Atualmente

938 Words
Videochamada com Lucca — Fala aí, não tenho muito tempo. — Lucca atendeu apressadamente. — Cara'lho fo'da-se, eu tenho dia e noite à toa nessa por'ra. — Se não fosse o Marcus, não seria você. Pô, cara, estamos sentindo sua falta, as coisas aqui estão complicadas demais. — E o Andrew, ele não designou alguém para te dar uma mão? — perguntei surpreso, meu irmão nunca deixaria o Lucca na mão. — Ele colocou a Léa, cara, mas agora ela foi para São Paulo! — Que loucura é essa, mano? A irmãzinha da minha cunhada, o que ela estava fazendo aí? — perguntei, meio chocado. Lembro que ela tinha me pedido uma vaga no galpão. — Ela estava na administração, caramba, e estava ajudando muito. Ela é incrível com a parte administrativa, mas agora teu irmão vai ter que contratar alguém novo, porque, piscou ela se foi, por enquanto tô me virando sozinho e tá difícil demais. Mas foi melhor ela ir. — ele comenta, me deixando intrigado. — Melhor para quem se ela estava ajudando? — Mano, conviver com mulher é uma história completamente diferente. Eu estou quase me casando com a Ellen, mas a amizade com a Léa estava mexendo comigo, entende? Estávamos conectados o tempo todo, como eu e você, 24 horas por dia. Foi demais. — Lucca falou, sorriu me negando, o Lucca estava claramente balançado pela cunhada do meu irmão, kkk. — Kkk tava com medo de dançar? — Não brinca Marcus, na boa a Léa é muito legal, já estava com medo de errar com ela e com a Ellen, tô gamado na Ellen, mas ela também é difícil, seu irmão dá tempo para ela sair comigo e mesmo assim ela arruma um jeito de não sairmos. — E você tá gamado? O que você tem na cabeça? Quer brincar de palhaço sabe que eu ganho. — ele gargalhou. — Eu gosto dela, ontem ela conversou comigo, disse que estava me evitando por perceber que eu estava muito amigo da Léa e estava com medo de ser trocada, na verdade, estava enciumada, m*l deixava eu me aproximar dela, ela não merece isso, fui baba'ca, mas agora acordei. — Por que a concunhada do Andrew foi para São paulo? Alguém a ameaçou? — pergunto curioso. — Não, mano, foi decisão dela ir para São Paulo. Ninguém aqui a incomodou. — Quem a acompanhou para São Paulo? — Fui eu. — E? Ela está segura lá? Alguém foi junto? — Lucca fez cara de quem fez algo errado. — Não, mano, ela ficou sozinha. — fez careta. — Como assim cara'lho? Goza'ram no cérebro de vocês por'ra? Que tipo de ideia vocês têm na cabeça, deixar a garota sozinha em São Paulo sem ter a certeza que o defun'to é o avô dela? Toda proteção que vocês ofereceram a ela até agora será em vão se ela estiver lá sozinha, caram'ba! — Cara, não pensei nisso, e nem o teu irmão pensou. — Vocês estão completamente fora de órbita, isso sim. Essas questões de casamento mexeram com a cabeça de vocês, dro'ga. Tenho que voltar logo, porque, do jeito que está, até o galpão pode estar sendo roubado enquanto vocês estão com essa confusão na cabeça. — Marcus, nós não temos superpoderes na mente, por'ra! Você está aí sem fazer nada, mas nós estamos lidando com um turbilhão mental. Não dá para pensar em tudo, mano. — Tudo bem, você acredita que o velho está realmente morto? — Sinceramente? As roupas que foram encontradas eram dele, a dona Louise mesma confirmou isso. — Roupas, mano, roupas são todas iguais. Para mim, esse velho está tramando alguma coisa. Faz um favor, vai até meu apartamento e organiza meus dispositivos, deixa tudo ligado aí no galpão. Vou manter contato. — Certo, mano, mas você está bem? — Nada bem, só estressando. Esse pessoal é sem graça demais, estou à beira de um ataque de nervos. — Haha, achou que estava indo para uma festa? Você sabia para onde estava indo quando aceitou. — Aceitar? Não tive nem opção. — Mas e a Belly, você não tentou entrar em contato com ela? — Não, mano, dei uma olhada nas mensagens e avistei algumas delas, mas apaguei. — Eu minto, porque, na verdade, não apaguei. Posso ser um pouco curioso? Não nesse caso específico, mas sou. — Fica firme, irmão, logo seu pai te chama de volta. — Se eu não enlouquecer antes e acabar preso. Diga ao senhor Alexander que aqui não segue as leis do Brasil, kk. — Não brinca desgra'mado, fica tranquilo, mano. Estamos juntos nessa. — Beleza, manda um abraço para meu irmão! Desliguei a chamada de vídeo. Deitei na cama do dormitório observando o teto, entediado, e logo vi Ítalo entrar. — Que tédio, cara. — Eu quero voltar, mano. Não consigo lidar com isso aqui, não quero. — ele sentou-se em sua cama. — Nós iríamos nos dar bem no Brasil, só gandaia, cara'lho. — falou sorrindo e gargalhei. — Na sexta-feira, o gerente vai para o Brasil. Você sabia disso? — Levantei de imediato. — Tem certeza? — Absoluta. E eu também estou indo de volta, vou visitar minha mãe, mas não sei se volto. Pena que você não pode ir também. — fiquei pensativo. — Isso me deu algumas ideias. — Sorrio enquanto aliso o queixo. Cansei disso aqui, está na hora de partir, mesmo que vá contra a vontade do meu pai. Deitei na cama do dormitório e continuei a pensar nos planos que começavam a se formar. Estava decidido, era hora de tomar as rédeas da minha vida.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD