01 - Bonnie Dimou

1516 Words
Bonnie Dimou Me chamo Bonnie Dimou, sou ruiva, puxei essa característica de minha mãe, não sou tão alta, tenho um corpo malhado, sou uma das supervisoras que administra o Museu de História Grega, estou nesse mesmo emprego há quase 05 anos, me formei na América e a cinco anos retornei para Santorini e lutei muito por essa oportunidade, e continuo lutando para que tenha reconhecimento, infelizmente os representantes do museu acham que mulheres são fracas e não merecem um cargo alto em nenhum órgão do governo, isso é frustrante. Meu pai Murilo Dimou, ele tem uma empresa de Marketing e Publicações, ele sempre me diz que só serei ouvida quando constituir família, mas já disse que não quero me casar e meus superiores precisam aceitar que sou uma mulher e que darei ordens a quem tiver que dar. Minha mãe, Paula Dimou, toda vez que vou em casa faz um drama enorme para que eu volte para debaixo de seu teto, mas isso está fora de cogitação, já que sai de casa justamente por não aguentar mais a ladainha de ter que me casar e ter um herdeiro para assumir os negócios do meu pai. Sei que um dia irei me casar, mas não estou com pressa, amo o que faço e sei que se for a vontade de algum ser supremo eu me apaixonarei, jamais aceitarei a ideia dos meus pais de um casamento arranjado, o filho do CEO da Motor's, não o conheço mais alguns dizem que ele é um cara arrogante, vive insistindo em dizer que logo iremos estar noivos é um i****a. Mais meu pai é insistente e como sou filha única e sempre sou obrigada a comparecer aos eventos de marketing que ele organiza, então para muitos sou o melhor partido de Santorini, conheço praticamente todos os partidos solteiro da Grécia, graças a minha mãe, mais sempre consigo escapar das armações dela, não quero nenhum deles, quero me apaixonar e aí, sim, me casar. Hoje minha mãe me convidou para um lanche no fim do dia e depois sei que serei obrigada a ficar para o jantar, mas não tenho do que reclamar porque casa de mãe é sempre o melhor lugar para se estar. — Senhorita Dimou, o senhor Pappas pediu para a senhorita ir até a sua sala. Que ótimo não dava para ter me chamado mais cedo ou esperado até a segunda para me dizer o que precisa, mando uma mensagem rápida avisando que chegarei atrasada em casa, mais que chegaria para o jantar. E vou até a sala do diretor do Museu. — Boa tarde, senhor Pappas, o que precisa? — Ele estava sentado atrás daquela linda mesa, e desejo ela para mim. — Sente-se senhorita, me foi avisando ainda a pouco que teremos um leilão de algumas obras de um acervo particular, queremos usar essa oportunidade para leiloar uma peça do nosso acervo e por isso lhe chamei para que você escolha algo para esse leilão, precisamos levantar fundos ou precisaremos fechar a ala egípcia. Que oportunidade maravilhosa, talvez assim ele perceba que sei muito bem administrar esse museu, mas por que fechar a lá egípcia? — Não se preocupe senhor Pappas, irei catalogar as melhores peças e lhe trago o mais rápido possível para que verifique e escolha a melhor, mais qual o problema com a ala egípcia? — Não soube de nenhum problema. — Sei que não irá me decepcionar com sua escolha, e sobre a ala egípcia, o que estamos recebendo não é suficiente para manter a ala funcionante, apenas isso, pode se retirar agora. — Ele me dá um sorriso e acena com a mão para que saia da sua sala. Urgh odeio quando ele trata os funcionários assim, espero que consigam ver meu valor, e conquiste essa vaga. Saio de dentro do escritório frustrada como sempre, começo a organizar meus pertences para poder ir até a casa dos meus pais, me despeço dos meus colegas e sigo até o estacionamento e pego meu carro, ele é um modelo exclusivo que meu pai me presenteou assim que voltei para Grécia, mas quero trocar ele por um modelo mais atual. Chego em casa e minha mãe já vem soltando várias farpas em minha direção. — Menina você está muito magra, olha só dá para ver suas costelas aqui, se eu te abraçar um pouco mais forte sinto que vou acabar te quebrando. — Ela me abraça com carinho e beijo a sua bochecha. — A mamãe