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Vermelho

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Blurb

" Ele é aquele desejo proibido, com beijos escondidos e fugas na madrugada."

Vermelho tá longe de ser apenas uma cor, é a cor da atração proibida de um vapor com uma mina de sampa.

"Você é um passo para o abismo."

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Capítulo 1
BRUNA Encarei as paisagens do ônibus que vai me levar ao RJ, nasci em sampa, mas as vezes somos puxados para outros lugares. Na sinceridade, minha vida aqui em São Paulo é cheia de espinhos. Vivia na casa da minha tia, todo dia era uma humilhação, era a gata borralheira lá. Lavar roupa, passar, comida, tomar conta da casa, trabalhar, comecei a trabalhar com quinze anos. Fazendo unha, cabelo pelo bairro, ainda tinha que pagar as contas de água e luz. Tudo sozinha. Deitei a cabeça na janela, fechando os olhos por um momento. Vou reencontrar meu pai e minha irmã lá no RJ.. Meu pai é da rua, minha mãe acho que do mundo. Os dois tiveram Gabriela minha irmã mais velha e eu. Minha mãe traiu meu pai com o melhor amigo dele, e desde aí a família não foi a mesma.. Minha irmã e eu nunca fomos iguais, a gente sempre brigou por tudo. As duas tem muitos pensamentos diferentes.. Peguei um táxi, mandei mensagem pra Gabriela e ela mandou apenas o nome do morro. " Morro Chapadão." Bruna- Moço, é morro Chapadão. Taxista- Morro? Tem certeza? - perguntou tenso. Bruna- Acho que é uma casa ou uma quitinete perto de lá. Taxista- Deus é fiel. - disse antes de dar a partida. Bom, não posso fazer nada. Esse é o endereço que ela mandou pra mim. Taxista- Noventa conto. Entreguei o cem reais com uma dó, recebi dez pra um lanche, tô morrendo de fome. Sai do carro com a minha mala, e a bolsa no ombro. Olhei para o morro, me perdendo no tamanho daquele lugar.. Bruna- Não é aqui com certeza. Virei as costas, indo até o outro lado da rua atrás de casas, vou tentar falar com alguém que conheça minha irmã. Xx- Ei, morena! Virei assustada. Um moreno, com boné pra trás, magrinho, mas alto fez sinal com a mão. Com uma tatuagem de uma serpente no braço, palhaço. Meu Deus.. Virei as costas, eu não conheço ele! Xx- Peituda! Da blusa branca.. Misericórdia. Bruna- Moço.. Xx- Seu pai e sua irmã moram aqui, sou o Moranguinho, entra logo! Vai ficar se fazendo de doida aí? O encarei confusa. Bruna- Cê conhece meu pai e minha irmã? Moranguinho- Sua irmã é tão conhecida. - deu uma risadinha. - Teu pai é meu parça. Teu nome? Bruna- Bruna, prazer. Moranguinho- Satisfação morena. Entrei ali, olhando o morro enorme a minha frente. Bruna- A casa é longe? Moranguinho- Cinco ruas, bora andar pra gente ir  papeando. Tem quantos anos? Bruna- Dezoito, e tu? Moranguinho- Vinte anos já. Fiz antes de ontem, seu pai me deu um tênis Adidas f**a. Meu pai? Bruna- Nossa, o trabalho dele tá dando dinheiro mesmo. Pra dar tênis caro pra ti.. Moranguinho- Depende do movimento, o trabalho rende. - piscou sorrindo. - Ele tem que abrir teus olhos, tá mais perdida que cego em tiroteio. Pisquei confusa. Olhei para a Tatuagem de uma serpente, ou cobra que tá no braço dele. Quis perguntar, o significado, mas fiquei quieta. A casa é bonitinha, roxa com uma laje ótima. Abri a porta com tudo, já doida pra ver meu pai, minha irmã.. Encontrei uma mina no sofá