu celular vibrou. - É o Moranguinho, o Coringa achou as minas. Meu coração acelerou. Ju- Bora lá agora! Tu tem que ver essas desgraçadas!  - pulou do sofá me puxando também. Bruna- Quero ir não, tô fora. Por mim o que o Coringa decidir tá ótimo.. - dei de ombros. Ju- Tu não vai, eu vou. Quero decorar os rostos das vagabundas, rir na cara das duas! Saiu como um furacão indo se arrumar. Bateu uma fome monstra, barriga não parando de roncar. O jeito foi esquecer um pouco a preguiça, vazar do sofá e ir fazer um pão com queijo e presunto. Misto quente. Tava pegando o presunto quando Cobra entrou em casa, será que aqui é hotel? Cobra- Cade Ju? Bruna- Saiu. Peguei o resto de suco na geladeira, ketchup. Comecei a montar meu misto quente, bem concentrada, aqui na minha. Senti ele se aproximar de mim. Cobra- Não falou quando volta? Bruna- Não, foi ver quem era as minas de ontem. Não tava afim de ver.. - expliquei pegando o prato. Coloquei no microondas. Virei pra pegar o ketchup, mas, dei de cara com Cobra. Ele pegou o ketchup na mão.. Entendi a mão. Bruna- Dá logo!  - pedi sem paciência. Ele com a mão livre me puxou pra si. Colando nossas bocas, gemi, empurrando ele. O mesmo insistiu, ganhando meu desejo, acabei aceitando o beijo. Sua mão na minha nuca juntando nossas cabeças e a outra na minha b***a apertando com vontade. Ofeguei entre o beijo. Cobra me pressionou contra a parede da cozinha. Sua boca não é boa apenas pra falar merda, pra beijar também. Ouvimos passos, ele rapidamente se afastou de mim. Diegão- Perdi alguma coisa? Silêncio no barraco.. Bruna- Eu não falo com quem eu não gosto. - retruquei sorrindo para o meu pai.  Cobra- Pra criança a gente dá Mucilon, quais as novas? - provocou me ignorando. Ainda quebro ele! Diegão- Tava ocupado, Colucci deu uma ajuda. Pisquei confusa. Gabriela- Óia quem voltou! Minha irmã surgiu na porta, com um largo sorriso maroto. Bruna- Gabriela! Ela entrou, cabelos rosa, curto. Ela me abraçou rápido. Gabriela- Mana, saudades. Cobra- Ah não, tava tão bom. - implicou com ela. Gabriela- Cê não toma jeito né filho da mãe? - bateu nele. Diegão- Agora minha família tá completa pô! Sorri com isso. Mas, senti uma coisa estranha também.. Como se fosse um pressentimento. Ju- Que bom te ver p*****a, tava fazendo falta. - abraçou ela na porta do nosso quarto. Gabriela- Te falei que ia sair, pior do que antes. Pouco que passei lá, levei como aprendizado.. mas Bruna que papo é esse que tu apanhou? - deu risada. Bruna- As minas desse morro tão com ciúmes de mim. Da pra acreditar? Não fiz merda nenhuma! Ju- Coringa cuidou das minas, cabelo no chão, sem nenhum fio véi. Até me arrepio.. Gabriela riu. Gabriela- Fosse eu pegava as duas, não deixava barato! Comigo é na porrada! Oxi.. vem de tiração pra ver. Ju- Bruna tá vendo como é a realidade aqui na favela. Bruna- E teu namorado? Não acha que a gente tem que saber quem é? - toquei no assunto. Ju- Concordo, quero saber já! Minha irmã riu debochada. Gabriela- Só porque tão curiosas, vou enrolar mais pra dizer. Bruna- Gabriela! Véi.. por culpa dele cê foi presa! Gabriela- Ele não tava comigo. Fui atrás da p*****a porque ela pegou o que é meu! Ele sabe que sou ciumenta, dou porrada mesmo. - respondeu toda de nariz empinado. Ju- Tu só fica mais encrenqueira! Gabriela- Eu não mudo Ju, agora quero sua comida! Tô morrendo de saudades.. Horas depois... Gabriela mandou comprar um monte de coisa, folgada! Nem pra ela vir junto.. O que não dá pra esquecer, é aquela Cobra me beijando. Seja lá o que for, gostei, ele sabe beijar, infelizmente.. Devia não saber, pra não ter retribuído. Moranguinho- Como tá a irmã caçula da Gabriela? - apareceu do nada com a mão no meu ombro. Bruna- Já chegou e me colocou pra comprar coisa pra ela! Tá vendo essa ousadia? Ele riu. Moranguinho - Ué, essa é a Gabriela! Cê tá meio estranha pra quem reencontrou a irmã. - comentou olhando bem meu rosto. Bruna- Sei lá, pressentimento r**m sabe? Moranguinho- Vish, isso é r**m pra p***a! A gente se vê parça, fui. Ele sumiu pelas ruas para fazer seus corres. Estava com um monte de sacola, voltando pra casa. Quando parei no beco pra ver meu celular, dei uma olhada no ** de uns amigos de sampa. Uma mensagem da minha tia, pedindo dinheiro. Mereço isso.. Cobra- Impacou aí? - provocou esbarrando em mim por trás. Bruna- Não pode parar pra olhar o celular? - perguntei com uma sobrancelha levantada. Cobra- Tu não fica de boca fechada ein véi? Se é louco! Bruna- Tampa os ouvidos, fácil. - dei o conselho. Guardei o celular e o mesmo parou no meu caminho. Bruna- Sai.. Cobra- Não quero. - provocou próximo demais. Bruna- Minha boca não é a boca desse morro. Ele riu. Essa voz rouca.. Cobra- Tu beijou meu parça, agora eu e vem dar moral? - implicou comigo. Bruna- Cala a sua boca.. - ameacei já me perdendo naquele olhar profundo. Quando percebi, já estávamos nos beijando de novo. O infeliz me prensou contra a parede, não se importando com as minhas costas. Apalpou minha b***a no shortinho. Sua mão forte dando aquela pegada na minha cintura. Deixei sua língua entrar na minha boca, ficando mais gostoso. Cobra- Tua sorte morena que tu é gostosa pra c****e. Por isso dá pra aturar.. - soltou ofegante. Bruna- Mais tu não vai ver nem a cor da minha calcinha. Cobra- Não provoca.. te levo pra um barraco. Só pra passar essa p***a de vontade de te pegar.. Bruna- E aí tudo volta ao normal? Cobra- É o que eu pretendo. - sorriu maroto. Ele pegou na minha mão. Indo pra uma rua meio deserta, com barracos quase abandonados. Ele entrou em um, fechando a porta logo depois com tudo. Deixei as sacolas no sofá. Quando senti ele atrás de mim, com a boca no meu pescoço, subindo pra orelha. Me virei e o mesmo já tava sem camisa. Minha blusa foi arrancada por ele, logo as roupas estavam no chão do barraco. Em pé ali contra a parede, Cobra beijou meus s***s, passando a língua em cada um dos b***s. Gemi mordendo o lábio. Ele abocanhou um, enquanto apertava o outro com força. Um dedo acariciou minha b****a, entrando devagar.. Bruna- p***a. Cobra- Molhadinha.. - sua voz tão rouca. - Não sei se coloco a boca na sua b****a ou meu c****e. Filho da mãe.. Bruna- Não posso demorar.. - consegui falar quase arfando. Ele pegou uma camisinha da calça, colocando no p*u duro. Virei de costas empinando pra ele, Cobra não mandou me preparar, já colocou com tudo. Gemi alto. Cobra- Gostoso.. demais. Aumentou o ritmo, puxando meu cabelo. Enquanto uso minhas mãos pra não cair, um calor tão grande pelo meu corpo.. Ele entrando e saindo.. sem parar. Rebolo contra seu p*u ganhando uns tapas na b***a, palavras sujas no meu ouvido. Me vesti rapidamente, prendendo o cabelo bagunçado. A transa foi muito gostosa, mas foi isso apenas. Cobra- Vai sozinha? Bruna- Pode deixar. Peguei minhas coisas e sai dali com ele, separando em uma rua logo depois. Matei minha vontade, chega, ele não é pra mim. Entrei em casa e Gabriela desfilava com o meu vestido preto. Gabriela- Peguei pra mim, ficou muito melhor! Bruna- Na próxima vez pede né? Vou pegar alguma coisa nas suas coisas.. Gabriela- Sou maior do que tu. - riu