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Pov Caroline Souza Ainda estava atônita como em menos de setenta e duas horas minha vida ficou conturbada, tudo porque Hugo Bertolazzi resolveu brincar de menino mimado para cima de mim, querendo ter seus caprichos atendidos como sempre devia ser, mas comigo não, nunca o vi, só aquele dia que ele teve uma reunião com seu pai , e depois no disparate de me pedir em casamento, já não tinha concentração no trabalho, e muito menos na faculdade, tudo pelo medo dele aparecer a qualquer momento em minha frente, ele insistia em chamar no w******p, torpedos, ligações, eu simplesmente o ignorava. -Caroline seu Raul lhe chama em sua sala -Assenti para secretaria que acabara de me avisar que meu chefe me aguardava, hoje ele estava conversando com alguns funcionários separadamente, dei duas batidas em sua porta, o ouvindo pedindo para entrar. -O senhor queria falar comigo? - Sim Caroline, só que venho notando uma falta de atenção em seu trabalho nos últimos dois dias, sempre foi tão exemplar, cheguei a pegar dois erros em planilhas de grande importância, sei que nunca foi assim nesse tempo que trabalha para a Coopercol, por isso só estou te avisando para tomar cuidado da próxima vez, então olha atentamente as próximas planilhas e refaça estas. Mordi meu lábio envergonhada, peguei a planilha em sua mão vendo grifada em vermelho onde estaria o erro, voltei para minha mesa, refazendo-as, até que escutei aquela voz que me fez arrepiar, mas não do modo bom, não do jeito s****l, e sim de ódio, desespero, nojo. -Bom dia senhorita, será que posso falar com meu pai? –O olhei ele tinha um sorriso dos mais cafajeste no rosto -Só um minuto- demonstrei profissionalismo, enquanto ele não desgrudava seus olhos azuis em cima de mim, peguei o telefone apertando o número um, fazendo o telefone principal tocar -Senhor Bertolazzi, seu filho gostaria de vê-lo, ok então, sim, o aviso! Percebi que ele não tirava seus olhos de mim, estava começando a me sentir envergonhada, usava uma camisete vermelha com os punhos brancos, minhas bochechas deviam estar a cor da minha blusa. -Ele pediu para aguardar só um instante logo poderá atende-lo, pode se sentar bem ali e aguardar que já lhe chamo-Disse mostrando algumas cadeiras em frente à minha mesa, do outro lado da sala. --Obrigado Caroline Ele me irrita, mas não posso negar, ele estava terrivelmente sexy, usava uma calça jeans lavada, uma bota no pé marrom, com a calça um pouco para dentro da bota, uma camiseta azul escura gola V, toda colada, mostrando o quão largo era seu peito, e um pouco da sua barriga definida, me sentei voltando a concentrar nas planilhas, o telefone tocou vi que era Raul. -Pois não! -Mande Hugo entrar, aproveite venha com ele, preciso lhe entregar uma carta, que você mandar por anexo para filial de Luxemburgo. -Sim senhor. -Seu pai lhe aguarda, me acompanhe por favor Levantei da mesa, vi ele me fitando da cabeça aos pés, usava uma camisete vermelha, uma calça preta, um salto preto social, meus cabelos estavam em r**o de cavalo, meu crachá no peito com nome e cargo, argolas discretas na orelha e só um gloss na boca -A senhorita está deslumbrante devo admitir, vermelho é a sua cor definitivamente, apesar que o azul também te deixe bela. Ruborizei, mas permaneci quieta e indo para sala de seu pai, entramos. -Caroline mande agora essa carta ok, é de extrema importância, e depois nos traga um café. -Sim senhor Sai daquela sala, fiz o que foi ordenado, eles ficaram trancados o resto da tarde e dei graças por isso, peguei minha bolsa indo para casa, hoje não teria faculdade, iria descansar e aproveitar minha irmãzinha, minha pequena Ju. Cheguei em casa uma hora depois, meu ônibus resolver atrasar logo hoje, mas tudo bem, estranhei ver uma Ranger ali em frente, era prata, quando olhei bem, cair por mim era do Hugo, tinha quase certeza, mas o que ele faria em minha casa? Entrei igual um foguete dentro de casa, parando na porta da sala assustada, minha irmã estava sentada no colo dele, e minha mãe rindo com ele. -Boa Noite -Filha porque não nos contou que estava namorando e estão pensando em se casar? -Oi meu amor- Ele disse rindo para mim, queria voar na garganta dele, minha mãe estava sorrindo largo -Olha Carol, que o tio Hugo me deu! - Olhei na mão da Julieta, era um celular desses modelos de nova geração um Iphone, só não sabia o modelo -Que você irá devolver Julieta.