Alma Perdida

CAPÍTULO 07

Finalmente, já na Colômbia, todos começaram a se preparar para os disfarces.

Dom vestia um terno elegante quando Brian o observou:

— Chefe, desse jeito você está parecendo até um chefe da máfia.

Dom olhou para ele com ironia:

— Como você está engraçado ultimamente. Espero que saiba o que fazer, e nada de erros.

Jenny entrou deslumbrante, usando um vestido elegante:

— Eu mereço um elogio, gente! Me arrumei toda para estar à altura do meu chefe.

Dom a olhou de cima a baixo, mantendo a compostura:

— Comporte-se, Jenny. É melhor irmos logo.

Brian riu:

— Não se esqueçam do sobrenome de vocês: Laurence. Este detalhe é importante, crianças.

Jenny deu um tapinha no ombro de Brian:

— Não é nossa primeira missão, querido.

Brian balançou a cabeça:

— Caramba, esses dois vão ser um tremendo desastre como casal. Já vi tudo.

Um agente que observava perguntou curioso:

— Como assim, chefe?

Brian suspirou:

— Nada. É melhor focarmos no trabalho para que nada dê errado.

Na festa

Dom saiu do carro e deu o braço a Jenny.

Ela olhou ao redor, admirada:

— Olha o tamanho desse lugar!

Dom apertou o braço dela levemente:

— É melhor entrarmos logo. Diga os nomes ao segurança.

Os dois passaram pelo controle, e Jenny murmurou enquanto ajeitava o colar:

— Este colar está muito gelado...

Dom olhou para ela com um sorriso discreto:

— Fica muito bonito em você.

Jenny sorriu, surpresa:

— Aí, chefe, que gentil da sua parte! Muito obrigada pelo elogio.

Brian, que monitorava tudo pelo rádio, interrompeu com um tom sarcástico:

— Pessoal, só lembrando que estamos ouvindo tudo que vocês falam.

Dom riu baixo:

— Cale a boca, Brian. Temos companhia.

Carlos se aproximou com alguns seguranças:

— Devem ser o casal Laurence, convidados da minha querida esposa.

Dom estendeu a mão para cumprimentá-lo:

— Sim, acabamos de chegar ao país, e sua esposa foi muito gentil em nos convidar para a festa. Esta é minha adorada esposa, Jenny.

Jenny sorriu e cumprimentou Carlos:

— É um enorme prazer conhecê-lo, senhor Carlos. A festa de sua filha está linda! Me fez lembrar da minha própria festa de 15 anos. Mas onde está a aniversariante?

Carlos sorriu, orgulhoso:

— Está ali, com as amigas. Sabe como são as jovens de hoje em dia.

Jenny a observou de longe:

— Sua filha é muito bonita. Meus parabéns! Aqui, trouxe uma lembrança para ela. Não sabia do que ela gostava, então escolhi o presente mais especial para uma jovem: uma joia.

Carlos recebeu o presente com um sorriso satisfeito:

— Muito obrigado. Minha filha vai adorar. Ela, assim como a mãe, adora joias. Por favor, sintam-se à vontade.

Assim que Carlos se afastou, Dom murmurou para Jenny:

— Não vi a esposa dele aqui.

Brian, pelo rádio, avisou:

— O sensor indica movimentação nos andares superiores. Duas pessoas a mais lá em cima.

Jenny segurou o braço de Dom, simulando i********e:

— Nosso contato disse que ela sumiu há alguns dias. Talvez Carlos tenha trancado a esposa lá em cima.

Brian acrescentou:

— Precisamos verificar. Ela é nossa principal testemunha contra o Carlos.

Dom analisou a situação:

— Eu vou dar um jeito por aqui. Jenny, fique de olho em tudo.

Enquanto isso, Carlos observava a festa de longe, sentado em uma poltrona. Ele mantinha os olhos fixos em Dom e Jenny, que conversavam casualmente com os convidados.

Um segurança se aproximou e cochichou para Carlos:

— Chefe, veja este vídeo.

Carlos olhou atentamente:

— Então eles são reais... Achei que fosse só uma história. Mas como minha esposa conseguiu fazer contato com eles?

O segurança respondeu:

— Parece que foi no salão, enquanto faziam o cabelo. Essa Jenny gosta de mudar o visual, e elas se tornaram amigas.

Carlos estreitou os olhos:

— Por isso ela perguntou da minha esposa.

O segurança perguntou:

— O que faremos, patrão?

Enquanto isso, Dom já havia saído discretamente da festa e subia para o andar de cima, fingindo estar bêbado.

Um segurança o interceptou:

— Aqui é proibido para os convidados. Volte para a festa.

Dom fingiu tropeçar:

— Ô, rapa... Eu só queria ir ao banheiro. Sabe onde fica? Ou faço aqui mesmo?

O segurança, desconfiado, apontou para o banheiro e voltou ao seu posto. Assim que o segurança saiu, Dom deixou o banheiro e começou a procurar o quarto de Madalena.

Brian avisou pelo rádio:

— Chefe, você vai precisar passar pela janela para acessar o quarto dela.

Dom resmungou:

— Você gosta de complicar minha vida, né?

Brian riu:

— Anda logo. É só a próxima janela!

Dom escalou cuidadosamente e entrou no quarto. Madalena, assustada, recuou:

— Quem é você? O que está fazendo aqui?

Dom levantou as mãos para acalmá-la:

— Sou o agente Dom. Vim para te resgatar.

Madalena hesitou:

— E minha filha? Como ela está?

Dom se aproximou:

— Ela está segura. Minha parceira está cuidando dela neste exato momento.

Madalena, ainda nervosa, respondeu:

— Carlos vai nos m***r se eu sair daqui.

Dom falou com firmeza:

— Se não sairmos agora, ele vai te m***r de qualquer jeito. Esta é a sua melhor chance.

Após refletir por alguns segundos, Madalena concordou:

— Você promete que minha filha ficará segura?

Dom colocou a mão no ombro dela:

— Prometo fazer de tudo para proteger vocês duas.

Eles começaram a sair pela janela, enquanto na festa Jenny estava ganhando tempo, conversando com os convidados e observando cada movimento.

Jenny cochichou para Amara, a filha de Carlos:

— Sua mãe está bem. Precisamos sair daqui agora.

Carlos, distraído com os convidados, não percebeu o movimento das duas. Jenny e Amara começaram a se dirigir para o carro, mas Amara estava inquieta:

— Onde minha mãe está?

Jenny respondeu com calma:

— Ela está com o melhor agente que conheço. Confie em mim, sua mãe estará em segurança.