Dante Narrando Mano, eu juro por Deus, tem coisa que me tira do eixo. Eu posso lidar com polícia no pé, guerra com morro vizinho, X9 no plantão... mas mulher minha fazer o que quer, sair sem avisar, me ignorar, me fazer de o****o? Isso aí não dá. Não aceito. Não engulo. Tava na boca, desde cedo. Já tinha resolvido com o Negueba a entrega da carga, ajeitado com o Pardal os repasses dos pontos de venda, deixado o Guto responsável pelo recolhe... tudo correndo na moral. Mas meu telefone? Só tocava na minha mão. Só ligava pra ela. Pra Maya. Minha mulher. Minha mina. Aquela que eu defendo com o sangue, com o fuzil, com a alma. E ela? Me ignorando. Primeira vez que liguei, fui tranquilo. Bati no verde. Deixei chamar. Chamou até cair. Segunda vez, já liguei com o maxilar travado. Terceira, qua