- Disse firme, vi minha mãe estranhar minha atitude -Mas, eu gostei tanto dele Carol, me deixe ficar com ele, por favor? -Vai devolver Julieta -Amor, calma, você sabe que o aniversário da princesa está chegando, quis fazer uma surpresa antecipada -Como ele sabia do aniversário da Julieta? Claro deve ser da mesma forma que conseguiu meu celular, estava atônita, não conseguia raciocinar direito, só me despertei quando ele me deu um abraço e um selinho, desgraçado, filho de uma p**a. -Estava falando com sua mãe que gosto muito de você, que queria marcar nosso casamento querida. -Minha filha não sabe quanto estou feliz de ver você seguindo em frente, sabe como esperei por isso?  Só não entendo porque escondeu de mim, que estava namorando -E..Eu -Conta para ela amor, que nos conhecemos na faculdade, na USP, que eu terminei meu curso, quando você entrou no primeiro ano, e nos apaixonamos imediatamente, só que tive que fazer uma viagem, mas sempre mantemos contato e agora que estou de volta, reatamos, estamos procurando nos recuperar do tempo perdido. Ele tinha tudo bolado, tudo muito bem montado. -Hugo será que podemos conversar um minuto a sós? -Claro querida, com licença dona Ana, vou ver que minha namorada quer? -Fique à vontade meu filho, a casa é sua! Sai com ele, até perto do seu carro, ele tinha as mãos no bolso, sem desmontar fraqueza, estava determinado. -O que pensa que está fazendo? -Eu tive que tomar decisões drásticas, não quis me ouvir, então vim conhecer minha família, -Vai embora, sai de minha casa agora Hugo. -Não decepcione sua mãe Caroline, sabe que ela está doente -Como sabe tanto sobre minha vida pessoal? –Disse já com olhos ameaçando a chorar. -Oras pensei que fosse mais inteligente? Coloquei um detetive para investigar, então foi fácil saber muitas coisas. Nessa hora não me segurei, avancei nele em com tudo chorando e socando seu peito -Você não tinha esse direito! O que te fiz? Se sabe que minha mãe é doente, se sabe que meu pai faleceu um ano e meio atrás, se sabe que eu sou responsável pela casa, não podai vir na minha casa, me fazer passar por isso, não tinha direito de invadir minha i********e assim, quem você pensa que é? Chorava mesmo e socava seu peito, e estava ficando mais nervosa, pois ele não revidava, não me segurava, me deixava chorar e socar ele, minha mão começou a doer, meu peito subia e descia -Eu te odeio Hugo, quero que saia da minha frente agora, vou contar ao seu pai que está me assediando, achou só porque sou pobre, poderia me comprar facilmente, está enganado, eu nunca vou ser sua esposa nesse plano mesquinho e nojento, NUNCA -E vai assistir sua mãe morrendo? Sendo que tem a chance de salva-la, não me deixou falar aquele dia, além de te deixar bem vida, você poderá salvar a sua mãe, pensa que não sei que ela tem salvação, só que o tratamento é caríssimo, e não tem pelo SUS, é isso que quer ver, sua mãe estirada em um caixão?  A escolha é sua Caroline Abrir a boca em choque, ele falou tão friamente, tão calculista, sem pensar meti a mão em seu rosto, ele virou o rosto na hora, eu chorava de dor agora, suas palavras cortaram meu coração, -Como se atreve falar assim, Pensei em mandar ele embora, mas um grito estridente da Julieta dentro de casa, me fez correr para ver o que estava acontecendo, senti Hugo em meu encalço, mas não me importei, minha mãe estava sentada segurando o nariz com sangue escorrendo. -Merda, Julieta sai daqui vai para seu quarto agora! -Mamãe, Mamãe-ela gritava desesperadamente e chorando, meu coração doía, não sabia quem olhava, minha mãe a olhava chorando, implorando com os olhos para ela não ver aquilo, era algo que acontecia sempre, já estava acostumada, mas Julieta naquele estado me matava. -Vai Ju, deixa que eu cuido da mamãe, por mim- ela assentiu indo para quarto chorando, arranquei minha camisete vermelha do corpo, nem me importando de Hugo me ver seminua, dando a minha mãe para ela estancar o sangue, Hugo ajudou ela a segurar o pano fortemente, corri até a geladeira pegando a bolsa de gelo a entregando, e corri em seu quarto pegando o comprimido que ela teria que tomar, ela assim fez e a deitei no sofá, teria que espera uns minutos para ver se teria que ir para o hospital por não ter parado o sangramento, ou  se se normalizaria como sempre fez. -Mãe, a senhora tomou sol de novo naquele jardim? -Ela fez que sim com a cabeça -Já te pedi tanto mamãe cuide dele pela manhã ou no final da