da casa, mexendo no celular. Ela olhou pra mim e depois olhou de volta para o celular. Bruna- E ai? Tu é conhecida do meu pai? Ju- Ju, prazer. Tu é a Bruna, a filha caçula do Diegão.. Bruna- Prazer Ju, cade meu pai? Ju- Pelo morro, ser vapor não é fácil não. Bruna- O que? Meu pai não tem um bar? Ju- Tinha, há muito tempo. Bruna- Isso só pode ser brincadeira.. cade a Gabriela? Esse.. celular é dela! Ju- Este é um dos celulares. Gabriela tá presa, ela arrumou encrenca com uma mina menor de idade e ferrou pro lado dela. Pra piorar.. tinha cigarro com ela. Bruna- Ke? Minha irmã não.. ela teria me avisado! Ju- Eu avisei, pelo celular dela. Seu coroa pediu pra avisar, Gabriela não mandou nada.. Claro, ela sempre não se importa comigo. Bruna- Ela pegou essa mina por que? Ela ficou doida? Ju- A mina tava ficando com o namorado dela. Namorado? Bruna- Quem é? Ele tá traindo minha irmã? Devia ajudar ela! - rosnei irritada. Ju- Tá aí uma coisa que não sei, ela não fala quem é. Bruna- Ele trabalha em algum mercado? Ela gargalhou. Ju- Mercado? O cara é vapor, mas aqui tem vários, saber qual é vai ser difícil. Eles não deduram os parcas, só para os superiores. Sentei na cadeira ali, completamente em choque. Ju- Tem almoço na geladeira, deixei o prato pronto. Seu pai me paga pra arrumar a casa, fazer a comida.. Bruna- Obrigada, tô com fome mesmo. Cê mora sozinha? Ju- Moro aqui mesmo. Pai me batia, fugi de casa, agora que tô de maior, faço minha própria vida. - comentou bem tranquila. Bruna- Fazer dezoito anos foi a melhor coisa pra mim, sofri muito em São Paulo também. Ju- Hum, isso é silicone? - apontou para os meus p****s. Bruna- Não, jamais ia ter dinheiro ou coragem pra isso. Odeio agulha, essas coisas. - neguei atordoada. - Minha mãe tem peito grande, sou mais parecida com ela. Ju- Gabriela colocou silicone, com o dinheiro do namorado. Bruna- Corajosa ela. Tem dois quartos na casa, meu pai tem um, e o outro é para três pessoas. Ju deve dormir aqui, Gabriela.. Minha irmã sempre foi doida, como ela se enrolou nisso tudo? Cair nas graças de um vapor, e ainda esconder quem é o cara! Meu pai certamente nem deve saber disso. Desci a cozinha vendo uma cena bem peculiar, meu pai deu um tapinha na b***a da Ju. Diegão- Minha princesinha! Se aproximou me dando um abraço apertado. Bruna- Pai, saudades. Diegão- Tava contando os dias pra tu chegar. Depender de mim tu não pisa em sampa, na família da vagabunda da sua mãe! Bruna- Não pretendo voltar pai, só esperei o tempo certo pra vazar de lá. E esse papo da Gabriela? Pai.. Moranguinho- Tem almoço? Tá roncando a barriga. - chegou na casa já indo se sentar na mesa. Diegão- Gabriela tava no lugar errado, na hora errada fia. A gente vai dar um jeito, ela tá bem, conseguiu um celular. Moranguinho- Tá aprendendo Bruna? Tem que ser malandra pra não levar ponta pé. - piscou divertido. Bruna- To absorvendo tudo Moranguinho. Aos poucos. O meu celular vibrou, fui para fora atender, um número desconhecido. Bruna- Alô? Gabriela- Chegou carioca? Bruna- Gabriela! Por que tu não falou nada mano? Ela deu risada. Gabriela- Não queria te perturbar chata. E como cê tá? Você tá gostosa, como a maninha aqui Bruna, decote. Bruna- Gosto de me arrumar. Agora que negócio é esse de namorado? Gabriela- Cê tu abrir a boca pro coroa, eu te pego garota! Tá ouvindo? Isso é coisa