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1700 Words
De muleta por uma semana e usando uma botinha por 3 semanas. Minha vida não poderia estar pior, mas graças ao bom Deus, meu médico me deu atestado de dois dias para a escola pois meu pé havia que se acostumar um pouco ainda. Acordei meio tonta e me dirigi a o banheiro, devido ao meu acidente, ficou bem difícil tomar banho, eu demorava uma eternidade, tira botinha, coloca botinha, tira botinha, coloca botinha. Isso já está me dando nos nervos. Terminado meu banho lento, coloquei a botinha novamente me dirigi para o closet e peguei um short jeans claro e uma blusa vermelha fina de frio, passei um pouco de maquiagem e coloquei um all-star vermelho no pé que não estava com a botinha. Com o pé machucado e lógico eu não poderia dirigir, então tive que pegar um táxi até a escola, tenho que entregar esses atestados a diretoria. Sai do táxi com minhas muletas e fui andando em direção a escola, alguns alunos ainda estavam chegando, eu não me acostumei com a muleta toda vez eu me desequilibrava e caia mas como estava em casa conseguia me apoiar nas coisas para não cair. . Senti uma das muletas se desequilibra e previr meu tombo no chão, a dor, eu gritando, mas por incrível que pareça o chão não entrou em contato com o meu corpo e sim mãos, senti mãos em minha cintura, meu corpo foi aproximado mais do corpo da pessoa que havia me salvado e então me virei para ele. Minha respiração ficou meio descompassada ao ver a pessoa a minha frente, me perdi em meus pensamentos fitando a sua boca é que boca, seus olhos eram simplesmente magníficos. — Você está bem? — Sim, obrigado, por não me deixar cair no chão, eu ia levar um belo tombo – Disse rindo para a pessoa a minha frente. — Sem problemas, sou Daniel Sharman e você? — Ele disse sorridente. — Amanda, Amanda Campbell. — Disse meio abobada. Daniel me ajudou a levantar e ficar numa posição adequada de uma pessoa normal e me fitou confesso que fiquei um pouco envergonhada, mas ele logo sorriu. — Desculpa não pode te ajudar mais, é que estou super atrasado para a aula. – Daniel disse hesitante. — Tudo bem! — Disse sorrindo. — Nós vemos por aí Campbell. — Daniel disse me dando um beijo na bochecha e saindo, fiquei um pouco paralisada, ele e muito cheiroso. Saindo do meu transe continuei minha caminhada a diretoria e entreguei meus atestados, sorri para a secretária e fiz meu trajeto de volta para o táxi. Quando cheguei simplesmente levei um susto, cadê a p***a do táxi? Olhei para todos os lados para ver se o taxista sei lá era um maníaco e gostava de brincar mas pensei sobre no que eu acabava de pensar e quase me bati de tão i****a pensamento, sério Amanda? Taxista maníaco? Bufei irritada e fui para dentro da escola e me sentei num banquinho que havia ali, procurei pela minha bolsa por dinheiro mas não tinha nada, ótimo dia para esquecer a carteira. Avistei uma multidão de meninos correndo que nem doidos para entra na escola e adivinha quem era? Isso mesmo gente a Magcon, acho que tive um mini infarto me atrapalhei toda tentado pegar uma revista para me esconder, escutei alguns passos vindo e minha direção e respirei pesadamente. — Amanda? — Escutei a voz de Matt atrás de mim. Desci a revista do meu rosto e o encarei. — O que aconteceu com seu pé? — Ele disse com uma feição procurada. — Eu também não sei, quando o médico foi me explicar estava brincando com a botinha. — Disse risonha. — Irresponsável. — Matt disse sorrindo. — Cala a boca. — Disse rindo. — Bom, tenho que ir para a aula até mais. — Matt disse se levantando e depositando um beijo em minha bochecha. Antes que eu pudesse perguntar se ele não poderia me dar uma carona, ele já havia cruzado o corredor, decidi que iria a pé mesmo, com sorte chego amanhã, minha casa é longe. Peguei minhas muletas e me dirigi para fora da escola, passei pelo portão e Daniel estava lá com o porteiro, ele parecia estar levando um sermão, eu até pensei em falar com ele mas tenho uma caminhada a fazer. Caminhei por alguns minutos e meu pé começou a doer, me sentei num banquinho que tinha na calçada para descansa. Pressenti um vulto passando por trás de mim, olhei para trás hesitante, não havia nada, virei para frente novamente e passei a mão no rosto tentando me acalmar, pressenti o vulto novamente e dessa vez virei com rapidez para ver se o pegava no flagra mas não havia simplesmente nada. Oh meu senhor acho que estou ficando louca, olhei para o lado e da p**a que pariu um cara surgiu ali, dei um pulo seguido de grito, me desequilibrei e quase caí do banco. — Apavorada? — O homem disse, ele estava todo de preto e óculos escuros