tarde, sabe que não pode ficar no sol quente, e se estivesse na faculdade, provavelmente Julieta choraria como fez, graças a Deus hoje estava em casa, só Deus sabe o que aconteceria, quero nem imaginar-Disse agoniada. Depois de longos intermináveis cinco minutos, o sangramento tinha parado, a ajudei ir ao banheiro tomar um banho, colocando uma blusa qualquer, vendo que estava ainda só de sutiã vermelho, fui na sala Hugo fazia carinhos nos cabelos da Julieta, a acalmando -Tio Hugo a mamãe vai morrer? -Vamos pedi ao papai do céu pequena, que nada vai acontecer, só confie -Minha irmã disse que ela vai ficar velhinha ao nosso lado. -Se a Carol disse, assim vai ser, agora descanse, brinque com seu celular está bem -Obrigado, ele é lindo, tinha pedido um para Carol, mas ela disse que a situação estava difícil, que talvez o papai Noel me daria de natal -Então pede o papai Noel outra coisa, pois o celular você já ganhou -Vou pedir saúde para minha mamãe Vi ela se aconchegando no peito de Hugo, ele não era tão r**m, ele tratava Julieta com carinho, engoli em seco, com o pedido de saúde a nossa mãe. -Hugo -Oi Carol -Pode ir se quiser, está tranquilo agora -Ok, então pense em que te disse, Julieta teria os melhores colégios, sua mãe a cura, e você poderia relaxar, tome meu cartão aí tem meu endereço e celular me procure se aceitar -Não e não, retire-se por favor, não mudarei de ideia! Ele se foi, minha mãe se sentou comigo e Julieta mostrando que está tudo bem agora, Julieta estava entretida em seu novo celular, resolvi deixar, ele deu porque quis, e agora era um jeito da Ju ficar tranquila. -Estou tão feliz filha que está apaixonada, estava achando que você morria a cada dia cuidando de uma irmã ainda uma criança e uma mãe doente, mas não, você está vivendo meu anjo, me tirou uma culpa enorme, se morresse hoje, iria feliz, por saber que alguém cuidará de você e da minha pequena -Mãe eu -Engoli em seco, não poderia ficar de mãos atadas, vendo ela morrer a cada dia -Minha filha case-se com o rapaz e seja feliz, pense em você, pelo menos uma vez. -A senhora importa se der uma saída, coisa rápida -Não, pode ir ver seu noivo, sei que atrapalhei o encontro de vocês Eu não tinha escolha ele me colocou em um beco sem saída, minha mãe estava radiando felicidade, não poderia desaponta-la tanto, ela se sentia culpada achando que não tinha minha vida, e se isso a salvaria, me sacrificaria, peguei um taxi, um luxo, mas era por um bem maior, me humilharia, me arrastaria no fundo do poço, mas minha mãe seria feliz e acima de tudo saudável Cheguei naquele prédio luxuoso, descobrindo que ele era dono da cobertura, Hugo Bertolazzi -cobertura –Rico-Bad Boy é claro que o metido queria um andar só seu. Pov. Hugo Bertolazzi Meu pai semana que vem teria um jantar importantíssimo com os maiores economistas do mundo, um congresso, e ele exigiu que minha futura esposa estive presente, o que me fez congelar, tinha apenas quatro dias para acertar tudo, fiz o eu não queria ter feito tão cedo, fui até a casa de Caroline, ela me agrediu, mas deixei, sei que tinha passado da linha do limite, e a ver tão frágil, tão dependente de proteção e carinho, que me fez me sentir um crápula, ela é uma mulher forte, batalhadora, não é interesseira, diferente de toda mulher que convivi, quando vi sua mãe passando m*l, aquilo partiu meu coração, nunca tinha presenciado algo desse porte na vida, nunca! Ela tirou sua blusa, mesmo com o pudor tamanho do mundo, dando a blusa a sua mãe, nem me pergunte sobre o corpo dela que não sei, juro que não reparei, estava atenta aos seus olhos com medo, mas tentando passar segurança e força que não tinha, mas queria ser forte pela Julieta e pela dona Ana, será que estava indo longe demais? Sou tirado meu devaneio com meu interfone tocando. -Oi -Senhor Bertolazzi, tem uma moça na recepção querendo falar com o senhor, posso manda-la subir? -Quem é? -Caroline Viegas Souza -Oh sim claro, ela pode sempre subir direto, não precisa barra-la da próxima vez Em pouco minutos escuto o elevador se abrindo, nem espero ela tocar a companhia. -Boa Noite Caroline -Eu me aceito casar com você, mas pelo bem da minha família, só por isso, não quero nada, só a salvação de minha mãe. -Entre, vamos conversar! Ela passou por mim, e se sentou, ela era tímida, mas determinada. -Então isso é um sim? -Sim Hugo, mas quem dita as regras sou eu!
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