da minha cara. - Demorou, tava preocupada. Bruna - Nem quinze minutos. - neguei rindo. Gabriela- Tu vai no churrasco na casa do Franguinho? Ele é olheiro lá de cima, amigo do pai, dos meninos. Bruna- Não sei, nem sabia. Gabriela- Imagino, tu não tem minha popularidade. - piscou divertida. - Cobra vai tá lá, irritante.. Coringa também. Os dois são os que mais tem cara de mal.. fica tranquila eles não vão pra cima de ti! Cê não é do jeito que eles querem. Bruna- Vou guardar minhas coisas. Deixei ela vendo as dela. Gabriela me chamou de feia mesmo? As vezes ela quer a atenção só pra ela e f**a-se o resto. Desde criança. Olha que nascemos no mesmo dia, mas a diferença é enorme de uma pra outra. Entrei no quarto, Ju tava em dúvida se vai ou não. Ju- Cê demorou, vai? Bruna- Sei lá, se você for. - dei de ombros. Ju- Melhor do que ficar aqui né? Bruna- Vou tomar banho. Só não sei se vou com um vestido vermelho.. é curto como o que a Gabriela pegou. Não precisa de sutiã.. Ju- Vai boba! Vai ficar super gata.. Peguei ele levando para o banheiro, antes de ligar o chuveiro. Uma mensagem. XX " Tua irmã não presta, cuidado." Não tem foto, nada. Eu fiquei vendo e bloqueei logo depois. Totalmente perdida. A casa é dois andares, a laje é ótima pra churrasco. O tal Franguinho veio falar comigo.. Franguinho- Satisfação, bem vinda a nossa favela. Bruna- Valeu, prazer em conhecer. Diegão- Só faço fia bonita! Tá vendo? Gabriela- Paizão, nada metido? - brincou rindo. - Franguinho olha quem tá aqui. Franguinho- Sabia que tu ia voltar logo Gabriela, saudades, três meses lá. Três meses? Caramba.. Ju- Bora entrar? Tô com fome! Franguinho- Bora, só pegar tá tudo fácil lá em cima. Ju e eu fomos juntas, Gabriela ficou enrolando lá em baixo com Franguinho e meu pai. Tinha umas minas aqui, mas, essas parecem ser comportadas. Moranguinho fez o barulho. Cobra- Quem trouxe essa menor? - implicando comigo. Ju- Cês não sabem a hora de parar né? Moranguinho- Bruna vai matar tu! Bruna- Melhor é ignorar, pra criança a gente dá Mucilon não é? - usei a frase ele contra o mesmo. Cobra- Tá tirando?  - me encarou de cima a baixo. Desviei o olhar. Porra de lembranças.. já foi. Eu queria, ele também, só. Gabriela- Tô linda né? - comentou aparecendo na laje. - Minas, e aí? Ei galera, tô na área. As minas falaram com ela, os caras também. Realmente, ela conhece todo mundo aqui, cada buraco. Se aproximou colada no Cobra. Gabriela- E aí? Tô aprovada? Ele passou a mão na b***a dela. Cobra- Tá sem calcinha? Gabriela- Minúscula. - disse sorrindo. Coringa- Maluca, tava demorando pra aparecer né? Ela soltou Cobra indo abraçar Coringa falando algo no ouvido dele. Ela puxou Cobra deixando um braço nele e o outro no Coringa. Gabriela- Tenho ciúmes dos dois, um mais gostoso que o outro! Coringa- Fazer o que? - sorriu metido. - E aí Morena? Nem fala comigo, não te vi. Falou com os olhos somente em mim. Bruna- E aí Coringa? Suave? Gabriela- Ué, já tão conhecidos? - perguntou com um sorrisinho maroto. Ju- Claro, apresentei ele. Moranguinho- Cobra tava falando que a paz acabou. - provocou Gabriela aos risos. Ela se separou dos dois encarando ele. Cobra- Não sei quem irrita mais, tu ou sua irmã. Apertei os olhos pra ele. Gabriela- Cafajeste não muda né? Faço essa pergunta para tu e o coringa. Xx- Gabe! Cola aqui.. - chamaram ela. A mesma saiu indo ficar com as amigas, sei lá o que são dela. Moranguinho fez uma batida de morango, nunca tinha tomado. Ju e ele me fizeram tomar dois copos, já, tô bem alegre.. Ju- Tava tensa pra c*****o! Agora sim. - disse perto do meu ouvido. - Vou no banheiro, espera aqui? Bruna- Pode deixar! Ela saiu e eu fiquei ali na cozinha, terminando meu copo. Cobra- Sozinha? - perguntou surgindo na cozinha. Bruna- Não, tô com o copo, não tá vendo? - levantei e mostrei pra ele. Cobra- Bocuda do cacete.. Sorri. Bruna- Adoro te irritar! Ele se aproximou, olhando demais pra mim. Cobra- Não mais que eu. Mas,  f**a é te pegar pelada, correspondendo sem retrucar.  - provocou sorrindo malicioso. Bruna- Sexo é uma coisa, rebater você é outra. - sorri de lado. Celular dele atrapalhou a provocação. Ele saiu falando com não sei quem, e logo Coringa chegou junto. Coringa- Seu pai te fez no capricho ein? Bruna- Sei lá.. Coringa- Fez, pra deixar um homem louco só quando tu olha morena.   - se aproximou pegando na minha cintura. Bruna- Quero arrumar briga com suas gatas. Coringa- Quem te tocar eu arranco o dedo, passei o recado hoje. - declarou pegando no meu queixo. Ju- Coringa, tão te chamando.. Ele beijou o canto da minha boca e vazou. Ju- Se eu não chego.. Bruna- Sei de nada. - sorri com as mãos em rendição. Nove horas Ju e eu já tamo na rua, meu pai queria ir com a gente, mas chegou uma mulher. E ele saiu com ela pra um lugarzinho. Faço nem questão de saber onde.. Ju- Vamo embora, Gabriela não vai vir agora. Não com Coringa e Cobra aí, os três é um falando do outro, zoando o povo. Bruna- Então bora, quero casa. Ju- É duas, fia. Andamos falando do churrasco, não tinha como não falar da Gabriela. Ela sabe disfarçar bem quem é o namorado.. Ju- Não te falei que ela sabe passar a perna em todo mundo? Ela conhece o morro todo.. Bruna- Ela é uma atriz isso sim! Não vi nada dela.. falando do namorado com ninguém por perto. Nem ela demonstrando nada com ninguém! Ju- Pior que também não vi. Hoje ela nem vai pra casa, olhe lá que horas amanhã.. Bruna- Vish, mas o que eu percebi é que Coringa e Cobra... Ju- Tão sempre por perto dela. Só que eu senti umas olhadas tanto de um quando do outro pra cima de você.. - sorriu divertida. Bruna- To fora. Ju- Os dois sempre olham uma mina, eu já peguei o Cobra há um ano. O Coringa, não confio muito sabe? Bruna- Percebi, eu curto ele mais do que o Cobra. Ju- Será mesmo que cê não tá escondendo nada não? Bruna- Não, tô não. Gabriela- Véi que dor de cabeça!  reclamou assim que acordamos. Meio dia em ponto. Bruna- Foi boa a festa? Nem te vi chegar. Gabriela- Meu namorado veio me deixar aqui, briguei com ele. Tem gente de olho nele, se eu pegar ele já sabe.. - bocejou de olhos fechados. Ju- p***a, pilantra! Só porque tava todo mundo apagado.. seu pai sabe desse bagulho? Gabriela- Não, ele não sabe. Já sou de maior, e não é desconhecido, papai vai amar. Bruna- Ele não gosta é de mentira. Não sei como não soltaram pra ele.. Ela riu. Gabriela- Mana, eu pedi que não falassem. Aqui sou alguém, cresci aqui e tu não! Pegou a diferença? Ju- Calma p*****a. Bruna- Exatamente, não sei como funciona bem as coisas aqui. E tu que já sabe, fica enrolando.. - sorri forçada. Levantei da cama pra tomar meu banho. Ju- Bruna já viu a piscina aqui da laje? Bora tomar um banho? Gabriela tu vai? Gabriela- Daqui a pouco.. - respondeu na maior preguiça. Bruna- Bora então, casa com piscina essa eu não tinha lá em sampa. Ju- Pra pegar marquinha é rapidinho, tu vai ver como fica f**a. Ju sabe me tratar melhor que Gabriela. É algo que deveria ser ao contrário, mas não vamos cobrar.. Gabriela é assim, eu sou de outro jeito. A piscina não é enorme, mas é ótima pra gente ficar ali a vontade. Ju apareceu já de biquíni, fiquei meio receosa... Ju- Que foi? Bruna- Que vergonha mano.. Ela riu. Ju- Cê tá na sua casa fia! Vai.. Tirei logo, ouvi assobios. Acho que fiquei da cor de um tomate. Ju- Se acostuma, anda logo Bruna! Quer que eu chame os meninos? Moranguinho ia tirar uma com tu! Bruna- Credo, que malvada! Tá bom.. Pulei na piscina, me juntando a ela. Sai um tempo depois pra ficar na cadeira ali. Ju- Cê tá muito gata!  