e com um palito na boca, ele era feio e tinha uma marca no rosto que ia da bochecha até o olho esquerdo, ele era simplesmente sinistro. — Não, não eu só me assustei moço. — Disse tremendo tentando controlar minha respiração. — Eu conheço você. — Ele sussurrou, mas um pouco alto para eu ouvir, olhei para os lados analisando se havia mas alguma pessoa por ali, mas não havia ninguém. — Você está falando com alguém? — Disse hesitante. — Você é tão inocente, Amanda – Ele disse sorrindo. — Amanda Campbell estou certo? — O homem respondeu mexendo no palito que havia em sua boca. — Co-como sabe meu nome? — Eu disse assustada. Ouvi um carro parando a nossa frente, ele veio rápido pela rua, fazendo um imenso barulho quando parou, a porta se abriu e quem eu menos esperava saiu de lá: Daniel. Ele caminhou em minha direção e fitou o cara ao meu lado, sua face mudou, era uma mistura de raiva com surpresa e preocupação, não sei explicar muito bem, o cara que estava ao meu lado sorriu debochado, era como se eles já se conhecessem. — Amanda, preciso que vá comigo. — Daniel disse com uma voz preocupada. — Mas ele falou meu .... — Amanda, precisamos ir agora. — Daniel disse me interrompendo. Assenti e ele me pegou em seus braços, eu que não ficaria com aquele doido ali, rapidamente Daniel colocou dentro do carro e voltou para pegar minhas muletas, ele encarou o homem o fuzilando com o olhar. Daniel entrou dentro do carro e deu partida. Não sei o motivo, mas eu confio nele. — Ele falou meu nome, como ele sabia meu nome? — Disse me virando pra Daniel. — Eu não sei. — Daniel disse meio receoso, eu tinha uma desconfiança que ele sabia exatamente do que eu estou falando, mas acho que ele não iria falar. — Aonde vai me levar? — Disse desviando o assunto. — Estou te raptando, você não percebeu? — Ele disse sorridente. — Ah claro, então senhor sequestrador. — Disse fazendo aspa com os dedos e sorrindo. — Para onde está me levando? — Para casa dos seus amigos, os viners. — Ele respondeu. — Como sabe que eles são meus amigos? Como sabe aonde eles moram? – Retruquei duvidosa. — Essa e uma cidade pequena, você descobre muitas coisas, ainda mais quando se anda com a Magcon, e eles dão muitas festas, todos sabem aonde eles moram. — Daniel disse. — Ah sim. — Disse convencida. — Chegamos! — Daniel disse parando o carro. — Obrigada Daniel. — Disse saindo do carro, e me ajeitando em minhas muletas. — Amanda por favor, tome cuidado. — Daniel disse preocupado. — Eu estou bem! — Disse. — Mesmo assim, por favor, tome cuidado. — Daniel disse. — Ok. — Disse sorridente. Que estranho. Daniel sorriu pra mim também e deu partida no carro, me dirigi a casa dos meninos e me abaixei para pegar a chave que ficava debaixo do tapete. Estou invadindo mesmo. Tentei girar a chave mas a porta estava aberta, entrei na casa e fechei a porta, ouvi vozes e a segui, pareciam vim do jardim, quando cheguei lá encontrei Shawn sentado num banquinho cantando Say Something, eu fiquei paralisada, a voz dela era magnifica, era simplesmente perfeita, ele parou de cantar e me encarou. — Oi Amanda, o que faz aqui? — Disse sorridente. — Longa história. — Eu disse. — Você machucou o pé? Espera, deixa eu te ajudar. — Ele disse vindo em minha direção, quando eu ia responder que estava tudo bem, Shawn me pegou no colo e me carregou para um sofá que tinha ali, ele saiu correndo pelas escadas e pegou um coberto para mim. — Você quer pipoca? Vamos ver um filme? Ou você quer dormir? Eu também tenho doritos se você quiser. — Shawn disse sorridente. — Porque você está assim? — Eu disse — Assim como? — Ele disse desfazendo seu sorriso. — Legal. — Shawn abria a boca mas nada saía, seu rosto tomou uma expressão de culpa e seus olhos ficaram sem cor – Shawn? – Eu disse e ele levanto a cabeça me encarando culpado provavelmente se lembrando do dia anterior. – Eu aceito o Doritos. — Disse sorridente. Shawn ficou alegre e foi buscar o Doritos, quando voltou ele carregava um Doritos grande e uma coca e dois copos, ele se sento ao meu lado e pegou coberto pra ele também. — Vamos assistir filme de terror. — Ele disse decidido — Não, eu tenho medo. — Não tem problema, eu te protejo. — Shawn disse sorridente. — Está bem então. — Disse tímida. Shawn colocou o filme e me abraçou de lado, toda hora escondia minha cabeça em seu peito e o vagabundo só ficava rindo de mim. Acabei por fim deitando em seu ombro, fiquei um pouco mole devido o sono que estava me consumindo, Shawn deitou e esticou suas pernas, ele me colocou deitada no meio das suas pernas, então eu adormeci com seus braços ao meu redor.
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