minha, ninguém é santo aí.. Meu sangue ferveu. Bruna- Não preciso ser ameaçada, isso é problema seu com ele! Gabriela- Ótimo, que bom que a nossa promessa de sempre estarmos uma ao lado da outra ainda tá de pé. Bruna- Quem é o cara, Gabriela? Ele é o culpado por tu estar aí. Ela riu. Gabriela- Não quero falar, a gente se vê. E ela desligou na minha cara. Guardei o celular, meu pai se aproximou de mim sorrindo. Com aquela tatuagem de cobra. Diegão- Falou com ela? Bruna- Falei sim. Pai, o que significa isso? - apontei a tatuagem. Diegão- Pra quem serve o comando vermelho, facção desse morro. Moranguinho- Mas, tem um cobra aqui que é perigoso. - falou aparecendo no quintal. Com o prato  na mão. Bruna- Que? Moranguinho- Uma pessoa, logo ele brota aqui. Quando o dia amanheceu, acordei cedo pra arrumar as coisas, tirar as roupas da mala. Tomei café, logo Ju apareceu ainda de pijamas. Ju- Madrugou? Acordo cedo só se Diegão pedir. Ainda é cedo pra mim, dez horas.. - olhou no celular. Bruna- Queria saber se tem tudo na geladeira? O que posso fazer nas tarefas? Ju- Não quero sua ajuda Bruna, meu ganha pão é a casa sabe? Tu pode ajudar com as compras. Bruna- De boas, vou no mercado agora. Onde fica? Ju- Tem dois, o lá de cima é melhor, grande. Bruna- Ok. Quando sai de casa, não achei que iria virar celebridade. O povo olhando, pra mim na cara de p*u, umas velhas olhando pra mim apontando o dedo. Pior que as fofoqueiras da rua de sampa. Comecei a andar, peguei meu celular.. fiquei com medo de roubarem. Olhei rápido, depois guardei, andar até o mercado. Isso nunca pareceu tão difícil pra mim. Se a Gabriela, uma chata conseguiu se adaptar ao morro, também consigo. Comprei um suco de laranja ali na rua mesmo. Enquanto andava, tomava um gole, algumas motos passavam rapidamente. Deixei o suco de lado, enquanto olhava algumas promoções no salão de beleza. Quando um cara passou quase me levando, fazendo o suco cair todo na minha blusa, ou melhor nos meus s***s. Bruna- Oh moço você não tem educação não? Olhei pra trás e o cara não parou, deu risada. Bruna- Covarde! Covarde! Ele parou e olhou pra mim. O sujeito tem uma cara de m*l encarado, com esses óculos não dá pra ver os olhos. Xx- Te vira. Bruna- Cê devia ter vergonha! Ele se aproximou um passo. Xx- Tá brava comigo? Problema teu! - rebateu e ainda olhou para os meus s***s. - Se quiser se secar, tira a blusa. Sorriu malvado. Canalha.. Virei as costas, andando com pressa, ele pode ser perigoso! Chegar em casa nunca foi tão bom, minhas pernas doendo, me perdi várias vezes. Bom, só tive que encontrar um senhor muito conversador pra me falar o caminho. Abri a porta, soprando o cabelo do meu rosto. Diegão- Como foi as compras? Já tô de saída. Ju- Nossa, derramou o que na sua blusa? Bruna- Um ordinário, esbarrou em mim de propósito! Riu da minha cara.. Xx- Que maldade. - essa voz. O desgraçado na minha casa! No sofá! Diegão- Bruna, Cobra, vapor de confiança, meu chefe. Engoli em seco. Ele se levantou, me olhando nos olhos. São azuis. Cobra- E aí morena? Bruna - Suave. - respondi segurando a raiva. Diegão- Tira os olhos da minha cria. Sou ciumento com as duas.. Ju- Cobra, tem uma lista enorme a cada dia que passa, as minas dura cinco minutos? Cobra- No máximo. Fica tranquilo Diegão, é tua cria e não faz meu tipo.. não curto paulista.  