Você...minha lenda, meu amor
Você...minha lenda, meu amor
Irinélia Oliveira
Você...minha lenda, meu amor
Irinélia Oliveira
Capa: Irinélia Oliveira
Autora: Irinélia Oliveira
Direito autoral reservado, proibido a reprodução.
Proibido para menores de dezoito anos.
Uma menina sofrendo nas mãos dos próprios pais e talvez, não existisse nenhum motivo para que a felicidade aproximasse dela. Talvez… Até que…
Você...minha lenda, meu amor
Linda olhava da janela. Os olhos maravilhados observando tudo! Era muito bom ficar olhando dali de cima lá embaixo naquelas épocas chuvosas! Épocas em que as enchentes dominava tudo, arrastando o que encontrava pela frente! Ela acordava cedo e ficava olhando daquela janela da cozinha para o rio cheio que mais parecia um mar! A água de cor de lama, quase chegava até a casa do vaqueiro que ficava no alto e lá embaixo o rio! O pai tinha que soltar as vacas na parte de cima da fazenda, pois a cada dia o rio ia enchendo cada vez mais, destruindo plantações e tudo pela frente!
Linda ouviu a mãe gritar pelo seu nome:
__Linda, vá acender o fogão menina. Saía dessa janela e vá trabalhar!
A moça de dezoito anos olhou mais uma vez o rio, depois se virou e aproximou do fogão á lenha começou a acendê-lo! O irmãozinho de quatro anos saiu do quarto aproximou da irmã mais velha, segurou na barra do seu vestido e começou a chorar:
__Estou com fome lindinha!
Ele a chamava de Lindinha. Ela esquentou o leite, foi até as latas quase vazias, tirou um pouco do açúcar adoçou o leite numa caneca entregando para a criança que pegou bebendo todo leite, pediu mais. A irmã o olhou tristemente e falou:
__Papai está tirando leite e vai trazer leite daqui á pouco Zezinho!
O menino levantou do chão frio, saiu entrando no seu quarto onde dormia com o irmão de dez anos! Linda fez o pouco de arroz que ainda restava na lata de mantimentos. Cozinhou feijão e saiu para a bica para lavar as vasilhas e as roupas! Estava lavando as roupas quando viu algo se mexendo numa moita! Ficou assustada e perguntou observando de olhos arregalados na direção da moita de mato verde:
__Quem está aí?
Não ouve resposta, ela nem piscava observando a moita que se mexeu novamente, perguntou: