A adaptação.

1578 Words
——————-Por Abul Rashid —————- Quem àquela mulher pensa que é para fala sequer pra mim sem que eu a tenha ordenado? Nenhuma mulher se dirige para mim com aquela audácia. Meu nome é Abul Rashid tenho vinte e oito anos, sou chefe da minha tribo há mais de seis anos, tenho duas esposas Tamara e Aysha, Tamara é a mais nova delas tem dezanove anos e está grávida, Aysha tem vinte e três e é a mãe da menina dos meus olhos, Nur. O meu primeiro casamento foi celebrado no mesmo dia em que me tornei o Xeique da minha tribo. Título que herdei depois da morte do meu pai como seu único filho legítimo. Possuo um elevado statu social, dinheiro, fama e popularidade como um verdadeiro príncipe. A minha fortuna está avaliada em US $ 350 bilhões (aproximadamente) segundo a Forbes, eu tenho a certeza que é muito mais. Como Xeique posso ter quantas mulheres quiser. Por orientações da minha mãe decidi que já estava em altura de encontrar minha terceira esposa. Normalmente seriam raparigas puras cujas famílias pertencem ao meu conselho, mas não vi alguma que me despertasse desejos por isso optei por procurar mulheres aleatórias fora do nosso círculo. Para facilitar a minha procura eu comprei essas mulheres, cada uma no seu respetivo país através de uma rede de tráfico humano. Uma loira, uma hispânica e por ultimo a africana. Quando pedi por uma africana era suposto ser uma com a pele mais clara, como por exemplo de Marrocos talvez, não uma que parecia ser do Norte. Agora terei de lidar com o erro desses imbecis incompetentes já que a garota parece ter a língua afiada. Só espero que as outras duas sejam melhor comportadas. Não me sinto atraído por mulheres com características exóticas. Não me considero racista, a minha mãe sempre deixou claro que somos diferentes e não podemos estar a misturar raças. Ela nunca iria aceitar uma nora tão escura e exótica. —————-- Por Luana Tavares ——————— Levaram-me para um quarto limpo, todo ele em cores pasteis. A cama era branca, lençóis brancos, uma penteadeira em tons castanhos sem objectos. Tudo aqui parece tão montado, tão falso... Ainda tentando me acostumar com tudo o que estava a acontecer tão depressa em tão pouco tempo, fui caminhando em passos hesitantes até ao banheiro. Encontrei uma senhora que m*l me viu começou a tentar tirar a minha roupa. Empurrei-a. - Ele é agressivo, será um pouco melhor se estiveres limpa. - ela falou pra mim Não compreendi nada, apenas aceitei a ajuda daquela mulher que possuía um ar maternal. Perdi a minha mãe quando tinha catorze anos, não me recordo do meu pai, nunca o vi. Me lembro do olhar dela ser idêntico ao que essa senhora dirige pra mim. De alguma forma lembrar isso me fez sentir segura com ela. Depois de tomar banho com a ajuda de Sara. — ela acabou por me dizer o seu nome um pouco depois. Voltei para o quarto e sentei-me na cama. Não tinha roupas, estava apenas com uma espécie de túnica branca. Não me sentia à vontade. Era como estar despida. — O que essa gente tem com o branco? Parecem ter uma fixação com a cor. — Era estranho o lugar ser tão claro, cheio de luz e as pessoas serem tão tenebrosas. Coloquei a mão no peito me lembrando de Ayanna. É tudo tão surreal, eu não consigo acreditar que realmente esteja longe da minha filha. Algum tempo depois, a porta do quarto abre, é Sara com uma bandeja com comida, um prato de sopa, um suco de laranja e um copo com água. - Coma menina, não sei mais quando vais poder voltar a comer. - Obrigada, mas não tenho apetite. — falei apesar de me sentir fraca. Parecia que tinham passado semanas sem comer. Já nem lembro a última vez que comi, não sei que dia é hoje ou quantos dias já passaram desde que cá estou. Podem ter passado apenas horas, não faço ideia. — Faz um esforço. Sei que é difícil… apenas tente. — Meio hesitante, comecei a comer. Assim que terminei, ela pediu que descansasse. - Senhora, eu preciso de roupa interior por favor, ou pode me dar as minhas roupas que levaste para lavar? - Oh querida, não vai precisar de roupas. — falou com pesar. Tive um mau pressentimento com a forma como ela ficou. - Como assim não vou precisar de roupas? Como assim? - Descansa. Vai ser melhor se descansar. — disse saindo me deixando sozinha. Desde que àquela mulher que eu achei que seria minha amiga saiu, não consigo nem