Bruna- Pai, não se preocupe. Dos homens desse morro, quero distância. - falei olhando bem naqueles olhos azuis. Que transmitem maldade de longe. O jeito foi lavar a blusa pra tirar aquela mancha, o mais rápido possível. Depois fui procurar uma blusa nova, quando entrei no banheiro a água saiu muito fria. Tive que pegar um rodo e colocar na morna. Baixinha sofre cara, acho que a pior coisa é pegar o ônibus. Só não abri a boca do meu pai que aquele cara foi quem derrubou suco em mim, porque não conheço as regras. Mas, já dá pra entender que aquele cara tem meu pai nas mãos, Moranguinho. Infeliz! Cara de pau.. Ju- Quem te jogou suco? Tu não falou, isso não acontece todo dia. Só se a mina da motivo.. - perguntou jogada na cama. Bruna- Cobra! Foi ele, não vi ele vindo, tava olhando um salão. Só não abri a boca porque meu pai ia arrumar briga com o chefe por minha causa? Ela riu. Ju- Tu pensou bem, Cobra tem os vapores tudo na mão. Só porque o dono daqui vê nele alguém importante saca? Assenti. Bruna- Bom, isso não me importa. Quero distância dele, cara nojento! Se acha a última bolacha do pacote e não é merda nenhuma! Ju- Cuidado porque ele sempre anda por aqui, na verdade cozinho muito porque se não é ele, o Moranguinho ou o Limão brotam aqui. Bruna- Deveria cobrar por cada prato dessa Cobra! Ele conhece a Gabriela? Ju- Gabriela conhece o morro todo, nois aqui tudinho. Cobra implica com ela, ele não consegue ser quietinho, na dele. Bruna- Percebi, só quer aparecer. - revirei os olhos. Sem nada pra fazer, peguei minha maleta de esmaltes e outras coisas, vou achar uma cliente. Não dá pra ficar sem fazer nada naquela casa. Coloquei um sorriso no rosto e sai indo em algumas mulheres que, não aceitaram. Com medo. Xx- Não.. eu já fiz. - a moça disse se tremendo. E as unhas dela estão sem cor nenhuma. Por que tem medo de mim? Isso não faz sentido! Bati em algumas casas, ninguém queria saber do meu serviço. Fiquei sem entender nada.. Quando vi no fim da rua, meu pai batendo em um cara que já tá no chão, a mulher e o filho vendo. Diegão- DÁ O DINHEIRO! AGORA! Bruna- PAI!  - gritei em choque. Ele me encarou e ficou pálido. Diegão- SAI DAQUI BRUNA! Neguei rindo atordoada. Bruna- Como tem coragem? ELE TEM FAMÍLIA! Cobra- Tu não tem que se meter no trampo do seu pai! - disse com a voz no meu ouvido. Me virei rapidamente. Bruna- Meu papo é com ele! Cobra- Olha a boca.. vai pro teu barraco. Esse é o trampo do seu pai! Engole fia.. - mandou dando um tapinha no meu queixo. - Limão, leva ela. Um moreno, com o cabelo loiro se aproximou me pegando pelo pulso. Limão- Bora Morena. Comecei a andar sem ter opção. Bruna- Por que? Isso é.. Limão- Imagino a raiva que cê tá sentindo. A vida da gente é assim, correria, incerteza do amanhã morena. Bruna- Meu pai.. ele me escondeu tudo isso! Limão- É tua realidade agora. Tua irmã e ele né? Os dois, e a palhaça aqui sem saber de nada.. Limão me deixou na frente de casa, a tensão ainda tá em mim. Bruna- Valeu, odeio aquela Cobra! Ele riu. Limão- Não cutuca o bicho não. - aconselhou ficando próximo. - Tem que tirar essa raiva. Bruna- Como? Ele me deu um beijão, fiquei surpresa, mas retribui. Qual o problema? Limão- Pronto, caladinha. Sem cobrança, o lema daqui é assim, sem se apegar. Bruna- Anotado Limão. Dei um selinho nele e entrei em casa. Ju- Diegão me ligou, véi.. Bruna- Não