Meu Ex Marido Bilionário

- Ela está chegando! - Um homem de óculos, sai correndo de dentro do elevador, e apressadamente começa a arrumar a sua mesa bagunçada. - Como está o humor dela? - Uma mulher pergunta colocando o seu crachá no pescoço, e fechando os dois últimos botões da sua camisa social. - Conversei com a professora de ioga dela, ela está calma. - Uma outra mulher andou até parar na porta do elevador, com uma garrafinha térmica de café na mão esquerda, e um tablet na mão direita. - Quem é ela? - A novata pergunta, ao ver todos se arrumando com tanta presa, e parecendo nervosos... não, eles estão nervosos. - Um monstro que usa saia, e anda com saltos, pronto para pisar na gente! – Uma voz feminina soa do outro lado da grande sala, com várias mesas, e computadores. - Tudo isso é inveja. - A moça na porta do elevador fala, revirando os olhos, por tamanho drama que todos na grande sala, estão fazendo. - Ela não estava de bom humor nos últimos tempos, mais tudo indica que agora ela está melhor. - E como você pode ter tanta certeza? – Uma das mulheres na sala, pergunta para a mulher na porta do elevador. - Ela me mandou uma mensagem hoje cedo, e antes de começa a me dar ordens, ela me mandou "Bom dia". – A mulher dá uma leve jogada de cabelo, para tirar a sua franja de frente dos olhos. – Sabe quanto tempo, ela não me deseja bom dia? - Pobre garota. - Lamentou uma das funcionárias mais velha naquela área. - Garota sim, mais pobre? - Uma mulher arrumando a sua mesa bufa, enquanto faz careta, e revira os olhos. - Queria eu ser tão pobre, quanto ela. - Uma mulher comenta, deixando transparecer a inveja que sente, aparecer na sua voz. - Quando eu saí da faculdade, tive dívidas de empréstimos para pagar, aluguel para colocar em dia, e dois trabalho para conseguir me manter. Já ela, saiu da faculdade sem empréstimo nem um, com um bom trabalho, uma bela mansão, e tem dinheiro de sobra para gastar como quiser, e quando quiser. - A ruiva na frente da novata, tirou os vários papeis que estão amassados na sua mesa, e anda até a lixeira, para poder jogar fora. - Eu ainda não sei de quem vocês estão falando. - A novata fala novamente, já sentindo medo de quem está chegando. - A dona de cinquenta por cento, disso tudo. - A moça do elevador explica. - E por que ela está vindo para cá? -Quis saber a novata. - O que eu saiba, a sala dos administradores, fica no último andar. - Não não, meu bem. - A ruiva se vira para a novata. - Sabe esses quartos lindos de hotéis que você divulga? Pois bem, ela é a criadora de cada obra de arte, desses quartos que custa um rim. Ela é a Designer de Interiores, do grupo Keen. - E até a sala dela ficar pronta, ela estará ficando neste andar. - A mulher que estava colocando o crachá, termina a explicação. - Por que não a conheci antes? - Pergunta a novata, querendo se aprofundar no assunto, para não se senti perdida, e saber pelo menos um pouco, de quem seja essa mulher que muitos temem. - Porque ela estava no hotel do Caribe, cuidando dos últimos detalhes da inauguração. - A moça da porta do elevador, a responde. - Então ela é um m****o da família Keen, para poder ter tanto poder assim. - A novata chega a uma conclusão. - Ela era, a três meses atrás. - O homem que saiu correndo do elevador, responde da sua mesa. - Como assim? - A novata perdida novamente, já que no ponto de vista dela, não tem como ter tanto poder, sem ser um m****o importante da família, e ainda mais o fato de não fazer sentido deixar de ser um Keen. Como se deixar de ser um m****o de uma família? - Ela é a ex esposa do nosso CEO, Dante Keen. - A mais velha responde. E quando o elevador apita indicando que as portas vão se abrir, todos se levantam das suas cadeiras, todos com as suas mesas limpas, e as suas roupas muito bem alinhadas, como se estivessem assim, desde a hora que chegaram ao seu local de trabalho, era como se todos estivessem respirando no mesmo ritmo, e se preparando para a entrada da mulher mais temida. - Bem-vinda de volta, senhorita Wilson. - A moça na porta do elevador, arruma sua postura, estica o café para a nova pessoa no andar. PV Scarlett Wilson Não existe nada melhor do que acorda na sua própria casa, na sua cama, e na sua cidade, o Caribe é um sonho, mais nada se compara com a minha amada Los Angeles, sem conta que essa viagem que fiz, foi a negócio, e não por diversão. Por que sempre que envolve hotel, eu tenho recaídas? Ao acordar essa manhã, tomei a minha vitamina, e fui para a minha aula de aero ioga. Depois desta viagem que eu fiz, isso era tudo que eu preciso, para poder me relaxar, antes de começar mais um dia de trabalho, mesmo não sendo um bom momento para esse tipo de ioga, na minha vida, eu preciso dessa aula para poder sentir que eu ainda tenho pelo menos um pouco de controle, sobre tudo o que vem acontecendo comigo nesses últimos dias, ou messes, eu já nem sei quando a minha vida calma e controlada, se tornou essa confusão. "Eu era só uma menina de Sitka, Alasca, uma cidade pequena que quase ninguém sabe que existe, procurando uma aventura pela cidade grande, e que acabou virando uma estudante em uma das universidades de Los Angeles." Não estou dizendo que não gosto da vida que eu tenho aqui, pelo contrário, eu amo a vida que eu construí, sabe como é difícil sair de uma cidade pequena? E sabe como é mais difícil ainda se tornar alguém conhecido em Los Angeles? Eu consegui essas duas coisas, e estou orgulhosa de mim mesma. Após a minha aula, voltei para a minha grande mansão...grande demais somente para uma pessoa, mas não posso me desfazer dela pois cada canto desta casa está repleta de lembranças felizes.  Durante o meu banho as lembras do que eu vivi nos últimos meses vem a minha mente, e mesmo com o sentimento de nostalgia, eu me obrigo a deixar as boas lembranças para trás.   Depois de banho tomado e seca, coloquei a toalha para secar no seu lugar, e vesti o roupão branco, abri a porta do banheiro, que me lava direto para o quarto, e fiz o meu caminho até o closet, onde a metade se encontra cheio com as minhas roupas, mais a outra, se encontra vazia, ou quase vazia, já que ainda tem um palito, que veio comigo do Caribe. "Caribe, um lugar que eu nunca vou esquecer, pois é lá que se encontram as boas lembras recentes"  Balanço a minha cabeça na intenção de mandar embora as lembras que deseja voltar com tudo novamente, eu volto a fazer o que me trouxe para dentro do meu closet. Pego uma saia tubinho que bate no meio da minha coxa, da cor preta, uma blusa colada com decote em "V", sendo modelo ombro a ombro, também da cor preta, no cabide, peguei um sobretudo branco solto igual a um vestido, ele é dois dedos mais curto que a saia, porém na lateral direta do meu corpo, ele cai com ele ondas um pouco acima do meu joelho, o sobretudo contém quatro botões grandes, dois em cima, com quatro dedos de distância, e dois em baixo, com a mesma dista dos dois de cima. Andei até a parte dos sapatos, e decidi por usar um salto agulha, sendo um scarpin meia pata do tom preto, e para finalizar peguei uma bolsa preta Chanel do tamanho médio, e sendo um modelo de mão, com duas alças curtas, para que eu possa a segurar. - Estou pronta para enfrenta qualquer coisa, enquanto uso tudo isso. - Suspirei logo após ter arrumado minha roupa em cima da cama. E isso que eu faço todos os dias, me arrumar bem usando marcas de luxo. Isso é uma das coisas que eu aprendi, quando comecei a me tornar quem sou hoje. As roupas que você usa, se torna a sua armadura, na batalha recorrente contra a sociedade. Ainda de roupão, voltei para o banheiro do meu quarto, onde com a ajuda da escova, comecei a secar o meu cabelo com o secador. Para hoje escolhi o deixar liso, e dividido ao meio, assim deixando todo o meu cabelo batendo até a minha cintura. Eu o deixo nesse comprimento, para que todos ainda possam se lembrar que eu ainda sou jovem apesar de tamanhas responsabilidades eu carrego, ainda sou uma mulher de vinte e três anos, e ainda irei cometer muitos erros, até conseguir chegar à perfeição que muitos buscam, mais poucos consegue. De cabelo e maquiagem pronta, voltei para o meu quarto, onde comecei a me vestir, e quando finalmente estou pronta, eu vejo que está na hora de deixar a menina de lado, e dar as boas-vindas a mulher fria.