DANTE NARRANDO A madrugada caiu pesada na p***a da casa. O morro tava em silêncio, só os cachorro latindo de vez em quando, e o vento batendo na janela. Mas dentro do meu quarto… eu não tinha paz nenhuma. Fiquei do lado dela o tempo todo. Nem deitei, nem tirei a camisa. Fiquei ali, sentado na beirada da cama, olhando ela dormir, ou pelo menos tentando. Mas de madrugada, eu comecei a notar. O corpo dela quente demais. O rosto meio vermelho. A testa suada. Botei a mão na testa. Porra. Tava pegando fogo. O sangue gelou na hora. — Maia… — chamei, de leve. — Maia, acorda um pouquinho. Vem cá, princesa. Fala comigo. Ela abriu os olhos devagar, com aquele brilho opaco, voz rouca: — Hum…? — Você tá com febre, p***a. Tá pegando fogo. Eu falei, c*****o, falei pra você não botar essa m