quero saber mais nada, vou ficar no quarto. Subi as escadas com pressa. Diegão- Tu não vai virar a cara pra mim! Ele entrou no quarto fechando a porta com tudo. Bruna- Não precisa falar mais nada, já peguei a visão! Diegão- Cê não tem que saber desses corre meu, ou dar lição de moral Bruna! O pai aqui sou eu, tu não pode mandar em ninguém ao seu redor, o mundo não gira ao seus pés! Sorri amarga. Bruna- Tu escolheu isso, agora tá me prejudicando! As pessoas tem medo de mim.. como vou trabalhar? Ele riu debochado. Diegão- Quem disse que tu vai trabalhar? O meu dinheiro é o que basta, aqui não é sampa, coloca na tua cabeça! Esqueça a criação ordinária que sua mãe deu.. Ele fechou a porta com tudo. Que quebre, ele quem vai pagar não é? Gabriela é assim, porque ele a criou bem diferente! Tudo fácil na mão dela, olha onde ela tá agora.. Ai que ódio! Se meu pai quer que eu aceite essa vida, ok, vou aceitar então. Olhei pra porta, a maçaneta girou, mas Moranguinho que apareceu. Moranguinho- Vim dar sermão não, tô na paz. Bruna- O que tu quer? Levei um esporro agora. Moranguinho- Nois é parça não somos? - assenti. - Vou tentar te ajudar a se adaptar, topa? Bruna- Claro. Moranguinho- Quando o Cobra tiver por perto, vou fazer um barulho pra tu ficar esperta. O encarei confusa. Ele fez um "s" com o dedo, fazendo barulho de cobra. Bruna- Tu é f**a, cara! Moranguinho tem seus corre, mas me levou junto pra dar uma volta pelo morro. Com ele, tô segura. Moranguinho- Semana é correria, mas o baile é a melhor coisa. Rola de tudo.. vai ver em primeira mão. Bruna- A ideia não é r**m, curtir um funk a noite. - considerei esse pensamento. Xx- De papinho mermo? - uma voz rouca soou atrás da gente. Um moreno, tatuado, será que é irmão da Cobra ordinária? Moranguinho- Que é isso pô? Tô trabalhando e mostrando a favela pra mina. Filha do Diegão, a caçula.. Os olhos do cara foram direto pra mim.. para os meus s***s. Vontade de subir o pescoço para os meus olhos! Moranguinho- Esse é o gerente da boca Bruna, Coringa. Bruna- Satisfação. Coringa- Satisfação é toda minha morena. Moranguinho vai pro seu trampo, eu cuido da mina, tô com tempo livre.. tu não. Moranguinho me encarou. Bruna- Tô bem, pode ir. - confirmei pra ele. Moranguinho- Qualquer coisa, da um toque no w******p! Ele logo sumiu na hora da frente. Coringa ficou ao meu lado, com a arma nas calças aparecendo já que ele tá sem blusa. Coringa- Paulista? Bruna- Sim. Coringa- Gabriela é mais linguaruda, tá gostando? - perguntou interessado. Bruna- To me acostumando, a minha realidade era outra. - forcei um sorriso. Coringa- Alguém mexer contigo, só passa o nome que vai se ver comigo. Minha voz aqui dentro é lei. Alguém melhor que aquela Cobra. Gostei. Bruna - Vou falar sim, pode deixar. Ju- Bruna, vem comigo! Apareceu na rua de baixo. Dei um tchau pro Coringa, fui até ela que começou a andar comigo, sem falar nada. Bruna- O que foi? Ju- Tem noção que em segundos o boato que tu tava de voltinha com o Coringa correu pelo morro? Bruna- To fazendo amigos, ué. - dei de ombros. Ju- Aquele ali a gente dorme perto com um olho fechado e outro aberto véi. Bruna- Gostei dele. - falei com um sorriso nos lábios. Ju- Cuidado, o lema de todos esses aqui é pegar e largar. Sem falar nas.. Xx- Anda com meu homem de novo, vagabunda piranha.. Uma mina ruiva tingida veio pra cima de mim. Ju- Opa Talita, filha do Diegão fia. - alertou a mina que parou um pouco. Bruna- Ele quis andar comigo, não vim pro Rio atrás de macho, tranquila agora emocionada?  - sorri divertida. Talita- Ri da minha cara, que eu te quebro!  - ameaçou toda se achando. Ju- Vai atrás dele! Some.. anda! Bruna- To na paz, quero briga com ninguém ainda mais por um homem. Ela saiu rebolando. Olhei pra Ju. Ju- Dessas tem várias, Talita é uma das mais barraqueiras só porque Coringa pega ela. Bruna- Credo, não quero me envolver com ninguém. Só achei o Coringa um amigo da hora, afinal ele é chefe do meu pai. Ju- Amigo? Tu beijou o Limão, e acha mermo que é só amizade aqui? Amizade com benefícios bebê. - jogou essa pra mim. - Cê vai no baile? Bruna- Vamo. Ju- Se tu for no banheiro, fala. Não vai sozinha, não é bom. - aconselhou passando prancha no cabelo. Olhei no espelho, shortinho jeans claro com body preto, cabelos soltos. Bruna- Tá bom essa roupa? Vou com tênis e fica show! Ju- Tu sabe usar decote, aprendeu como a Gabe? Bruna- Digamos que sim. Diegão- Vou com as mulheres mais lindas! - declarou todo perfumado. Cordão de ouro. Um óculos azul. E o celular em um funk pesadão. Bruna- Estiloso ele. - sorri admirada. Ju- Hoje ele vai marcar território. Aliás, nos né? Estamos muito gatas Bruna, pelo jeito tu não é a inocente que pensei. Chegamos lá a pé, o morro a noite é a coisa mais linda. As luzes das casas, o céu estrelado.. Só tem que tomar cuidado com as motos, subindo e descendo a qualquer momento. Tô com meu celular pra não perder esse momento, vou mandar para minhas amigas de sampa. Doidas pra conhecer um baile funk do RJ. Limão- É permitido criança? - perguntou na porta de um galpão onde tá a maior música alta. - Qual tua altura? Bruna- Um metro e cinquenta e três, algum problema? Diegão- Papai tá com ela, libera logo cabeção! Limão- Credo, povo m*l humorado! Rimos entrando logo, no famoso baile funk. Ju me mostrou várias coisas, algumas minas bateram os olhos em mim de cara. Meu pai sumiu pela multidão, deixando a gente a vontade. Ju - Já podemos requebrar gata? Bruna- Achei que não ia fazer essa pergunta nunca! Começamos a dançar sensualizando, descendo até o chão, subindo. Cada um ali, dançando de um jeito, provocando, requebrando. Que vibe boa pra c****e! Ju- Óia a carinha de quem já tá xonada no morro! - né cutucou rindo. - Whisky? Vodka? Skol Beats? Bruna- Whisky, sempre tive vontade de tomar. Bora aproveitar! Na hora que peguei o copo, cheirei e Ju riu. Ju- Vai! Tomei um gole.. fiz uma cara, mas fui bebendo mais. Bruna- Muito gostoso! Ju- Olha pro camarote. - sussurrou no meu ouvido. Olhei e vi um coroa gato, olhos verdes, cabelos com alguns fios branco. Ju- Colucci, dono do morro. Bruna- Nossa, ele tá andando com dificuldade né? - reparei que ele demorava pra andar. Ju- Isso é tiro, dois na perna e o bicho tá aí. Não tem filho, os meninos são as crias dele, Coringa e o Cobra são os mais chegados, de confiança mermo. Bruna- Por isso aquela Cobra se acha, mas, coitado do Colucci. Sem ninguém.. Ju- Coitado? Tá assim, não é atoa. Já fez muito m*l, fia tu não sabe a história não. Moranguinho apareceu com um balde de Skol Beats, o encarei surpresa. Bruna- Pra gente? Moranguinho- Coringa te mandou. Ju- Tava desconfiando, tu vai querer? - perguntou e eu olhei para