O silêncio após a saída de Lorenzo e Dante era uma parede espessa na mansão. O tempo, agora cronometrado, parecia pesar no peito de Salvatore mais do que qualquer ameaça. Eu estava sentada à beira do sofá, sentindo a pele gelada, o cabelo úmido grudando na nuca, o cheiro dele ainda grudado em mim como um perfume proibido. Ele andava de um lado para o outro na sala, inquieto, com a expressão de quem já sabia a resposta, mas não queria dizê-la em voz alta. O relógio marcava cada minuto como uma sentença. Tentei buscar seus olhos, esperando a promessa de que iríamos fugir juntos, que enfrentaríamos o mundo. Queria ouvir que ele lutaria por mim até o fim, mas Salvatore evitava meu olhar. Seu rosto era um contraste de força e vulnerabilidade, a boca crispada, as mãos grandes apertando e soltan