Vai ficar como um camarão! Gargalhamos. Bruna- Credo.. Gabriela- Para véi! - ouvi minha irmã irritada com alguém. Cobra entrou na laje com o celular dela nas mãos. Pra tentar pegar a mesma tá toda por cima dele. Cobra- Apaga essa porra.. Gabriela- Que ódio! Apaga.. Ele tem a senha? Interessante.. Ele devolveu ganhando um tapa dela.. ele revidou dando um na b***a. Gabriela- Filho da mãe! Cobra- Pai também! - provocou rindo. Seus olhos encontraram os meus. Ju- Só vou fazer comida mais tarde! - avisou nadando que nem um pato. - Mereço uma folga.. Cobra- Eu espero, quero comer tô com fome! Por que essa aqui não tá na água? p*****a sabe nadar! Dei um tapa no braço dele. O mesmo puxou a cadeira, cai de b***a no chão. Bruna- SEU MALDITO! - gritei com as mãos na b***a. Ju- Mano, seu s*******o! Cara Gabriela pra se arrumar.. é um ano! - negou rindo. Olhei pra Cobra, ele pegou na minha mão. Bruna- Sai! Tu vai aprontar.. Cobra- Levanta logo p***a! Levantei meio desconfiada dele. Quando levantei ao encontro dele, o mesmo aproveitou pra falar uma coisa no meu ouvido. Cobra- Tá me tentando, isso não é bom. Bruna- Que eu fiz? Cobra- Tá se tornando uma droga. Soltei da mão dele, dando uma risadinha. Bruna- Ainda te odeio. Cobra- Acho que por isso é tão gostoso, quando a gente se odeia a coisa é mais intensa. - rebateu passando a língua nos lábios. Me afastei dele sentindo um arrepio, pelas palavras dessa voz rouca. Ju pegou esse momento, ela fez sinal se ia rolar. Neguei na hora. Aqui não. Sei lá o que tá pegando entre nós dois. Na hora do almoço, tem uma fila de gente pra colocar a comida. Gabriela reclamando da bebedeira de ontem que ela deve ter passado dos limites. Diegão- Quer café filha? Tem aí, cura rapidinho. Gabriela- Eca, não gosto de café. Já tomei remédio.. mas o efeito tá demorando. Cobra - Quem mandou encher a cara? Bebe de novo! - mandou rindo dela. Gabriela- Filho da mãe! Só não te bato, porque não tô com vontade de levantar pra fazer isso. Ju- Cê tem que dormir, vai acordar melhor. Gabriela- Vou fazer isso.. mana tá gostando da casa cheia? - perguntou ganhando minha atenção. Bruna- Sim, gosto da casa cheia. Gabriela- Fiquei sabendo que tu chegou fazendo briga com Cobra. - riu divertida. - Qual foi o motivo? Encarei ele que sorriu de canto. Bruna- Ele esbarrou em mim, o suco que tava segurando foi todo na minha blusa branca! Diegão- Por isso ela chegou toda braba. - riu alto. Cobra- Tava distraído, tava pedindo por aquilo pô. Ri debochada. Bruna- Tava pedindo? - perguntei levantando uma sombrancelha. - Cê que chegou do nada! Não suporto ele.. Ju riu. Ju- Os dois não se bicam. Gabriela- Ah é? Tá vendo pai? Falei que não era só eu que não me dou com o Cobra. - disse dando um sorrisinho maroto. Cobra- Tu se liga, quem manda nessa p***a sou eu! Gabriela- Coringa também, minha irmã como não é burra já fez amizade com ele. Bruna- Prefiro ele. Cobra olhou pra mim e depois pra Gabriela. Senti o clima pesar. Diegão- Coringa quer saber de pegar e jogar fora. Cobra- Esse é o lema. Revirei os olhos. Eu que não tô pedindo por mais. Bruna- Pra mim isso se encaixa. Gabriela- Não tá de olho em ninguém? São tudo filho da p**a, mas a carinha não dá pra resistir. - sorriu maliciosamente. Diegão- As duas com macho só com minha permissão. Jogou essa bomba e saiu. Ju- Ciúmes de pai.. fofinho. Cobra- Vou indo, pra mim já deu. Saiu sem falar com ninguém. Deixando o prato ali, o copo. Pilantra! 