Adaptação e trabalho

1120 Words
Semanas depois Adaptação e trabalho Léa Já faz algumas semanas que estou residindo em São Paulo. Mesmo tendo minhas economias, decidi que era hora de procurar um emprego para que pudesse me adaptar mais rapidamente. É importante estabelecer uma rotina, pois apenas ficar perambulando por aí não me proporcionará isso. Levantei-me da cama e tomei um banho para despertar melhor. Sinto-me um pouco preguiçosa, porém não posso negar que estou apreciando bastante minha estadia aqui. Tenho entusiasmo com tudo o que é novo; isso me fascina e me infunde esperança de um futuro melhor. Vesti meu uniforme da padaria na qual entrei há uns dias. Minha adaptação ao trabalho está sendo ótima; adoro lidar com o público, mesmo que algumas pessoas não mereçam nem mesmo um simples bom dia ou o nosso sorriso. Ajeitei meus cabelos em um coque alto e apliquei uma maquiagem suave para disfarçar a sonolência. Estou até usando maquiagem agora rsrs; m*l me reconheço, pois estou retomando toda a vaidade que havia deixado para trás há algum tempo. Continuo a enfrentar cada dia com entusiasmo e determinação, aproveitando todas as oportunidades que São Paulo tem a oferecer. Estou ansiosa para ver como minha jornada aqui irá se desenrolar, confiante de que estou no caminho certo para construir uma nova fase da minha vida. Saí e tranquei a porta. Acionei o elevador e desci. Na frente do elevador, Raquel estava me aguardando. Descobrimos há pouco tempo que trabalhamos no mesmo local e vivemos no mesmo prédio, embora em andares diferentes. Ela é legal, e estamos nos entendendo bem. — Bom dia! E aí, animada? — ela me cumprimentou — Bom dia! Olha, animada para acordar cedo é difícil, mas vamos lá. Nascemos lindas e não ricas. — ela riu, e começamos a caminhar em direção à padaria. No caminho, recebi uma ligação da Lia, que me liga todos os dias para saber como estou. Pelo que entendi, ela e o senhor Hernandez estão planejando uma gravidez. Mesmo achando minha irmã muito jovem, penso que cada um sabe o que quer para sua própria vida. Ligação. Vim pelo caminho conversando com Lia. Quando chegamos à porta da padaria, parei antes de entrar e acenei para que Raquel fosse à frente. Avistei os dois rapazes que frequentam a padaria ao qual um deles, a Raquel é interessada entrarem. Eles me cumprimentaram antes e acenei gentilmente para eles. — Jura que está bem, Léa? — Juro, Lia. Juro juradinho. — sorri enquanto falava, e ela sorriu também. — Você parece realmente bem, até sua voz está mais suave. — Estou realmente feliz, Lia. Acho que nunca me senti tão bem. Estou quase chegando no trabalho, te ligo mais tarde, está bem? — Claro, sem problemas. — Lia, por favor, assim que meu sobrinho estiver a caminho, quero saber imediatamente se está tudo bem com vocês, entendeu. — falei emotiva, não acredito que minha irmã mais nova em breve será mãe. — Estou tão feliz, mana, tão feliz. — Consigo perceber. Na sua voz transparece o quão radiante você está. Você está trabalhando? — Sim, Andrew não quis esperar eu terminar a faculdade rsrs. Ele sugeriu que eu viesse trabalhar com ele, até para ficarmos mais próximos. — É crucial que vocês sejam sempre sinceros e permaneçam unidos, até porque um filho é coisa seria, e vocês pretendendo aumentar a família precisarão estar sempre unidos. Sinto-me tão tranquila sabendo que você está protegida. E a vó, como está? — pergunto. — Ela está muito bem. Todos os dias, depois do trabalho, passo pela casa dela. Mas não consigo ficar tranquila enquanto você está longe. Até o irmão do Andrew ligou para o Lucca por termos permitido que você fosse para são Paulo e ainda por cima sozinha. Lembra que te avisei? — Lembro, mas estou tranquila. Não sou mais criança; tomei a decisão por conta própria. Vocês não precisam ficar me vigiando o tempo todo. — Léa, não é assim. — Eu sei, mana, mas estou aqui e bem. Pode confiar que, se houver qualquer problema, eu ligo, ok? — Vou confiar nisso. Beijo, mana, fica com Deus. — Amém, mana. Beijo! Desliguei a chamada e adentrei a padaria. Normalmente, costumo chegar bem cedo, mas hoje troquei o horário com uma das meninas e entrei às 8:00. Ajustei o avental e Raquel se aproximou. — Os dois rapazes de sempre já estão aqui, ai meu deus, eu queria tanto ter coragem para ir ate la e falar com ele. — ela fala toda nervosa. — Meu deus, o que se passa, porque tanto nervosismo? — pergunto a ela, fui até um pouco insensível, mas vai por mim, não sou mais maleável para sentimentos, e nem quero ser novamente. — Léa, não é assim, acha que é facil? — Desculpa, Raquel. Mas tá aí uma boa oportunidade. Vai lá e atende eles se não tem coragem de falar nada a mais. — Não sei se é uma boa ideia, meu ex anda me deixando aflita com mensagens. Estou com medo dele. — ela compartilha o assunto que tem tirado seu sono. O ex-namorado da Raquel a traiu com uma amiga dela, mas é daqueles homens que querem viver a vida deles, mas não permitem que a ex siga em frente. Alguns dias atrás, ele esteve aqui na padaria. Até então, eu não sabia que ele era o ex dela. O cara teve a audácia de pedir meu número. Como recusei, ele perguntou se eu conhecia a Raquel. Respondi que sim, que trabalhava com ela há pouco tempo e a conhecia. Ele sorriu sarcasticamente e saiu com os amigos. Esse homem me transmitiu uma sensação terrível. Quando entrei onde Raquel estava lavando as louças, ela estava chorando e dizia que ele nunca a deixaria em paz. Foi aí que descobri sua história. — Raquel, não tem nada que eu odeie mais do que homem trai e não deixa a mulher seguir em frente. Não sei o que te dizer sobre isso. Cada um tem seu jeito de ser. Não vou sugerir que vá lá e converse com os meninos, sabendo que seu ex pode descobrir. Quem sabe o que esse cara tem na cabeça. — Sou obrigada a seguir sozinha, amiga, mas está tudo bem. Não deixarei de curtir, contudo. Falando nisso, e aquela baladinha que íamos pegar juntas? Ainda está nos planos? — Ainda não sei. Não me sinto muito à vontade nesses lugares, mas vamos ver. Quem sabe dê certo? Ou talvez possamos ao menos ir a um restaurante para jantar. — Ah, tudo bem, então. Não tem problema. — Temos que focar no trabalho ou logo estaremos no olho da rua. — Deus me livre. Não posso nem quero, rsrs.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD