53. Bianca

961 Words

No banco de trás do carro, o mundo inteiro ainda tremia ao redor. A sirene distante, o cheiro de pólvora no ar, os gritos e tiros desaparecendo atrás das portas blindadas. Salvatore estava ali, suado, a respiração pesada, o rosto sujo de sangue que não era dele. Meus dedos tremeram ao tocar o rosto dele, precisando ter certeza que não era mais um sonho, uma ilusão inventada pelo desespero. — Eu achei que nunca mais ia te ver, Salvatore — minha voz saiu fraca, embargada, cada palavra se arrastando por entre soluços. — Eu achei que nunca ia conseguir sair de lá. Ele me puxou para mais perto, o braço forte em volta da minha cintura, a mão na minha nuca, puxando meu rosto até os lábios dele. O beijo foi urgente, desesperado, um reencontro de bocas e de almas. Senti o gosto salgado das lágrim

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