1 MÊS DEPOIS GABRIELA Filha de rei, princesa é. Estava passando uma chapinha no meu cabelo. Sou muito linda, mamãe passou açúcar em mim, é muita beleza pra uma pessoa só.. Todo mundo aqui paga p*u pra mim, minha própria irmã se duvidar. Claro, sou celebridade aqui, todo mundo me conhece. Amigas? Tenho várias, pra qualquer momento, chamo elas pra uma ajudinha. Meu celular vibrou, ele querendo saber o que tô fazendo.. Mandei mensagem do que vou fazer e ele não respondeu mais nada, fresco demais o filho da mãe! Vou ir na casa de uma das minhas amigas, mas tô de olho nele com certeza. Eu sei que tem gente de olho nele, gente próxima. BRUNA Ju- Cê vai sair? Trás um pote de sorvete, tpm do c*****o! - pediu com as mãos juntas. Bruna- Sorvete é vida, vou trazer pra nois. Ju- Não demora então, se não eu saio e pego um só pra mim! - ameaçou rindo. Bruna- Acho que encontrei uma viciada em sorvete como eu. Estava andando, Coringa me pagou um lanche ontem, ele chegou de "surpresa" na lanchonete. Duvido, ele deve ter recebido essa informação e foi lá trocar ideia. Ele me roubou um selinho. Respirei fundo. Sentindo um aperto no peito. Gabriela não sabe abrir a boca pra falar quem é o namorado dela. Isso cada dia me deixa tensa.. Eu não tenho coleira, posso ficar com quem eu quero. Não quero ficar sério com ninguém. Peguei meu celular vendo se estou com os cabelos bagunçados por conta do vento. Quando no reflexo do celular vi alguém atrás de mim. Meu coração acelerou pra caramba. Olhei pra trás, Cobra. Bruna- Que susto! Há semanas não trombo com ele pelo morro. Tomou um chá de sumiço. Cobra- Devendo? - perguntou me analisando bem. Bruna- Limpa, meu vício é sorvete só. Ele se aproximou mais. Cobra- Sorvete? Não tem outro tipo de vício não? Bruna- Sorvete é o melhor vício pra alguém ter. Cobra- Prefiro outros vícios. Bruna- Tu sumiu da Ju. Cobra- Carregamento de drogas, coisa demais pra minha cabeça. - suspirou profundamente. - Tava sentindo falta peituda? Bruna- Idiota.. Ele riu debochado. Quando reparei, ele já tá colado comigo. Sua mão na minha b***a juntando meu corpo ao dele.. Bruna- Sua mão não sai daí, parece que tem problema. Cobra- Automático, ela sabe que o lugar é esse. Mão treinada.. Bruna- Odeio gostar da sua boca suja. - confessei ganhando seu sorrisinho maroto. Cobra- Não é a única morena. Nós beijamos demoradamente, ele beijou novamente, algumas vezes. Me tentando.. a pedir mais. Bruna- Sai da frente. Cobra- Não. - respondeu alisando minha b***a. Passei a mão por seu braço. Ele me pegou desprevenida, dando um chupão no meu pescoço.. fechei os olhos sentindo sua boca maravilhosa ali. Ele desceu um pouco mais, dando outro. Bruna- Pilantra.. - reclamei ofegante. Ele riu subindo a boca até a minha orelha. Cobra- Tu fica bem com uma marca minha. - a rouquidão me arrepiou. Porra.. Corpo não reage. Bruna- Se acha não! A última coisa que eu sou é tua.. - provoquei olhando em seus olhos. Moranguinho- Óia só.. Bruna não sabia que tu gostava de cobras agora! Tu não tinha nojo? - provocou colocando mais fogo na fogueira. Me afastei do Cobra. Bruna- Ele que veio aqui, não gosto de Cobra, cê devia mandar áudio pra mim avisando que ele tava por perto. Cobra- Mentirosa, tava na pegação aqui comigo! Tu acredita em