as bebidas. Bruna- Leva pra mina dele, a Talita. Quero não.. Moranguinho riu. Moranguinho- Ele vai me mandar voltar.. Ele saiu com as bebidas, Coringa parece ter ficado puto, mas falou algo no ouvido do Moranguinho. Ju- Bruna, acho que aqueles minutos pegaram o garanhão. Bruna- To fora! - ri, colocando uma mecha do meu cabelo pra trás. Moranguinho- Ele convidou as duas pro camarote. Ju- Ual, bora? Bruna- Com a Cobra lá? Moranguinho- E só ignorar fia. Complica pra mim mais não.. - pediu pegando minha bochecha. Bruna- Ok, mas não vou falar com ele. Tinha na escada uns caras com fuzil, subi atrás do Moranguinho, Ju atrás de mim. A Cobra tá com duas putas no colo, duas loiras quase sem nada. Passei por ele sem olhar na cara. Coringa- Pelo menos tua companhia, Ju cola aqui, fiquem a vontade. - tudo quanto é bebida tem ali. Ju- Valeu aí. Bruna- Mandou as bebidas pra tua mina? Talita.. Coringa- Pra tua casa. - sorriu chegando mais perto. - Aquilo ali não é p***a nenhuma minha. Ju- Gabriela faz falta, ela ia querer causar aqui. Bruna - Imagino. Coringa- A pilantra é parça. Só quero dar um esporro, por ela não ter falado o quanto a irmã dela é gostosa. Sorrimos cúmplices. Ele ia me beijar quando um cara apareceu. Xx- Colucci tá te chamando. Coringa- p**a que pariu.. Saiu puto de raiva, o carinha foi andando atrás dele correndo. Moranguinho fez o barulho de Cobra. Cobra- Pra quem não tava interessada. Ju- Começou.. - negou rindo. O encarei bem. Bruna- Eu sou dona da minha vida! Ele riu. Cobra- Pena que não rolou. - debochou como quem não quer nada. Foi ele que atrapalhou! Ju- Ele é assim, fala o que quer com todo mundo. - tentou me deixar calma. Respirei fundo. Bruna- Minha vontade é bater nele, mais tanto.. ele não pode opinar na minha vida! Se eu quiser ficar com o Coringa é problema meu, ele é melhor do que ele.  Moranguinho- Cuidado morena, a Cobra sempre aparece na hora que tão falando dela. - alertou ao meu lado. Bruna- Desde que pisei aqui, não fui com a cara dele. E o mesmo fica pegando logo no meu pé?  - ri debochada. - Mereço isso.. Umas minas vieram falar com a Ju, não queria ficar ali escutando o que certamente não é da minha conta. Então fui no banheiro. Estranhei ver o banheiro todo vazio, vi ele há poucos minutos cheio pra p***a. Mas o meu xixi não pode esperar pra desvendar esse mistério. Entrei em uma cabine, quando estava a vontade. Duas minas entraram no banheiro, sem falar nada, estranhei. Dei a descarga. Abri a porta, quando tava lavando as mãos. Fui puxada pelo meu cabelo com tudo, ganhando um dois tapas na cara, um atrás do outro. Bruna- O QUE É ISSO? ME SOLTEM! Tentei bater nelas pra me defender, mas são duas contra uma. Puxaram meu body, rasgando bem no meio. Fui jogada no chão e as duas saíram trancando o banheiro antes que pudesse ver bem seus rostos. Só vi dois cabelos escuros. E as risadas se afastando. Bruna- SOCORRO! - gritei desesperada. Levantei com cuidado, indo bater na porta do banheiro. Não quero ficar nesse lugar.. Não fiz nada! Nada.. Fiquei andando em círculos, não ouvi movimento de ninguém perto do banheiro. Cada minuto, ficava mais nervosa com o que tô passando. Já tô achando que ninguém vai me ver nessa p***a de banheiro! Meu celular.. peguei ele mandando mensagens, ligando pro Moranguinho. Nada, meu pai também. A maçaneta girou, olhei pra