não exagere, já cheguei para que a senhora me entupir de comida e pare com esse drama. — Ela me dá um tapa na b***a e acaba rindo. — Você é minha única filha, quer que eu seja dramática com quem, já que você nem quer se casar e me dar netinhos. — Seus olhos ficam cheios de expectativa, mas apenas reviro os olhos para ela. — Há, mamãe, por favor, não comece com isso outra vez, ou vou acabar indo embora. Falo séria com ela, sei que ela não gosta, mas essas atitudes deles é que fazem com que eu venha com menos frequência em casa, eles não querem aceitar minha vontade de não aceitar um casamento arranjado. — Tudo bem, filha ingrata, vamos para a cozinha, preparei um lanche para tomarmos com chá e poder conversar sobre um assunto importante, juro que não é sobre casamento. Vamos caminhando até a cozinha e dou um abraço na Nona, é assim que chamo a senhora que cuida das refeições aqui, ela trabalha aqui desde que me lembro. — Menina, você está muito magra, volte para cá para que eu possa te alimentar direito. — Já chamei ela Nona, mas a menina é teimosa e acha que tudo que fazemos é tentar arranjar um casamento para ela o tempo todo. Faço uma cara feia para as duas e me sento no meu lugar à mesa. — Tá tudo bem, nós queremos te casar, mas aceitamos o fato que você quer se apaixonar, ela esquece que tem um império para administrar. — Mais me diga mamãe o que você quer me contar? Vejo minha mãe se empolgar em me dar a notícia, quase fica saltitante na cadeira, acho lindo ver minha mãe empolgada dessa forma. — Então fomos escolhidos para organizar e divulgar o leilão que vai ocorrer daqui a alguns meses, o que ocorrerá no seu museu. — Mãe, que ótimo, fiquei sabendo hoje sobre o leilão, o senhor Pappas me escolheu para poder escolher uma peça do museu que será leiloada, estou tão feliz e empolgada com isso mamãe, acho que agora eles vão me dar o devido reconhecimento que mereço. — Então vamos esperar o seu pai chegar e comemoraremos a sua pequena vitória, sei que você espera essa oportunidade há muito tempo! — Espero mesmo mamãe, quero mostrar a eles que consigo administrar tudo aquilo e que eles me deem a vaga. — Ouço a voz da minha princesa? — Meu pai surge pela entrada da cozinha e tinha um sorriso encantador, percebo a minha mãe suspirando com a chegada dele em casa. Me levanto e vou até meu pai e o abraço faz algumas semanas que não nos víamos, mesmo eles pegando no meu pé eu os amo e sinto falta deles. — Oi, pai, como o senhor está? — Ele se aproxima da minha mãe e lhe dá um beijo e senta-se ao seu lado. — Estou com saudade de ver você sempre em casa, tente vir mais vezes ver os seus velhos pais. Continuo em seu abraço, e não sei negar nada ao meu pai. — Tá bom pai, vou tentar vir mais vezes aqui, com tanto que não me pressionem ao casamento. — Não iremos fazer isso, agora me diga qual o motivo da comemoração? — A administração me escolheu como responsável pela escolha da peça que será leiloada, e mamãe acabou de me avisar que a empresa que irá realizar o marketing e publicidade do leilão. — Há, sim, estou também muito feliz que conseguimos a licitação por alguns anos do marketing das obras do governo, isso foi ótimo para os nossos negócios, e ainda mais agora que estou ponderando fazer uma fusão com a família Spanos, mas ainda tenho algum tempo para pensar direito sobre a ideia. Essa informação me pegou de surpresa, nunca imaginei que meu pai fosse abdicar assim tão fácil da empresa que ele lutou por ela a vida toda. A empresa é a junção da empresa que meu pai já tinha antes de casar e do meu avô materno, que foi para as mãos do meu pai quando ele se casou com mamãe, ele batalhou muito para a empresa chegar ao nível internacional que ela é. Meu pai sempre esperou que eu assumisse a cadeira de CEO, mas me formei em Arqueologia, mesmo assim eu ainda consigo administrar aquela empresa, já que era obrigada a ir para a empresa diariamente após a aula. Então tivemos uma noite agradável e nos divertimos e meus pais tentaram me convencer a dormir lá, mas precisava voltar para casa.
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