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1893 Words

Amanda Narrando A cama parecia uma prisão. Virei pro lado direito. Nada. Pro esquerdo. Pior ainda. Fechei os olhos, contei até dez, botei música baixa no celular, desliguei… rezei, respirei fundo, abracei o travesseiro. Nada funcionava. O corpo tava cansado, mas a cabeça não parava. Era como se cada lembrança viesse com um filme completo. A voz dele. O cheiro dele. A mão dele passando devagar na minha perna enquanto a gente ria baixinho, deitado no banco do carro. Porra, que saudade doída. Peguei o celular. Duas da manhã. Mandei mensagem pra Monique. “Tá acordada?” Silêncio. Mais uma. “Queria conversar contigo. Não consigo dormir.” Nada. Típico. A Monique é dessas. Finge que não sente nada e dorme como se o mundo fosse de pedra igual ela. Eu, não. Eu sou esse caos aqui, chora

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