porta.. Cobra entrou, Limão logo atrás dele. Limão- Porra.. te pegaram em mina! Cobra- Eu te avisei não foi? - me pegou pelo braço. - É isso que dá, m*l chegar e querer aparecer. Eu não tive voz pra responder ele. Não agora. A vergonha tá maior. Ju- O que aconteceu? - perguntou preocupada. Bruna- Me trancaram no banheiro, bateram na minha cara. Sem mais nem menos! - mantive a voz firme. Ju- Cobra.. Cobra- Ela tava com Coringa, cê queria o que? Novata dando bola pra ele, cheio das putas em cima! - cortou ela todo grosseiro. Limão- Pegaram a Bruna, a mina tá com o bagulho rasgado! - apontou pro meu body. Olhei para Cobra. Bruna- Vou falar com o Coringa, ele disse que eu podia falar o que fosse com ele! Ele tem voz aqui, Limão chama ele pra mim. Limão saiu correndo. Cobra riu. Cobra- Tá na i********e com ele? m*l conhece e já tá assim? Abre teus olhos com ele, porque foi as putas dele que armaram essa por ciúmes! Coringa- Morena, que papo é esse? - perguntou ao meu lado. Bruna- Duas minas, me bateram. Trancaram no banheiro.. só vi os cabelos escuros. Coringa- p**a que pariu.. - negou com a cabeça. - Cê tava onde que não viu isso? - perguntou pra Cobra. Cobra- Não sou babá de mina nenhuma! Foram tuas quengas que tavam com fogo no cu, já que cês tavam ali. Ju- A gente tem que pegar essas duas emocionadas! A Bruna não fez nada, é filha do Diegão, elas não deviam ter feito isso. Coringa- Não te preocupa morena, vou cuidar disso. Tem gente minha que vai achar essas porras, e deixar elas na pior. - prometeu olhando no fundo dos meus olhos. Assenti com um sorriso. Bruna- Valeu, Ju cê vai embora? Pra mim já deu.. Ju- Bora. Limão- Vai na fé mina. Acenei pra ele. Caminhando em direção a saída desse baile. Ju- Coringa pelo menos vai achar essas porras. Tu não devia ter ido no banheiro só, essas minas aprontam pra c****e com novata. Bruna- Coringa tá se mostrando de confiança. Não é aquela Cobra, que não disfarça que não vai com a minha cara.. Ju- Cobra e Coringa não se dão bem, tem rivalidade deles aí há uma boa cota. - revelou ganhando meu olhar. - Coringa tá bem interessado em ti. Bruna- Ju, será que não é ele o namorado da Gabriela? Pode ser qualquer um.  - comentei desconfiada. Ju- Não vou negar, Gabriela pode tá me enganando também. Bruna- Não quero tá afim do cara que a minha irmã tá. Tomei um banho banho demorado no sábado de manhã. Querendo esquecer o que fizeram comigo, sem eu ter feito nada. Sai do banheiro, de toalha atrás da Ju pra ver se consigo saber de notícias. Quando cheguei na sala, não encontrei ninguém. Tenho que colocar crédito no meu celular. Resolvi sair, pra colocar crédito no meu celular. Algumas pessoas olhavam pra mim, o boato deve tá correndo solto por aí.. Entrei em um beco, vendo algumas minas em uma rodinha. Engoli em seco, vou passar reto. Ouvi uma risadinha. Não olhei pra trás. Xx- Vai falar com as moradoras não morena?  Seu coroa, é meu amigo. Paralisei. Mas, algo que não esperava. Cobra- Deixem a morena. Cobra apareceu e as meninas recuaram. Xx- Só porque tu pediu, gato. - a ousada soprou um beijo pra ele. Elas saíram. Cobra se aproximou de mim. Bruna- Achei que me odiasse. Por que ajudou? Cobra- Não sei. - respondeu com os olhos nos meus. Sai andando sem falar mais nada. Eu não esperava a ajuda dele.

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