quem Moranguinho? - perguntou com um sorriso largo. Olhei pro meu amigo. Ele olhou pra gente. Bruna- E aí? Moranguinho- Como é que vou confiar em ti? Teu pescoço tá com chupão pô! Cês tão se pegando mermo é? Ia desmentir.. Cobra- Tamo, boca fechada. Moranguinho- Pra não entrar mosca. Óia Cobra vale nada e tu Bruna, cheia de desejo do vapor aqui. Cruzei os braços. Bruna- Moranguinho, isso é pegação, nada de mais. Tá tirando? Cobra- Ele te pegou no flagra fia! Assume que tava gostoso, fica melhor. - aconselhou rindo da minha cara. Bruna- Filho da mãe! Moranguinho vem comigo, assim não tem perigo dele vir atrás. - puxei ele pela mão. Moranguinho- Paga sorvete pra mim que eu vou! Bruna- Do mais barato! JU Não sei nem mais o que cozinhar hoje. Quer saber? Vou pegar o pacote de salsicha, vão comer tudo cachorro quente, se quiserem! Quem quiser comer comida, tem no bar, qualquer lugar. Toda hora comida, enjoa.. Gabriela- Cade a Bruna? Não para mais em casa! Ju- Sorvete pra mim, mandei ela comprar. Tá com ciúmes da irmã? Gabriela.. Gabriela- Quer comparar a gente? Véi, quem vai olhar pra Bruna sendo que tem Gabriela, gata, linda, aqui! - se gabou jogando os cabelos de lado. Ju- Bruna não é feia. Gabriela- Pequena demais, os homens daqui gostam de coisas grandes. Não coloquei silicone a toa não! Ju- Bruna só tem o tamanho de pequeno. - ri divertida. Gabriela- Sou  mais eu, vou na casa de uma das meninas, volto bem tarde. Avisou já na porta. BRUNA Moranguinho- Ju de tpm? Isso é perigoso, ela pode colocar laxante na comida só de raiva! Gargalhei. Bruna- Só não cutucar a onça.. conselho não se joga fora! Bom depende.. - parei pra analisar. Coringa- Moranguinho, corre lá na cinco pra ti. - avisou ele. O mesmo saiu, me deixando sozinha com Coringa. Bruna- Sorvete? - ofereci o meu. Coringa - Quero outras coisas de tu. - declarou pegando em uma mecha do meu cabelo. Bruna- Melhor não, tuas minas tão por aí. Coringa- Ninguém encosta em tu. - afirmou alisando meu pulso. Ele caminhou comigo até um beco, colando nossas bocas em um beijo feroz. Com Coringa é gostoso, mas com o Cobra.. é o triplo. Me afastei ofegante. Bruna- Tenho que levar isso pra Ju, a gente se tromba? Coringa- Sempre, se não eu dou meu jeito Cachorro quente pra janta, amei a ideia da Ju. Só tá a gente, então tô no segundo, porque sou assim, um não enche. Ju- Bruna acho que é só nos hoje. Bruna- Bom que sobra bastante sorvete! Ju- Tu viu o Cobra? Bruna- Eu? Fiz a egípcia. Ju- Tem outra Bruna? Bruna- Aí! Credo.. não. Não vi ele! Ela riu. Ju- Ele te pegou de jeito, teu pescoço tá gritando de longe. Véi, pode soltar, tá rolando não é? Bruna- Uns beijos, a gente só foi pra cama uma vez. Não é pra tanto.. Ju- Se não é, porque tão ainda se pegando? - perguntou sorrindo convencida. Bruna- O que tu vai dizer Ju?  - perguntei parando de comer. - Foi bom, já era. Ju- Pra mim o negócio tá bem gostosinho entre cês dois. - neguei e ela riu. - Bruna, cê rolar uma segunda vez quero tu fazendo minha cama, lavando minhas roupas por uma semana! Bruna- Ok, tu vai perder e vai fazer tudo pra mim! A porta foi aberta por ele. Cobra entrou todo folgado como é da natureza dele. Ju- Noite, moço. Cobra- Vai abrir uma barraca?  - provocou olhando o que tem pra hoje. Ju- Se ferrar! Cobra- Vi a Gabriela na rua, falou que vai dormir na mina da rua dois. E hoje eu durmo por aqui. Acho que uma batatinha ficou entalada na minha garganta. Ju- A casa é tua n**o. - aceitou. Claro que aceitou.. Quer ganhar a aposta!
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