respirar direito. Tudo começa a entrar na minha cabeça. Eu serei violentada, era claro que não iriam simplesmente me deixar tomar banho e comer sem esperar nada em troca. Provavelmente o bruto e o seu chefe iriam nos tornar garotas da noite. Comecei a andar de um lado para o outro, esperando pelo pior e temendo pela minha vida. Olhei ao redor procurando por objetos cortantes. Se eles iriam me fazer m*l eu não deixaria que machucar sem dar luta. Não havia nada que pudesse usar. Nem mesmo da cama até era composta apenas vários colchões um em cima do outro. Duas horas acabei por ser vencida pelo cansaço adormecendo. ——————-Por Abul Rashid ———————- Um dos meus piores defeitos era curiosidade. Desde que me conheço por gente, a curiosidade sempre levou a melhor de mim, e nesse caso não seria diferente. Eu precisava saber como era estar com uma mulher como ela. Era algo que eu não podia controlar. Encontrei ela dormindo, de início não conseguia acreditar que a mulher deitada na minha frente era a mesma que havia visto mais cedo. A cor dela fazia um contraste perfeito com os lençóis brancos, não tem nada a tapando eu consigo ver perfeitamente cada curva do seu corpo. Um corpo incrível apesar de magro. Ela não tem o corpo perfeito consigo ver gorduras localizadas e nem acredito no que direi, mas essas gorduras a tornam perfeita, os seus labios entreabertos são tão perfeitos formando um coração e o nariz… o nariz dela é diferente. Eu quero f***r essa boquinha linda, eu quero fazê-la minha. Fiquei a observando por mais de quinze minutos e tomei a decisão de que ela será minha. Ninguém aceitaria que a tornasse minha mulher, mas servia perfeitamente para estar na minha cama. Ela será minha amante até que eu me canse dela. ——————-Por Luana Tavares ——————- Quando acordei, encontrei àquele homem, o chefe da Sara a olhar descaradamente para o meu corpo. De início pensei que tivesse com nojo de mim, porém àquele olhar não era de nojo, era o oposto, os seus olhos estavam negros como a noite. Quando percebeu que eu havia acordado, ele começou a despir-se. — O meu coração desceu para os meus pés. Não podia dizer que ele era feio, não era. Mas parecia um monstro nojento. Me encolhi num canto, fugindo. Ele vai me matar. Não tenho hipóteses contra ele, pois é enorme e se dirige pra mim: - Se você não se mexer, eu serei rápido, vai ser tudo mais fácil para ti. Se tentar alguma coisa, tu nunca irás esquecer o meu rosto e não será por paixão. — disse num sussurro. Meus asco por ele era tão grande que eu cuspi no seu rosto, quis vomitar em cima dele. E invés de ficar quieta, fiz exatamente o oposto do que ele disse. Comecei a me debater quando ele tentou me tocar. Tentei por várias vezes empurra-lo para longe, mas ele segurou os meus braços e prendeu-me. Não satisfeita começo a dar-lhe golpes com os meus pés e foi a minha sentença, ele prendeu os braços no meu pescoço e eu comecei a sufocar, não conseguia respirar. Quando o desgraçado percebeu que eu estava a desfalecer e perdendo os sentidos, parou de sufocar-me partindo para agressão. Socou o meu rosto como se fosse um saco de pancadas, deu-me socos na barriga, no estômago. Jogou-me no chão e pontapeou-me até eu não conseguir sentir mais nada. Eu já não gritava, havia perdido a voz quando recebi um golpe na garganta. Gemia de dores. Quando ele parou perdi completamente os sentidos, não sei quanto tempo fiquei abandonada nesse chão, alguém levantou-me e arrastou-me até o banheiro, senti a água escorrer pelos meus ferimentos, nem ficar em pé eu estava aguentando. Pensei na minha filha, no sorriso lindo dela, na sua voz pequena. A minha pequena estava sozinha com a minha amiga. Elas deviam estar a sofrer com a minha ausência.... Sinto dores em todo o meu corpo, não entendo o porquê de tudo isso estar a acontecer comigo. - Eu queria ter evitado tudo isso, a menina não me deu ouvidos, nunca me ouvem e acabam sempre machucadas. Levante por favor, precisamos fazer curativos ou esses ferimentos irão infeccionar! — a voz me repreendendo é suave. Era a Sara? Só podia ser a Sara. Mas eu não consigo mecher um dedo, quanto mais andar? Fui me arrastando com a sua ajuda até a cama onde ela começou a fazer os curativos. Fui espancada durante os seguintes quinze dias.
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